>Jack Bauer é o novo McGyver

>

Dirk e o novo Dirk?

Não é todo mundo que assiste a NCAA e nem todo mundo que assiste o basquete europeu. Tem gente que não assiste nada, tem gente que acompanha por cima e tem os que olham a fundo só quando seus torneios estão em fase decisiva. Então como saber como os jogadores que vão participar do draft jogam?

Com o YouTube, muita coisa já ficou mais fácil. Às vezes você até acompanha o basquete universitário mais de perto mas o cara que está na lista do draft joga em uma universidade pequena e você não tem nem onde ver ele jogando, a solução é apelar para os vídeos no YouTube, aqueles famosos mixes de jogadas. Não dá pra falar que um cara é bom ou ruim só por uma edição de vídeo, qualquer um que pense um pouco no assunto sabe que qualquer jogador pode ter um vídeo fazendo ele parecer bom, basta uma boa música de fundo e meia dúzia de boas jogadas, não importa quantos anos demoraram e quantos erros se passaram até ele fazer essas tais boas jogadas. Um bom exemplo disso são esses milhares de jogadores de futebol brasileiros que vão para a Europa depois que seus empresários saem daqui com um bom DVD debaixo do braço. O Taddei não foi para a Roma a toa (embora ele até esteja jogando bem hoje em dia, vai entender!).

Ver esses vídeos é divertido, dá pra conhecer um pouco do estilo do jogador até, mas legal mesmo é fazer o que todo mundo fazia antes da era YouTube, que é fuçar os sites que analisam o draft e, além de ler os textos com qualidades e defeitos de cada jogador, ver com que jogador da NBA os especialistas comparam cada um.

Até uns anos atrás era legal ver como comparavam todo jogador alto que arremessava com o Dirk Nowitzki, era a grande moda. Agora a nova moda (além dessas botas de cano alto por cima da calça que eu acho um escândalo!) é comparar todo cara alto e que é grosso-mas-raçudo como o Anderson Varejão. Nesse ano o cara comparado ao Varejão é o Robin Lopez, irmão gêmeo do pivô Brook Lopez. Também tinham os sites que faziam uma coisa muito engraçada, que é dizer o “best case scenario” e o “worst case scenario“, ou seja, “se der tudo certo ele será…” e “se der tudo errado ele será…”. Nesses casos os grandões que arremessavam poderiam virar o Nowitzki ou o Vlad Radmanovic, os armadores baixinhos poderiam ser o Iverson ou o Boykins. Não ajudava muito.

Vamos ver então com quem comparam os principais jogadores desse ano do draft e lembrar de comparações de anos passados.

Derrick Rose – Dwyane Wade/Jason Kidd
A primeira vez que eu vi ele jogar eu pensei “Brandon Roy“. Tinha certeza que iam comparar ele com o Brandon Roy porque ele tem aquele estilo que é rápido mas sem ser explosivo e monstruosamente físico como o Wade, além do fato dele criar do próprio drible as assistências que dá. Mas pelo jeito fui só eu que pensei assim. Outro dia vi uns vídeos dele com um amigo e ele disse que lembrava o Dwyane Wade, no nosso chat já falaram que ele é o novo Kidd. Ano que vem assistam aos jogos do Bulls (ou do Heat, vai saber…) e me digam quem vocês acham que o Derrick Rose lembra em quadra.

Michael Beasley – Carmelo Anthony
Sério? O nbadraft.net diz que ele parece o Anthony e eu não entendi. O Beasley é chamado de monstruoso, tamanha a força que ele tem, e dizem que ele domina o jogo fisicamente e que nem tem problema ele jogar de ala de força, mesmo sendo baixo, de tão forte que ele é, além da técnica apurada com ambas as mãos.
Mas aí li um texto no HoopsHype que iluminou um pouco minha mente e me fez entender a comparação:

“Consegue chutar de longa distância ou criar seu próprio arremesso no perímetro e infiltrar em direção à cesta com ambas as mãos. Ótimo nos rebotes ofensivos graças à velocidade com que sai do chão. Mas é um jogador que defende mal e às vezes não é maduro e falta concentração. Tem a tendência de escolher mal seus arremessos, principalmente do perímetro.”

É ou não é pra comparar o cara com o Melo?

OJ Mayo – Chauncey Billups/Ben Gordon
Bom, Billups e Gordon? Então podemos prever que o OJ Mayo é um cara de extremo talento e que vai passar uns bons anos da carreira tentando descobrir se ele vai jogar na posição um ou dois. Depois de anos de briga, o Billups acabou virando um ótimo armador principal enquanto o Ben Gordon virou um bom segundo armador. Torço para que o Mayo sofra menos para descobrir seu lugar na NBA. Menos trocas de times como o Billups ou de técnico como o Gordon podem ajudar.

Russell Westbrook – Rajon Rondo/Monta Ellis/Leandrinho Barbosa
O que os três citados tem em comum é uma velocidade alucinante, então podemos pegar que todo mundo tenha visto isso quando o assistiu jogar, agora as outras coisas ficam no ar. Quem comparou ele com o Rondo quis dizer que ele não sabe chutar de fora? Se sim, o cara que o comparou com o Leandrinho discorda. A comparação com Ellis e Leandrinho dá a entender que ele é um armador rápido mas que não é realmente um cara que lidera o time, que é o armador que joga melhor na posição dois, mas pensar na primeira comparação com Rondo anula isso. Ou seja, sei lá o que quiseram dizer com o Westbrook, mas o bicho deve ser rápido como o Mirandinha.

