>O número 23

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Até Hughes que é número 32 teve seu dia de 23

O número 23 não é só um filme mais ou menos do Jim Carey. Ele também é um número sagrado para todos os amantes do basquete e, ontem, apareceu algumas vezes em três diferentes jogos em situações inusitadas.

Comecemos por um confronto entre dois dos únicos cinco times do Leste que têm mais vitórias que derrotas, o confronto entre Cleveland Cavs e o Orlando Magic. O primeiro número 23 que aparece no jogo é óbvio, é o de LeBron James. O camisa 23 do Cavs dominou mais um jogo com 29 pontos e 10 assistências, liderando o Cavs para mais uma vitória. Quer dizer, liderando não, sendo coadjuvante. O líder mesmo foi o número 32 (23 ao contrário, já diria o Jim Carey) Larry Hughes. O cara que tem até um site zoando ele por arremessar mal fez ontem sua melhor apresentação em três anos de Cavs, marcou 40 pontos em 12-19 arremessos! Foram ainda 4 bolas fitas em 5 tentadas de 3 pontos! Acho que a última vez que ele fez tantas bolas de três num jogo nem Juvenal Antena, nem Bebel e nem Clarinha brilhavam na novela das oito. Ou seja, faz tempo! O número 23 entra nessa história porque no decisivo terceiro quarto, Hughes resolveu tomar conta do jogo e fez 23 dos seus 40 pontos, salvando o Cavs, já que este foi o melhor período do Orlando no jogo inteiro.

O site que eu citei acima tem um texto maravilho sobre como o Larry Hughes é melhor que o Jason Kidd e, por isso, o Nets deveria aproveitar a chance e trocá-lo agora. Uma das estatísticas usadas para mostrar como o Hughes é melhor, é o número de pontos marcados no dia 11 de fevereiro. 40 a 0 para o Larry Hughes. Vale tanto a pena que eu vou linkar de novo aqui.

Voltando ao nosso número 23, ele apareceu de novo no jogo entre Dallas Mavericks e Philadelphia 76ers. Nenhum camisa 23 envolvido dessa vez (se o Larry Hughes e o Trenton Hassell tivessem jogos bons no mesmo dia o universo iria explodir).
O número 23 apareceu no placar mesmo. Não foi no placar de um período, mas de um tempo inteiro! O Dallas conseguiu a proeza de não passar pela defesa do Sixers e marcou 13 pontos no terceiro período e incríveis 10 no quarto período, somando os 23. A única explicação lógica para essa atuação pífea do Dallas seria a de que os jogadores realmente acreditaram quando, ontem, o Mark Cuban disse que o Sam Dalembert é um ótimo jogador. Até acho o Dalembert bom, tem um bom número de tocos também, mas está longe de realmente ser um pivô que faça um estrago tão grande, ainda mais contra um time forte como o Dallas.

A última grande aparição do número 23 foi no melhor jogo da noite. O duelo clássico dos RPGistas entre os Magos e os Guerreiros, Wizards e Warriors. O Wizards começou o jogo muito bem e o Warriors, como já está ficando de praxe, começou errando tudo. Mas dessa vez errou tanto, mas errou tanto, que a diferença chegou aos 23 pontos.

E aí foi a hora da reação.

Pela décima segunda vez na temporada o Warriors se recuperou de um déficit de mais de 10 pontos para virar e vencer a partida. Monta Ellis, Baron Davis e Al Harrington começaram a virada, Chris Webber viu quase tudo do banco e na hora em que o Warriors estava alcançando o Wizards, com a torcida de Oakland indo ao delírio, foi a hora do Captain Jack, Stephen Jackson, tomar conta do jogo.
Conheço um torcedor do Warriors que brinca dizendo que o Stephen Jackson só acerta arremessos se falarem pra ele que ele está no quarto período do jogo, e que se ele acerta uma bola no primeiro período é porque se enganou. Ontem pareceu isso mesmo. Ele chamou o jogo pra ele no final e fez a jogada mais emocionante do dia:

O Warriors perdia por dois e o Wizards tinha fundo bola. Na passagem do meio da quadra a pressão do Golden State roubou a bola e Jackson partiu para a bandeja para empatar o jogo quando sofreu uma falta. Acertou o primeiro lance livre mas errou o segundo. Um tapinha do Al Harrington pra trás, rebote de Andris Biendris e a bola, com apenas um ponto de vantagem no placar e menos de um minuto faltando, voltou para as mãos de Stephen Jackson, que sem pensar duas vezes, arremessou de três e deu a virada para o Warriors. Aí foi segurar a barra por menos de um minuto, acertar alguns lances livres e a vitória foi para a mão do time mais empolgante, maluco e cheio de viradas da NBA.

“Acertamos um arremesso aqui, outro ali e de repente somos outro time. Por que isso acontece? Não sei, sou só o técnico. Por que sempre começamos o jogo mal? Não tenho idéia.”

Se nem o técnico Don Nelson sabe explicar o motivo que leva seu time a ser assim, não vou nem me arriscar a dizer. Mas o Jim Carey diria que o número 23 explicaria tudo. Como? As letras de “DON NELSON”, usando A como 1, B como 2 e assim por diante, somam 112, que dividido por 5, que é o número de jogadores em quadra, dá 22,4, que é quase 23. Faz muito sentido, não?

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