>Mano a mano

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Rir de tudo é desespero

Tem uma frase famosa nos EUA sobre playoffs que diz: It’s all about matchups.

Sem querer traduzir ao pé da letra, a frase defende que uma série de playoff é decidida pelos matchups, ou seja, pelos duelos pessoais entre os dois times. É o que falamos várias vezes sobre a série Magic e Cavs. LeBron e as LeBronzetes tinham um time bom, mas era o time errado pra enfrentar o Magic. Será que o Lakers tem o time certo? É hora daquela análise jogador contra jogador que todo site de basquete faz mas nenhum com o charme e a graça do Bola Presa.

Derek Fisher x Rafer Alston

Acho que esse confronto depende muito do Alston que vamos encontrar em quadra. Vai ser a máquina de acertar arremessos do jogo 4 da série com o Cavs ou o lixo do jogo 5? E o Fisher que vai jogar é o que sabe arremessar ou o que é um pedaço de carne desforme e imprestável?

Inconsistências à parte, acho que esse confronto pode ser definido pelo estilo de jogo que cada um definir. O Fisher teve problemas pra marcar o Aaron Brooks na série contra o Rockets porque ele era muito rápido, mas faz um trabalho razoável contra armadores mais burocráticos. Se o Alston incorporar o Skip to my Lou e partir pra cima do Fisher, o Magic pode ter uma boa arma para abrir a defesa do Lakers para o Dwight e os arremessadores. Se ele for burocrático, não deve ser úil pra nada.

No banco fica a dúvida de se o Jameer Nelson vai jogar ou não. Os jogadores estão confiantes que ele vai pelo menos atuar por uns minutos. Será que ele volta bem ou é mais para dar uma de Willis Reed e dar um boost de confiança nos companheiros?

Se o Alston for agressivo e o Fisher não conseguir pará-lo, a resposta californiana deverá estar em Farmar ou Shannon Brown. O último fez um ótimo trabalho marcando o Billups e até sendo útil no ataque, talvez seja melhor opção do que Farmar por atacar mais a cesta.

Kobe Bryant x Courtney Lee/Mickael Pietrus

O Magic perde esse confronto, é óbvio, mas tudo o que eles querem é que os dois encarregados de marcar o Kobe consigam ser úteis nos dois lados da quadra. Courtney Lee, ótimo no ataque, deve conseguir não ser engolido vivo pelo Kobe. Pietrus, o “LeBron Stopper”, tem que marcar bem e continuar acertando as bolas de 3 que tanto machucaram o Cavs nas finais do Leste.

Se o Magic conseguir essa união dos seus poderes, eles podem chamar o Capitão Planeta e deixar o machucado causado por enfrentar o Kobe como algo possível de lidar.

Uma curiosidade é que o Mickael Pietrus usa o tênis do Kobe, o Nike Zoom Kobe IV. Para essa série, porém, ele vai abandonar o tênis que estava dando sorte e usará algum outro, um do Jordan, segundo ele. Li por aí que isso aconteceu também na série do Denver, o JR Smith até aquecia usando o seus Kobes mas na hora do jogo mudava para um Hyperdunk.

Trevor Ariza x Hedo Turkoglu

O Lakers já avisou que não pretende dobrar a marcação no Dwight Howard. Isso significa que nem Turkoglu, nem Lewis, nem ninguém, terá arremessos sem marcação, eles terão que bater seus defensores. E somando isso ao fato de que o Turkoglu é o cara que mais fica com a bola na mão nos quartos períodos para o Magic, esse confronto é essencial.

Se Ariza conseguir forçar turnovers e erros de arremesso do Turkoglu, o Lakers está em ótima situação para fechar jogos disputados. Se o Turkoglu conseguir superá-lo, o Lakers deverá ser obrigado a tentar o Kobe em cima do Turko, o que definitivamente não está nos planos.

Também é essencial para o Lakers que o Ariza continue sendo um bom arremessador de 3 pontos como tem sido nos playoffs. Esse time do Lakers precisa desesperadamente de arremessadores e ainda mais quando Fisher e Vujacic estão numa zica como a do último mês.

Pau Gasol/Lamar Odom x Rashard Lewis

Acho o Odom o cara ideal para marcar o Rashard Lewis. E o Lewis o cara ideal para marcar o Odom. Os dois são jogadores altos demais para serem marcados por defensores de perímetro e ao mesmo tempo um matchup terrível contra jogadores altos. Rashard pelo arremesso e Odom pelo drible e velocidade. Será um duelo de mesmo nível, diferente e legal demais de assistir. Mas a dúvida é quanto tempo esse duelo irá durar.

