O que aprendi na Rodada de Natal

Quando perguntados sobre a importância da “Rodada de Natal”, todos os jogadores respondem metodicamente que se trata de apenas “mais um jogo”. De fato, não é um jogo ao fim de dezembro que determinará a classificação ou os rumos de um time. Nesse ponto da temporada a maior parte das equipes ainda pensa um passo de cada vez, se focando no próximo adversário apenas às portas do jogo, com um mínimo de preparação. Ainda assim a rodada natalina tem uma importância que ultrapassa aquela que os jogadores estão dispostos a admitir: por ser selecionada a dedo para conter confrontos “interessantes” e por ser uma das rodadas de maior audiência na temporada, as equipes claramente usam a oportunidade de jogar no Natal tanto como teste quanto como vitrine.

Times em boa fase usam partidas contra os seus rivais diretos (ou contra os favoritos ao título) nesse palco de alta audiência televisiva para “testar” seu momento e saber se suas chances são “reais”; times em má fase, por sua vez, usam a oportunidade para provar a si mesmos e à torcida que são capazes de uma “guinada”, de um novo começo. O que não faltam são times que se consolidam ou que começam a crescer justamente após esses confrontos. Não à toa costumamos ver no Natal jogos incrivelmente disputados e equipes visivelmente mais preparadas para seus adversários do que é corriqueiro acompanhar ao longo da temporada regular.

Seria precipitado cravar o futuro ou o rendimento de qualquer equipe a partir de um único jogo, mas a “Rodada de Natal” tem muito a nos ensinar sobre o momento atual de cada time participante porque podemos vê-los realmente TENTANDO num ambiente de protagonismo e pressão, que é quando as falhas se tornam mais evidentes, a preparação técnica aparece por entre as frestas e conseguimos ver com mais clareza a IMAGEM que cada time quer vender para a torcida, para os críticos, para os adversários e, principalmente, para SI MESMOS.

Com isso em mente, listo abaixo aquilo de que mais importante fui capaz de extrair dessa rodada natalina e que, acredito, conta melhor a história de cada time na temporada e suas perspectivas para o futuro.


 

O Bucks teve uma vitória bem fácil em cima do Knicks para abrir a rodada, como o jogo só minimamente disputado no primeiro tempo e o Knicks tendo um bom momento de verdade apenas em metade do primeiro período. Mas o que mais impressionou foi COMO o Bucks conseguiu essa vitória, completamente fora de seu plano de jogo habitual.

Ainda que esteja levemente abaixo da média da NBA em aproveitamento de bolas de três pontos (o Bucks acerta 34% desses arremessos, enquanto a média geral é pouca coisa acima dos 35%), o Bucks é o segundo time que mais CONVERTE bolas de três, atrás apenas do OBSESSIVO Houston Rockets. Isso quer dizer que o Bucks acerta quase 14 arremessos do perímetro em média por jogo NA MARRA, compensando a má pontaria com o volume de tentativas.

No Natal contra o Knicks, no entanto, o Bucks só converteu 6 bolas em 32 tentativas, receita para fracasso. Os erros não foram exatamente mérito da defesa adversária, com o Bucks errando muitas bolas que costuma converter e Antetokounmpo tendo muito, muito espaço para arremessar ainda mais. O que acontece é que times focados em bolas do perímetro, como é o caso do Bucks, invariavelmente sofrem de DIAS RUINS, aqueles dias em que as bolas não caem, e adversários jovens e empolgados como o Knicks estão sempre ali para se aproveitar desses dias e abocanhar uma vitória inesperada.

O que fez o Rockets liderar a NBA em vitórias na temporada passada, com 65 jogos ganhos, foi justamente a capacidade do time de compensar esses dias de péssimo arremesso com outros caminhos para a cesta. É isso que faz um time ser “bom de verdade”, a capacidade de vencer os adversários mais fracos mesmo naquele momento em que seu plano de jogo não está funcionando e o basquete apresentado não é dos melhores. Se o Bucks tivesse vencido o Knicks convertendo 14 bolas de três pontos, teríamos visto o time em sua “versão ideal”, o que não acrescentaria muitas informações à equipe que já conhecemos e já analisamos por aqui. Mas em rede nacional, numa das rodadas mais importantes do ano, o Bucks arrancou uma vitória fácil mesmo com o plano dando TODO ERRADO, mostrando que times fracos não podem vencê-los nem quando os arremessos de três não entrarem. É esse tipo de variedade e de dominância que os times candidatos ao título precisam apresentar e, para mim, a rodada serviu para colocar em definitivo a equipe de Milwaukee nesse pacote.

