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Tá bom, tá bom, eu confesso. Fui apressadinho demais fazendo aquele post com os vídeos do Tayshaun Prince. Bastou uma jogada decisiva do cara e eu já sai escrevendo sobre ele. Custava esperar mais alguns jogos? Ou melhor, custava esperar o próximo jogo?
Se eu tivesse esperado, já teria mais um vídeo maravilhoso para colocar. Ontem, na partida 5 entre Pistons e Magic, o jogo foi mais uma vez decidido no minuto final. Com pouco mais de 20 segundos no relógio, o Magic tinha um déficit de 3 pontos e a bola nas mãos. Turkoglu, marcado por Prince, recebeu na linha dos três mas ao invés de forçar o arremesso, tentou bater pra dentro para diminuir a diferença para 1 e aí torcer para o Pistons errar pelo menos um lance livre na jogada segunite. A infiltração foi boa, ele passou bem pelo Prince e, com os jogadores bem abertos, não havia uma boa cobertura no garrafão. Mas com a qualidade defensiva e os braços maiores que o Nate Robinson inteiro, você nunca deixa o Tayshaun Prince pra trás. Na hora em que Turkoglu foi enterrar, apareceu a mão do Prince e acabou com o Turkoglu, com a brincadeira, com o jogo, com a série e com a temporada do Orlando Magic.
Para ver as outras jogadas decisivas do Tayshaun Prince em um post de dois dias atrás, CLIQUE AQUI. Eu acabei de atualizar o texto com o toco de ontem, está lá embaixo, é o último vídeo. Mas você também pode ver aqui mesmo, no vídeo abaixo:
Mas explicar a derrota do Magic só com o toco do Prince seria simples demais. O Pistons ganhou ontem por um simples motivo, arremessou 83 bolas durante todo o jogo enquanto o Magic arremessou apenas 64. Os 19 chutes a mais foram causados pelos VINTE E UM turnovers que o Magic cometeu contra apenas três do Pistons, assim como pela vitória de 15 a 12 do Pistons na batalha dos rebotes ofensivos.
Chutando bem mais, o Pistons pôde se dar ao luxo de não arremessar tão bem assim, acertando apenas 36% dos seus chutes, contra 48% do Magic. Ou seja, bastava o Magic ter arremessado um pouco mais e desperdiçado a bola menos que o jogo poderia ser deles e poderia estar decidido antes do Prince ser capaz de fazer qualquer coisa.
O que impressionou muito foi o Pistons ter cometido apenas 3 desperdícios de bola mesmo sem o Chauncey Billups em quadra. Geralmente, um time sem seu armador titular fica bem perdido, ainda mais quando o reserva, o Rodney Stuckey, no caso, é apenas um novato e que muitas vezes durante a temporada regular entrava pra jogar na posição 2, não na 1, de armador principal. Stuckey não só não cometeu nenhum desperdício como também marcou 15 pontos e deu 6 assistências. O que deve ter tirado o Magic do sério, já que o Stuckey foi escolhido no draft desse ano com uma escolha que originalmente era do Orlando. Só foi parar nas mãos do Pistons porque o Magic desistiu dela para contar com Darko Milicic em uma troca com o Detroit no meio da temporada passada. Darko, porém, quando virou Free Agent, foi ganhar milhões no Grizzlies e deu o fora. O Magic ficou sem sua escolha, sem Stuckey e sem Darko.
Para a temporada que vem, o Magic já tem que começar a ver o que precisa ser feito. O trio Turkoglu-Rashard-Dwight jogou bem, está entrosado e não deve mudar, embora precise evoluir, principalmente Dwight Howard. O Dwight é chamado agora de “Superman“, apelido que era do Shaq mas que depois do campeonato de enterradas virou dele, mas ele tem que entender que o Superman, além de ter super-força, tem visão de raio-X, tem raio laser, voa, tem o super-sopro e ainda é jornalista do Planeta Diário, ou seja, não dá pra ter um poder só. Ele tem que desenvolver alguns movimentos de pivô, ganchos, um arremesso de meia-distância, melhor lance livre, para assim ser mais difícil de ser marcado. O Pistons botou na cabeça que sempre que o Dwight fosse enterrar eles iriam fazer falta e o resultado foram poucas enterradas e milhares de lances livres, a maioria errados. Mais poderes para o Superman, você só pode ter um poder só se você for um Lanterna-Verde, porque aquele anel faz de tudo, é impressionante.