Não será no começo do jogo, quando o Lakers começa com Gasol, que será o responsável por marcar o Lewis. O ala do Orlando deve tentar punir o espanhol tirando ele do garrafão e metendo arremessos de 3 na sua cara ou partindo para o drible, como fez com Ben Wallace e Varejão. Mas a diferença nessa série é que haverá um contra-ataque. Enquanto os dois do Cavs juntos valiam o mesmo que uma unha encravada no ataque, o Gasol tentará dominar no garrafão ofensivo, conseguindo ou cestas fáceis ou, a situação ideal, deixando o melhor arremessador adversário com problema de faltas.

Andrew Bynum/Pau Gasol x Dwight Howard

Provavelmente será o duelo que definirá a série. Phil Jackson, como dissemos, já afirmou com certeza absoluta que vai mandar marcar o Dwight no mano a mano. Segundo o Zen Master, não dá pra ficar dobrando porque todos os outros jogadores do Magic chutam de três, então não dá pra facilitar pra ninguém.
Mas pra essa tática funcionar é preciso ter alguém bom na defesa pra segurar o Dwight. Até agora o melhor marcador do Dwight que eu vi foi o Kendrick Perkins e o que ele fazia era segurar, com sua força, o Dwight bem longe da cesta e obrigá-lo a jogar apenas com ganchos forçados e quase nunca com enterradas. O Bynum tem o tamanho e a força pra isso, então é possível, mas é difícil prever, Dwight demonstrou um arsenal ofensivo que nunca tinha visto antes na série contra o Cavs.
Mas mesmo com o Bynum marcando bem ou sendo pisoteado pelo Dwight, volta e meia o confronto será entre o Superman e o Pau Gasol. O Phil Jackson não só deve utilizar bastante o confronto Odom-Lewis como em quartos períodos ele costuma deixar o Bynum no banco. Nesse confronto o Dwight leva muito mais vantagem física e para o Lakers o segredo deverá ser trabalhar forte em quem estiver com a bola para que o pivô não receba a bola muito perto da cesta. Para o Magic o segredo é rodar a bola com sua já característica paciência até que o Dwight esteja bem posicionado para quebrar um aro.
A resposta do Gasol pode ser tentar se posicionar à frente do Dwight em algumas ocasiões para usar seus braços de Tayshaun Prince e interceptar passes, além disso ele tem que estar com seu arremesso de meia distância calibrado pra forçar o Dwight a sair do garrafão.
Também seria bom para o Orlando conseguir uns problemas de falta no Lakers, nada mal para o Dwight de repente ser obrigado a enfrentar o DJ Mbenga. Seria o duelo menos equilibrado da história das finais.
Adam Morrison x JJ Redick

“Apenas uma vez em cada geração nós vemos uma situação onde dois extraordinários jogadores se distanciam do resto do basquete universitário e claramente se mostram como os melhores no esporte.”
Foi com esse pequeno discurso que o troféu de melhor jogador do país no basquete universitário foi dado a seus dois vencedores. Empatados, em 2006, JJ Redick e Adam Morrison se consagravam como os melhores jogadores, os melhores arremessadores e os cestinhas da temporada 2006 da NCAA.
As duas estrelas maiores do campeonato fizeram história no basquete universitário americano e foram para brilhar na NBA. Adam Morrison na terceira escolha e JJ Redick na décima quarta. Três anos depois, em 2009, Morrison não tem mais o cabelo grande, o bigode é mais discreto e ele só é visto de terno no banco por não ser relacionado para ficar nos reservas do Lakers. JJ Redick até coloca o uniforme, mas jogou apenas um jogo (durante 10 minutos) na final da conferência.
Há três anos todos seriam capazes de prever mais um capítulo do épico duelo Redick-Morrison na NBA. Ninguém imaginaria apenas que a situação seria tão patética para os dois.
Em homenagem ao duelo mais insignificante dessas finais, dois vídeos:
No primeiro, Adam Morrison, jogando por Gonzaga, faz 40 pontos contra USF.

No segundo, JJ Redick marca 38 pontos e é a estrela de um jogo contra Wake Forest, equipe de um bom e ofuscado armador chamado Chris Paul.

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