Giannis Antetokounmpo acabou o jogo com 30 pontos atacando a cesta mesmo com o espaçamento do time para lhe abrir caminho estando todo comprometido pela má mira, enquanto Brook Lopez se fez útil para a equipe com 20 pontos mesmo acertando uma única bola de três pontos, sua nova especialidade e seu papel na nova NBA. Mesmo contra o adversário mais “inexpressivo” da rodada, o Bucks talvez tenha sido o time que saiu de quadra mais fortalecido em suas crenças de já estar no caminho certo.


O Thunder é, nesse momento, a melhor defesa da NBA: ninguém toma menos pontos do que eles a cada posse de bola. Enquanto isso o ataque, que não vai estourar os miolos de ninguém nem fazer aumentar a venda de fogos de artifício, encontrou recentemente certa “zona de conforto” em que a falta de movimentação voltou a ser marca identitária e não impede nem Westbrook nem Paul George de serem produtivos e eficientes. A combinação lançou o Thunder para o topo da Conferência Oeste e vários analistas começaram nas últimas semanas a considerar seriamente a equipe como candidata ao título. O Natal era a oportunidade perfeita, portanto, para o Thunder se estabelecer como um time de “elite”, apresentando para o torcedor desavisado um time capaz de apagar da memória as frustrações da temporada passada. O problema é que para isso seria necessário derrotar um Houston Rockets em alta graças principalmente a um dos melhores momentos da CARREIRA INTEIRA de James Harden.

Dada a importância da ocasião, o Thunder entrou em quadra com um sistema defensivo especialmente alterado para enfrentar Harden. Foi a primeira vez que vi esse Thunder atual ter que ajustar marcações em tempo real, tentando negar ao adversário os duelos defensivos desejados. O Rockets é um dos melhores times da NBA em ESCOLHER quem o adversário usará para marcar cada um dos seus jogadores, através de uma série de corta-luzes bem executados e bom espaçamento de quadra. Isso significa que James Harden é continuamente defendido por jogadores que não são de sua posição, mais lentos e menos ágeis do que ele, o que facilita sua vida. Para “negar” esses duelos os adversários precisam fazer uma série de malabarismos, que envolvem geralmente defensores mudando de alvo NO MEIO DA JOGADA. Essas mudanças precisam ser perfeitas porque criam janelas de oportunidade para Harden atacar ou arremessar, e qualquer erro de entrosamento (dois defensores achando que é a hora de correr para o mesmo lugar da quadra, por exemplo) é simplesmente fatal porque alguém estará livre no perímetro.

O que o Thunder nos mostrou nesse jogo natalino foi uma defesa MADURA, algo que vai muito além de uma simples “defesa forte”. O entrosamento foi perfeito, as trocas de marcação precisas, o time se antecipou a cada corta-luz e negou continuamente que defensores piores ficassem responsáveis por James Harden. Na prática isso forçou Harden a enfrentar Paul George e Terrance Ferguson (que se mostrou um defensor impressionante) em quase todas as posses de bola, mas mais do que isso, forçou o Rockets a cometer faltas de ataque tentando corta-luzes desesperados e James Harden a arremessar bolas de três contestadas na cara de defensores de elite. Paul George brilhou UM ABSURDO marcando o Barba, relembrando os esquecidos de que ele é um dos melhores da NBA na defesa individual.

James Harden ficou abaixo da sua média de lances livres cobrados (o que significa que o Thunder soube evitar suas “armadilhas” para sofrer faltas) e acertou apenas 5 dos 16 arremessos de três pontos que tentou (sinal claro de como a defesa o deixou isolado contra bons defensores). O problema é que Harden continuou pontuando: foram 41 pontos, a maior parte em uma chuva de infiltrações difíceis. Quando o Rockets assumiu a liderança no placar no meio do quarto período, basicamente nas costas do Harden (e da queda de produção que o Thunder teve com os seus reservas em quadra), era hora daquela defesa madura manter a posição e DESAFIAR Harden a vencer o jogo sozinho. O que vimos, no entanto, foi o contrário: o time se desesperou, a defesa entrou em colapso, marcadores começaram a correr para cima de Harden sem nenhum critério e então o armador teve espaço para girar a bola. Foram duas bolas de três pontos razoavelmente livres de Austin Rivers, ajuda recém-contratada, que mataram o jogo de vez.

A defesa do Thunder é espetacular, mas quando foi colocada num momento de pressão (enfrentando um jogador espetacular, num jogo tenso, minutos finais, torcida contrária berrando, audiência aos milhões na televisão) simplesmente desmoronou diante dos nossos olhos. Se o ataque do time deixou a desejar, acredito que não haja muita solução: a defesa do Rockets foi forte (como tem sido desde a volta do coordenador defensivo Jeff Bzdelik e da saída dos jogadores mais “perdidos” da rotação) e nem sempre Paul George e Russell Westbrook vão ter alto aproveitamento. O que importa para a equipe é segurar os adversários ABAIXO do próprio aproveitamento e, no processo, gerar os contra-ataques necessários para o elenco brilhar. Não foi o que vimos no quarto período porque no desespero os defensores deixaram de acreditar no modelo, com medo de que não fosse suficiente para deter Harden. Dica: muitas vezes NADA é suficiente para parar uma grande estrela, mas sair do plano só piora a situação, nunca melhora. É preciso ter orgulho da própria defesa e aceitar as derrotas que acontecem porque alguém do outro lado está iluminado – é menos pior do que ver a defesa DESMORONANDO em rede nacional.

