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Foyle continua atrás de seu troféu de MVP

Já que estamos em época de assinar contratos na NBA, que tal falar desses contratos? Não o valor que o Lamar Odom quer, não de quanto o Blazers ofereceu pelo Paul Millsap, mas sim das bizarrices que podemos encontrar no meio das cláusulas contratuais dos jogadores da NBA.

Li um artigo nessa semana no NJ.com, um site de New Jersey, do Dave D’Alessandro em que ele fala sobre alguns dos “incentivos” mais esquisitos da NBA. O link para a matéria está aqui.
Não sei como o jornalista conseguiu essas informações, tentei muito achar outras na internet mas não tive sucesso, pelo menos as que ele disse já valem o texto. Por exemplo: o Baron Davis ganha 1 milhão de dólares de bônus se ele jogar pelo menos 70 jogos da temporada e levar o time a 30 vitórias.
Eu entendo perfeitamente que se queira dar um benefício a um jogador que já sofreu de contusões a carreira dele inteira para que ele se cuide mais, mostra que é uma preocupação do time. Mas incentivo em dinheiro? Que tal os 12 milhões por temporada que ele recebe? Não incentivam o bastante para ele no mínimo cuidar do físico? E pior, dos 70 jogos ele só precisa ganhar 30! Você vai pagar mais dinheiro para o melhor jogador do seu time se ele liderar a equipe a menos de 50% de aproveitamento? Só não digo que foi o dinheiro mais mal gasto da história porque o Baron Davis falhou e só jogou 65 jogos na temporada passada.
Enquanto alguns ganham incentivos para ficarem em forma, outros ganham para melhorar seu desempenho. O Matt Bonner, por exemplo, que tem a função básica de ser um bom arremessador no Spurs, tem seu benefício baseado no aproveitamento de seus arremessos. Até aí tudo bem, só foi bizarra a conta que eles fizeram para dar o bônus: a soma da porcentagem do seu aproveitamento dos arremesssos de quadra, de seu aproveitamento de lances livres e do seu aproveitamento na bola dos três pontos tem que dar mais de 169%. Quem teve essa idéia? A Carol?
Mas vamos lá: 49% de arremessos de quadra + 44% nas bolas de 3 + 73% nos lances livres = 166. Funhé. Se o Bonner tivesse um aproveitamento mais decente da linha do lance livre teria levado 100 mil dólares pra casa. Sério, isso parece mais gincana do Luciano Huck do que uma liga profissional de basquete.
Dei esses dois exemplos primeiro porque por mais estranhos que pareçam, eles fazem sentido. O Matt Bonner tem capacidade de somar os 169% mesmo que isso seja difícil e o Baron Davis realmente precisa jogar bastante para o Clippers ter alguma chance de ser chamado de time. Mas tem outros incentivos que são completas aberrações da natureza.
O Nick Collison, por exemplo, aquele ala de força reserva do Thunder que volta e meia é titular improvisado de pivô. Sabem quem é? Lembram? Então, ele ganhará 100 mil dólares a mais se for eleito o MVP da temporada! Ele teve média 8,2 pontos por jogo e 6,9 rebotes e tem um bônus para ser MVP no seu contrato. O Collison deveria pedir também um bônus bem gordo de jogador que mais evoluiu na temporada, já que é um prêmio garantido pra ele se vier o prêmio de MVP.
Mas na verdade o jogador não pede nada. Quem aparece com esses incentivos geralmente são os times, para exigir alguma coisa que acham essencial, ou o agente do jogador, pra ganhar uma grana extra. O agente do Collison, fui até procurar, é o Mike Higgins, um mago que conseguiu contratos de quase 7 milhões por ano para o Nazr Mohammed e 4,5 milhões para o Marcus Banks. O cara é realmente bom de lábia pra fazer passar umas coisas bizarras na NBA.
Sabe quem mais ganha dinheiro se for MVP? Adonal Foyle. Ele, que jogou um total de 63 minutos na temporada passada em Orlando e Memphis, ganharia meio milhão de dólares se fosse MVP. E deve ter ficado arrasado por não ter nem pisado na quadra nas finais do ano passado, quando já tinha voltado para o Magic, porque ganharia outros 500 mil se fosse o MVP das finais. Essa foi por pouco!
