>Na noite de ontem, Kevin Love bateu o recorde da história da NBA de double-doubles seguidos. Para quem não sabe, um double-double (que só não chamamos de “duplo” pra não confundir com o lanche do McDonald’s) é quando um jogador consegue dígitos duplos em dois quesitos do basquete: pontos, rebotes, assistências, tocos ou roubos. O recorde pertencia ao Moses Malone, o melhor em rebotes ofensivos da história da NBA (não confundir com o Karl Malone, o melhor em cotoveladas ofensivas da história da NBA), e foi quebrado quando Kevin Love conseguiu seu 52o jogo consecutivo com um double-double de pontos e rebotes. Com uma média de quase 21 pontos e 16 rebotes por jogo, não é de se espantar que os double-doubles venham a rodo. O que é espantoso é que o Kevin Love sequer precisa sair do chão para conseguir esses números constantes e consegue ser levado a sério mesmo tendo “amor” escrito na camiseta, coisa de filho de pais hippies. Mas é claro que esse recorde vai ter um asterisco tipo o “campeonato Mundial” do Corinthians porque tem gente que acha que nenhuma marca do planeta é relevante se o jogador está num time ruim. “Ah, descobriu a cura para o câncer? Grandes merdas, ele joga no Wolves, lá até eu conseguia”. Vai nessa.
Para dar o valor merecido à marca do Señor Amor, resolvemos usar a única ferramenta que resiste ao teste do tempo – o Paint – e imortalizar o momento do recorde do mesmo modo que imortalizamos o recorde do Ray Allen. Mas dessa vez ninguém vai ficar bravinho porque finalmente essa piada não é relacionada ao Jazz, ao Celtics ou ao Kobe. Ah, está ouvindo esse barulho? É o som da tranquilidade.
Depois de toda a emoção indescritível de um sujeito fazendo aquilo que ele sempre faz num time que todo mundo finge que não existe, vamos abaixar a adrenalina e em breve voltamos com nossa programação normal.