O Thunder certamente tirará uma lição disso, mas no maior palco que teve até agora o time colocou um enorme asterisco em seu posto de melhor defesa da temporada – e, consequentemente, em suas chances reais de disputar o título. O Rockets, por sua vez, confirmou que a maior culpa da queda de rendimento nessa temporada é o elenco de apoio. Austin Rivers não é gênio, acabou de chegar, mas já ganhou minutos à frente das contratações da offseason, como Michael Carter-Williams e Brandon Knight. Sem Chris Paul, com uma rotação de apenas 8 jogadores, o time já é melhor do que quando tentou usar essas peças sobressalentes.


 

Celtics e Sixers já virou uma das rivalidades mais interessantes da NBA desde que se enfrentaram nas Semi-Finais da Conferência Leste na temporada passada em busca do posto de “melhor equipe jovem” da Liga. Não é à toa, portanto, que os dois times entraram PRONTOS PARA MORDER e tivemos um jogo disputado, brigado e, de brinde, uma prorrogação. Enquanto o Sixers tenta encontrar em definitivo seu estilo de jogo após mudanças no elenco, falta de arremessadores e tantas idas-e-vindas de Markelle Fultz, o Celtics vem de reunião a portas fechadas em que o elenco apontou dedos tentando resolver a “crise” que assola a equipe – por “crise”, entenda que o time apenas não cumpre às próprias expectativas.

Assim como ocorreu nos Playoffs passados, mesmo que o jogo tenha sido apertado o Sixers simplesmente NÃO CONSEGUE VENCER. Mas se tem algo que ficou mais evidente do que nunca é que isso se deve principalmente à incapacidade do time de marcar os armadores principais adversários. Kyrie Irving, com seus 40 pontos e mais de 50% de aproveitamento nos arremessos, não foi o primeiro e nem será o último armador a destruir o Sixers numa partida. O problema é simples: Ben Simmons e Jimmy Butler são defensores espetaculares, mas como são mais altos acabam sendo obrigados a defender outras posições que não a de armador principal. Kyrie Irving foi marcado em diversas posses de bola por Jimmy Butler, especialmente no final do jogo, mas isso invariavelmente abriu espaço para Jayson Tatum, Jaylen Brown ou Gordon Hayward, por exemplo. No começo do jogo, JJ Redick chegou a ser o defensor designado para marcar Irving e foi simplesmente trucidado, coitado, o que mostra a importância de Markelle Fultz (se estiver saudável) nessas situações. Em seu modelo de defesa coletiva, com braços longos e interceptação de linhas de passe, o Sixers ainda não entendeu direito como marcar armadores adversários no mano-a-mano – o que é ainda pior quando o armador do outro lado é Kyrie Irving em seu modo ENLOUQUECIDO. O time tem experimentado com diferentes modelos defensivos, mas ainda não achou nada funcional e sequer tem estabelecida a rotação e a posição dos jogadores na hora de defender. A incapacidade de parar Irving e a derrota que veio disso é mais um balde de água fria no Sixers e um dos motivos para Joel Embiid afirmar que “não existe de fato uma rivalidade quando se perde todos os jogos”. Se levarmos em conta que o Celtics estava sem Aaron Baynes, uma eterna pedra no sapato de Embiid, a derrota se torna ainda mais dolorosa.

Da parte do Celtics, o jogo serviu em parte para mostrar que a “crise” não é tão séria, mas em parte explicou o motivo do time não estar funcionando como deveria. O técnico Brad Stevens desenhou uma série de jogadas para explorar as escolhas defensivas do Sixers, coisas que deram um nó na cabeça do adversário, mas que o Celtics simplesmente não conseguiu converter – questão de falta de pontaria, mesmo. O problema, no entanto, não está em errar esses arremessos em jogadas trabalhadas, mas no que acontece DEPOIS: os jogadores do Celtics respondem aos erros ou se negando a arremessar, por medo de errar, ou acelerando o ritmo, forçando arremessos idiotas e abandonando as movimentações ofensivas complexas que falharam nas posses de bola anteriores. Quanto mais jogadas bem trabalhadas dão errado, mais o Celtics responde com jogadas de heroísmo infantil, especialmente com Jayson Tatum, ou com recusas de arremesso. Se não fosse o heroísmo de Kyrie Irving, que nos dias bons é IMPARÁVEL, o que teríamos visto no Natal seria um festival de arremessos questionáveis e uma derrota inevitável. Acho que já é hora de dizer que existe CONFIANÇA DEMAIS por parte da molecada do Celtics (Tatum, Rozier, Jaylen Brown), e CONFIANÇA DE MENOS por parte de alguns veteranos (principalmente Gordon Hayward, claro, mas também Al Horford, em vários momentos). O pior é ver que o time SABE o que precisa ser feito, apenas não reage bem aos erros – que, coincidência ou não, se tornam cada vez mais frequentes. É uma bola de neve que o jogo de Natal não ajudou a solucionar.