Desses incentivos listados na matéria eu conhecia só um, que ficou bastante famoso dois anos atrás, que é o do Larry Hughes. Na matéria do D’Alessandro está dito que o incentivo era de 1,6 milhão caso o seu time conseguisse 55 ou mais vitórias. Mas lembro de há 2 anos ter lido que o incentivo era de 2 milhões de dólares para 50 vitórias. De qualquer maneira, o cara ganha singelos 13 milhões de dólares para ser um jogador mediano e tem incentivos desse tamanho para fazer o mínimo que se espera de um cara com um contrato desse, vencer jogos.
Uma idéia até que boa é do Miami Heat. Seis dos seus jogadores recebem quase 20 mil dólares para aparecer para jogar nas Summer Leagues e participar do programa de condicionamento físico para a equipe. Pat Riley, conhecido por seus treinos físicos destruidores, não fica com dó de gastar dinheiro se for para ter seus jogadores em forma.
O Rafer Alston tem incentivos bacanas, mas que ele, coitado, nunca vai alcançar. 15 mil dólares para cada vez que for eleito jogador da semana, 50 mil se for o jogador do mês e 325 mil se for para um All-Star Game. Prefiro prêmios assim do que aqueles que indicam estatísticas, faz o cara tentar ser um jogador melhor e não um tarado por números à lá Ricky Davis.
Isso acontece com o Tony Battie, que ganha 100 mil verdinhas se jogar pelo menos 50 jogos e tiver média de 8 rebotes por jogo. Recebe mais 100 mil se jogar 50 jogos e tiver média de 5 lances livres por jogo. E pode levar ainda outros 100 mil se estiver na lista de jogadores ativos (os que jogam ou ficam de uniforme no banco) por pelo menos 50 jogos e o time passar para a segunda rodada dos playoffs. Em outras palavras: se você jogar deve pegar rebotes e ser agressivo no garrafão. Se não jogar, a gente só te perdoa se o time for longe.
Esses incentivos, que é um nome bem simpático e do bem para a graninha extra, fazem mais sentido quando são oferecidos para caras medianos, com salários menores. Incentivos pra quem ganha mais de 10 milhões já acho palhaçada. Caso do Carlos Boozer, que apesar dos 12 milhões por temporada ainda recebe um extra se jogar pelo menos 65 jogos, ter média de mais de 32 minutos por jogo e ficar entre os 12 melhores (de média ou total) em rebotes na temporada. Pô, mas isso não é o mínimo que você espera de um ala de força que é o cara mais bem pago da equipe?
Por último, mas não menos importante, está a premiação mais engraçada. Luke Ridnour, o cara que lutou bravamente para tentar ser titular sobre o Ramon Sessions, ganha 1,5 milhão de dólares se for eleito o jogador de defesa do ano! Sério? Eu juro vender minha alma pro diabo, correr pelado na parada gay e postar um vídeo dançando macarena se o Ridnour for o jogador de defesa do ano. Poderiam oferecer a vaga de General Manager do Bucks pra ele caso virasse o jogador de defesa do ano!
Ufa! Esses foram os exemplos dados pelo Dave D’Alessandro em sua matéria. E imagino que ainda existam muito mais que eu gostaria de saber como descobrir. E uma coisa que descobri fora da matéria é que esses incentivos podem sim acabar contando no limite do teto salarial das equipes. Todos os contratos passam pelas mãos da NBA e eles analisam esses incentivos para ver se deve valer ou não na conta do limite salarial.
Isso é bom para que não exista a maracutaia de, por exemplo, o Cavs oferecer um contrato mínimo para o LeBron e dar um bônus de 20 milhões de dólares se ele tiver média de pelo menos 10 pontos por jogo. Seria um jeito bem sacana de burlar a regra do teto salarial e a NBA está prevenida contra isso.
Eu aumento mas não invento
E já que o dia é de bizarrices… Ficaram sabendo que o Richard Jefferson largou a noiva quase no altar? Ligou pra todo mundo cancelando o casamento duas horas antes da cerimônia começar. E o pior era que a moreninha dele era bem firmeza.

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