Já a dupla de armação precisa de alguma evolução. Não só por causa dos muitos erros, mas pela falta de criatividade também. Eu gosto do Jameer Nelson e acho até que vale a pena apostar nele, mas o Orlando precisa de um segundo armador que saiba criar o próprio arremesso ou que seja pelo menos um bom passador, alguém que saiba envolver as outras armas do time no jogo. Mas mesmo com Nelson não sendo ruim como algumas pessoas acham, não seria ruim pro Magic ficar de olho na situação dos armadores do Toronto e do Seattle. Entre Calderon, Ford, Ridnour e Earl Watson, todos com rumores de troca, pode sobrar um grande armador ou no mínimo um bom reserva para o Nelson. Vale a pena ficar de olho no Grizzlies também, o manager do time, o gênio Chris Wallace, disse que entre Conley, Lowry e Javaris Crittenton, pelo menos um deve sair da equipe via troca. E depois da troca do Gasol, acho que todo mundo quer trocar com ele.
Além disso, tem o banco de reservas. Ontem, em um jogo decisivo para salvar a temporada da equipe, só participaram do jogo o já folclórico Marcin Gortat, Keyon Dooling e Keith Bogans. Gosto do Bogans mas acho que ter ele no mesmo time do Maurice Evans é ter duas versões da mesma coisa, é como namorar as duas gêmeas Olsen ao mesmo tempo, o dobro das qualidades mas o dobro de chatice. O Magic precisa de um banco melhor e com mais opções.
Mas quer saber, dane-se o Magic. Eles perderam, são fracassado, derrotados, as mulheres deles os largaram pra sair com os jogadores do Pistons, o Walter Hermann e o Amir Johnson estão pegando as irmãs do Arroyo agora mesmo e tô nem aí! Playoff é hora de falar de quem venceu e não de quem perdeu. E o Pistons está bem na fita, único time a passar tranqüilo nas semi-finais de conferência e Billups terá uns bons dias aí pra se recuperar para a final do Leste, já que Boston e Cleveland estão em ritmo de quem vai disputar jogo 7. E do jeito que estão jogando, apostaria em Pistons nas finais, tá bom que eles podem amarelar quando olharem pro LeBron, mas vendo o que cada um está jogando nas últimas semanas eu fico com o time do Sheed.
Hornets 3 x 2 Spurs
Olha a mão do Tony Parker na foto, divina!
Esse jogo foi reprise. Todo mundo foi enganado. Um bando de gente lá na frente da TV e do computador doido pra ver o importante jogo 5 da série mais emocionante e os safados das emissoras colocam uma reprise do jogo 1, sacanagem! O pior é que ninguém percebeu e ficaram todos elogiando o David West, dizendo que ele joga bem, que ele tava pegando fogo à lá NBA Jam do Super Nintendo. Você acha mesmo que o David West ia ter uma partida de 30 pontos e outra de 38 contra o Duncan? Mentira.
Ele deu sorte no jogo 1 e ontem reprisaram e colocaram uns efeitos muito loucos pra parecer que fez 8 pontos a mais. Tudo mentira! Outra prova de que foi reprise foi como o jogo se desenrolou. Primeiro o Spurs acerta tudo de 3 no primeiro quarto enquanto o Duncan não acerta seus arremessos, depois o Hornets encosta e o primeiro tempo acaba quase empatado (49-45 no jogo 1, 47-44 no jogo 5) e aí no terceiro quarto até o Morris Peterson começa a jogar como super estrela e o Hornets abre trocentos pontos de vantagem. Qual é a chance de isso acontecer duas vezes em pouco mais de uma semana, do mesmo jeito, na mesma quadra, com os mesmos jogadores? Tão de sacanagem com a gente.
Mas bem que poderiam reprisar essa partida no jogo 7 também, só pra gente ver o Spurs perder, não custa nada, vai…