Na NBA, o time outrora conhecido como “Sonics” teve seu novo nome, agora na cidade de Oklahoma, oficialmente anunciado. O nome não era nenhum mistério, na verdade, porque há mais de um mês atrás acabou vazando através de uma série de deslizes – coisa de estagiário. Só não anunciavam pra valer porque estavam esperando o filho de 5 anos do dono acabar de desenhar o logo do time com giz de cera. Para os que não sabem, o nome da equipe agora é “Oklahoma City Thunder“, um nome tão digno de pena que sequer vou aloprar. Até porque já aloprei em outro post, quase um mês e meio atrás, assim que o nome vazou.
Mistério muito mais interessante é o sujeito com o cabelo de Varejão que aparece no fundo de quase todas as fotos da seleção brasileira de basquete em cadeira de rodas. Segundo nosso leitor Sbub, o sujeito é uma entidade que não estava com a seleção, mas que apareceu apenas nas fotos. Tipo aquele suposto espírito que aparece no fundo do filme “Três solteirões e um bebê“. Preocupados com o possível ambiente assombrado da seleção brasileira, fomos atrás de descobrir quem é, na verdade, a figura mística.
Informaram-nos que o sujeito chama-se Gilson Ramos, também conhecido como Doinha. Trata-se de um dos maiores incentivadores do basquete em cadeira de rodas no Brasil, participando com a seleção brasileira nas Paraolimpíadas de Seoul, Sidney, Atenas e agora em Pequim. O Doinha foi jogador de basquete andante, chegando até mesmo a ser treinado pelo famoso técnico Kanela. O que me lembra que provavelmente deve ser obrigatório ter um apelido curto e esquisito para ser importante no mundo do basquete. O Doinha é realizador de vários campeonatos da modalidade no Brasil, incluindo o Campeonato Mundial Junior que viu a seleção brasileira ganhar a medalha de prata. Ou seja, o basquete em cadeira de rodas no Brasil deve muito ao Doinha e ao cabelo dele. Não necessariamente nessa ordem.
O cabelo do Doinha, aliás, assistiu à seleção brasileira vencer um amistoso dia 4 agora, contra a Alemanha. Os parentes do Nowitzki são a terceira melhor seleção européia, entraram em quadra tentando botar medo, gritando como uns loucos (devem ter visto muitos vídeos da seleção de rugby da Nova Zelândia) e foram simplesmente humilhados pelos brasileiros. O placar de 70 a 46 mostra o domínio completo da seleção do Brasil, que destruiu do começo ao fim. A equipe técnica, no entanto, prefere manter o pé no chão. “Nem sempre a vitória é um indicativo de que estamos no caminho certo“, alertou Sileno Santos, que continua em contato conosco. Por isso, apesar de chutar os traseiros alemães, o Brasil continuará o incessante treinamento nas finalizações, para que na hora não seja feito tudo certo mas a bola não caia. São treinos de bandejas, arremessos de curta, média e longa distância, além de lances livres. Com o ânimo da vitória no amistoso e o comprometimento nos treinos, além da preparação tática, parece que estamos prestes a presenciar uma excelente participação brasileira na Paraolimpíada.
Em breve, vamos conhecer melhor os jogadores e os membros da comissão técnica, preparando todo mundo para o primeiro jogo brasileiro na Paraolimpíada de Pequim. Mas por enquanto, já vamos reconhecer o cabelo do Doinha no fundo. E torcer para que seja verdade a afirmação de que ele não é uma aparição.