 

Talvez a narrativa mais interessante dessa rodada tenha sido a do Lakers contra o Warriors. A derrota do Warriors, em si, não acrescenta muita coisa ao que sabemos da equipe até aqui: não dá nunca pra entender se eles perdem porque regrediram ou se eles não estão NEM TENTANDO, num nível de falta de motivação sem precedentes nesse elenco. O que sobra de interessante nessa derrota está do lado do Lakers: aconteceu com LeBron James contundido a partir do terceiro quarto, em grandes atuações de Rajon Rondo e Ivica Zubac, e – bizarramente – na base da defesa.

Luke Walton nos mostrou, pela primeira vez, uma defesa inteiramente montada apenas para enfrentar seu ex-time, o Golden State Warriors. A ideia foi marcar exclusivamente as saídas de corta-luz dos jogadores adversários sem a bola, com defensores abandonando suas posições convencionais para “caçar” qualquer um que recebesse um corta-luz em movimento. O esquema é difícil de executar e exige demais dos defensores mais “ociosos” do sistema defensivo, em geral os pivôs. Com JaVale McGee com pneumonia, sobrou para Zubac, o pivô-Pokémon, fazer a maior parte dessa defesa, abandonando o garrafão para perseguir arremessadores recebendo corta-luz dos dois lados da quadra. Isso forçou o Warriors a acertar apenas 25% dos seus arremessos do perímetro e desafiou a equipe a jogar no mano-a-mano, exatamente aquela situação que os tornou frágeis nas Finais da Conferência Oeste da temporada passada. Foi um trabalho defensivo primoroso, a ser copiado por qualquer time que enfrente o Warriors, e que só poderia mesmo ter vindo da mente de alguém que conhece tão profundamente aquilo que o Warriors faz ofensivamente.

Se a vitória parcialmente sem LeBron surpreende, vale ressaltar que o Lakers brilhou no breve tempo que LeBron ficou fora ANTES da lesão, quando foi descansar no banco de reservas. A defesa do Lakers continuou intacta (até melhor, porque LeBron moscou em algumas posses de bola) e Rajon Rondo assumiu para si a responsabilidade de manter o time funcionando. Rondo, que é muito mais de ler o jogo do que de seguir esquemas táticos, manteve o Lakers imprevisível sem arrancá-lo de sua identidade, e se tornou uma figura de liderança quando LeBron precisa sentar. Após a lesão, colocou o jogo embaixo do braço. Enquanto esteve em quadra, o Lakers fez 24 pontos a mais do que tomou; nesse quesito, só perdeu para Zubac, que ajudou o time com saldo positivo de 25 pontos.

Independente das limitações atuais do Warriors, da falta de motivação e da rodada natalina não ser exatamente especial para um time que já tem seu nome na História, a vitória foi extremamente importante para o Lakers. Consagrou Rondo como grande mente do elenco, Zubac como um defensor INTELIGENTE, Luke Walton como um técnico capaz de montar um sólido desenho defensivo, e o time inteiro como capaz de sobreviver às eventuais ausências de LeBron. Seria compreensível se o time tivesse desmoronado com sua lesão, tivesse entrado em desespero e abandonado o esquema tático que tanto depende de sua estrela. Mas não: novatos, pirralhos e veteranos seguraram as pontas, aguentaram uma forte pressão do Warriors entre o terceiro e o começo do quarto período, e criaram essa narrativa em que PODEM DAR CONTA. É um daqueles casos em que uma lesão pode deixar um time mais forte e mais unido – especialmente porque a lesão não é grave e LeBron deve voltar em breve, perdendo só alguns jogos. O Natal não poderia ter sido melhor em Los Angeles.


 

Na partida entre Blazers e Jazz eu também aprendi uma coisa muito importante: que às vezes a gente precisa dormir um pouco depois de passar 10 horas vendo basquete e comentando no Twitter. Foi mal pessoal, mas depois de uma boa noite dormida a gente não se arrepende de nada!

Torcedor do Rockets e apreciador de basquete videogamístico.

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