>Preview 2010-11 / Atlanta Hawks

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 Joe Johnson acabou de checar a conta bancária!

Objetivo máximo: Se manter como um dos 4 melhores times do Leste
Não seria estranho: Perder espaço para Bulls e Bucks
Desastre: Virar um time que vai para os playoffs no sufoco e está estagnado no contrato zilionário do Joe Johnson

Forças: Quinteto inicial é bom e está bem entrosado
Fraquezas: O time é bom, nunca espetacular

Elenco:

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Nesse preview do Hawks vou fazer de maneira invertida. Falo primeiro do time e depois do técnico.

No ano passado eu brinquei dizendo que o Hawks era o novo Spurs. Por mais que eu tenha feito um post inteiro explicando o porque, muita gente não entendeu e ficou achando que eu achava que eles iam ganhar títulos, dominar a NBA e ter um argentino narigudo. Não é assim, o Hawks era o novo Spurs porque eles montaram um time aos poucos, sem gastar toneladas de dinheiro com contratações que impressionam a torcida e ano após ano foram construindo um time sólido, que tem um esquema de jogo que se repete sempre sem empolgar e que vence com regularidade. O Hawks do ano passado era o time perfeito para se apostar com segurança: vencia facilmente os times mais fracos, perdia para os favoritos ao título, era um pouco melhor em casa do que fora. Quase nunca uma surpresa ou zebra, não é tipo o Lakers que ganha do Celtics e depois perde pro Bobcats.

O grande desafio do Hawks no ano passado era, portanto, ver se conseguia sair dessa situação intermediária para começar a incomodar os grandes. Mas nos playoffs passou só em 7 jogos pelo Bucks (sem Andrew Bogut!) e depois foi varrido por 4 a 0 pelo Orlando Magic em uma das séries de playoff mais fáceis da história da NBA. Dentre as séries melhor-de-7 foi a com maior média de diferença de pontos entre o vencedor e o perdedor, uma humilhação sem tamanho.

Aquela derrota serviu pra ver que se o Hawks quer ser mais do que é, alguma coisa precisava mudar. Mas durante a offseason não mudou muita coisa. Conseguiram o Jordan Crawford (o cara da enterrada no LeBron, lembra?) e só. Eles foram notícia só porque ofereceram um contrato gigantrosco para o Joe Johnson, 120 milhões por 6 anos, fazendo dele um dos jogadores mais bem pagos da NBA. Na próxima temporada ele ganhará 16 milhões de dólares, o 16º mais bem pago, mas daqui a 6 anos irá ganhar 24 milhões, o que ganha hoje Kobe Bryant, o maior salário da liga.

A situação do Hawks era bem complicada. O Knicks, o Heat, o Bulls e outros times com espaço salarial vazio estavam babando em cima do JJ, oferecendo como iscas caras como D-Wade, Amar’e e Derrick Rose. Para conseguir vencer essa tentação de jogar ao lado de estrelas em times de maior visibilidade o Hawks achou que era melhor investir pesado na grana e vencer pelo bolso. Deu certo, JJ ficou. Sem ele o Atlanta ainda não teria espaço na folha salarial (usou uma das exceções para poder gastar tanto com um jogador que já era deles) e seria um time horrível. Escolheram então ser um time que gasta muito dinheiro e não vai ter chance de melhorar nunca do que serem um dos piores da Leste. Difícil achar que dar um salário de Kobe para Joe Johnson seja bom negócio, mas na cabeça deles era melhor negócio ser um time médio que vai para os playoffs todo ano do que afundar no fundo do Leste. Se eles perdem JJ por nada imaginem como Josh Smith, Al Horford e Jamal Crawford não estariam implorando para pular desse barco também. Sem contar da grana extra que eles ganham com ingressos e vendas de camisas tendo o JJ do lado deles.

Fazer essa mal negócio, portanto, foi a saída para não afundar. Mas ao mesmo tempo estagnou o time onde estava no ano passado. O elenco é o mesmo, as qualidades as mesmas e os defeitos também. A esperança de avançar está na mudança de técnico. O Mike Woodson, o homem sem sobrancelhas, foi demitido depois de melhorar o recorde do time ano após ano e deu lugar a um dos seus assistentes, Larry Drew.

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Técnico: Larry Drew

O novo técnico do Águia de Marabá Atlanta é mais um da extensa lista de assistentes técnicos que estão assumindo times nos últimos anos. Ele tem 27 temporadas de NBA combinadas entre jogador e assistente. Jogou no Kings, Pistons, Lakers e Clippers de 1980 até 1990 e depois foi assistente técnico no Lakers, Wizards, Nets, Pistons e por fim no Hawks, sob o comando de Woodson.

O Hawks estava bastante seduzido pela idéia de contratar Avery Johnson e chegou a entrevistar o técnico, mas depois que ele decidiu ir para o Nets acabaram por escolher o Drew. O que eles alegaram foi que o time precisava de alguma mudança, mas ao mesmo tempo não fazia sentido uma reestruturação total, afinal o time está longe de ser um desastre, acabaram em terceiro no Leste na temporada regular passada. O Larry Drew já conhece os jogadores, tem intimidade com eles, todos gostam do cara e ao mesmo tempo ele vai introduzir idéias novas. Quais são elas a gente ainda não sabe, mas rezamos que ele esqueça o “Fresh Prince of Bel-Air Offense” isolando o Joe Johnson como se ele fosse o LeBron James no Cavs. Já era idiota fazer isso com um cara bom como o LeBron, imagina fazer com um jogador sem os mesmos recursos!

O curioso é que se você analisar só os números verá que o Hawks teve o segundo melhor ataque da temporada passada se contarmos pontos por posse de bola. Ficaram atrás apenas do Suns! O problema não estava no geral, mas sim quando as defesas apertavam ou no final dos jogos, quando eles fugiam do que estava dando certo para jogar o jogo da isolação. O time também começou a ficar previsível e se você contar só o os últimos 2 meses de temporada e principalmente o dos playoffs verá uma queda vertiginosa do aproveitamento de ataque da equipe. A defesa, 13ª melhor, também poderia ser um pouco melhor. Eles não tinham idéia de como parar a movimentação rápida de bola do Magic naquela varrida.

O trabalho do Larry Drew será dar mais variação e mobilidade ao lento ataque do Hawks para que esses bons números aconteçam durante toda a temporada e principalmente contra os times de defesa mais pressionada. Depois dos primeiros jogos da pré-temporada alguns jogadores disseram estar bastante empolgados com o novo esquema tático, que está mais divertido de jogar. O Mike Bibby em especial parece que melhorou bastante e vai se dar melhor nesse ataque menos paradão.

Talvez seja o chacoalhão de que eles precisavam depois de serem destruídos pelo Magic, mas é difícil prever qualquer coisa além de uma repetição da temporada passada. O Hawks é bom, mas chegou no seu limite.

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