Jerryd Bayless – Gilbert Arenas
Essa eu achei perfeita. Dá só uma olhada no que dizem sobre o garotão:

“É incrível em contra-ataques e tem um primeiro passo na infiltração que é muito difícil de se defender. Tem ótima capacidade de infiltração e é capaz de fazer bandejas sobre jogadores bem mais altos. Tem um ótimo arremesso mesmo de bem longe da linha de 3 da NBA, seu arremesso também é rápido e ele parece ser capaz de arremessar quando ele quer, de onde ele quer e sobre quem ele quer.”

Na parte dos defeitos tem isso aqui:
“Mesmo que sinta muito bem o jogo, falta um pouco de habilidade na hora de construir as jogadas e precisa melhorar para ser um jogador que possa jogar o tempo inteiro na posição um.”

Se é realmente tudo isso, então não tem uma comparação melhor que o Arenas. E pra completar, o irmão do Bayless disse que o caçula é simplesmente obcecado por basquete e que quando ele bota uma coisa na cabeça ninguém tira isso dele e que está sempre tentando provar que quem não acredita no talento dele está errado. So falta ter blog.

Mas isso são algumas coisas desse ano, é legal ver mas só saberemos se estão certos ou errados mesmo quando eles tiverem pelo menos um ano de carreira na liga. Mas podemos ver como foram algumas análises dos últimos dois anos.

Kevin Durant – Tracy McGrady/Dirk Nowitzki
Se você pensar que o Durant jogou a temporada inteira como “Shooting Guard“, na posição dois, compará-lo com o Dirk parece bem ridículo. Mas é que os dois têm em comum o fato de serem jogadores muito altos, que jogam no perímetro no ataque mas que na defesa atacam o aro para os rebotes defensivos, pelo menos era assim na Universidade do Texas, onde Durant teve até jogos de 20 rebotes. A comparação com Tracy McGrady é mais feliz, mas ainda precisa de uma evolução de Durant na área de armação de bolas para os companheiros de time e ele precisa infiltrar melhor. Também falta ir para os playoffs e perder na primeira rodada, claro.

Al Horford – Carlos Boozer
Acho que o pessoal tava afiado no ano passado, ótima comparação. Ótimos reboteiros, nem são tão altos assim e não são de dar muitos tocos. Falta só para o Horford evoluir um pouco mais o seu arremesso de média distância, que funciona mas ainda não é como o de Boozer. Falta pro Horford ter uma barbichinha estilosa como a do Boozer e também largar o Hawks por uma proposta milionária de outra equipe, fazendo o Hawks se sentir traído.

Tiago Splitter – PJ Brown
É, não é muito excitante pensar que temos o PJ Brown na nossa seleção. Mas a comparação vem porque os dois são jogadores muito técnicos, bons defensores, com movimentos de garrafão refinados, mas não tem aquele talento fora do normal e nem um físico excepcional para dominar um jogo da NBA.

Andrea Bargnani – Dirk Nowitzki
Grande, branco, gringo e chuta de 3. Essa era fácil.

LaMarcus Aldridge – Channing Frye
Essa é engraçada porque os dois jogam juntos agora e é óbvio que eles não tem nada a ver. O Frye tem alergia a garrafão, coisa que o Aldridge não tem, o Frye não pega rebote, o Aldridge pega, o Frye é um reserva mediano e o Aldridge é um baita jogador, o Frye não dá toco, o Aldridge dá. De comum eles tem a nacionalidade americana e uma casa em Portland.

Adam Morrison – Larry Bird
Essa acho que é a melhor de todas! Como alguém que é especialista e escreve no maior site sobre draft na NBA se sente hoje em dia, escrevendo seus textos, ao lembrar que um dia já disse que o Adam Morrison tinha o talento do Larry Bird? Vai ver que ele nem prefira lembrar, como eu não gosto de lembrar que disse que o Bulls ia ganhar o Leste nesse ano.
Em comum, acho que os dois tem apenas três coisas: fizeram boa carreira universitária, são brancos e já usaram um bigodinho mais feio que a Amy Winehouse sem dente.
Mas sério, torço para que o Adam Morrison supere o primeiro ano difícil, a contusão no segundo ano e volte a jogar bem e com a mesma paixão que jogou em Gonzaga.

Lembrando que as comparações foram achadas nos sites NBADraft.net e HoopsHype. Qualquer bobagem, é culpa deles.

Amanhã voltamos com os meus palpites para o draft, os do Danilo, e com os nossos combinados, quando tentaremos acertar mais escolhas que alguns sites especializados. Não que a gente seja melhor, mas queremos mostrar que conseguimos para conseguir pegar mais mulheres do que já pegamos.

Como funcionam as assinaturas do Bola Presa?

Como são os planos?

São dois tipos de planos MENSAIS para você assinar o Bola Presa:

R$ 14

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo: Textos, Filtro Bola Presa, Podcast BTPH, Podcast Especial, Podcast Clube do Livro, FilmRoom e Prancheta.

R$ 20

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo + Grupo no Facebook + Pelada mensal em SP + Sorteios e Bolões.

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo: Textos, Filtro Bola Presa, Podcast BTPH, Podcast Especial, Podcast Clube do Livro, FilmRoom e Prancheta.

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo + Grupo no Facebook + Pelada mensal em SP + Sorteios e Bolões.

Como funciona o pagamento?

As assinaturas são feitas no Sparkle, da Hotmart, e todo o conteúdo fica disponível imediatamente lá mesmo na plataforma.