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Objetivo máximo: Se arrumar, perfumar e enfeitar para seduzir Carmelo Anthony
Não seria estranho: Melhorar em relação ao ano passado mas mesmo assim passar longe dos playoffs
Desastre: Ser, de novo, o pior time da NBA

Forças: (Tentar lembrar de alguma antes de publicar o post!)
Fraquezas: Um time titular com pelo menos três jogadores que seriam reservas em times decentes.

Elenco: Sério, é completamente aleatório! Esse novo Blogger cola as planilhas quando quer. Hoje ele não tava afim e você terá que clicar aqui para ver o estelar elenco do Nets.

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Técnico: Avery Johnson


O New Jersey Nets demorou uns bons anos para demitir o ridículo Lawrence Frank. Durante anos e anos o baixinho branquelo não conseguiu chegar perto de fazer um time realmente bom em New Jersey e mesmo assim foi mantido no cargo de 2004 até 2009! Uma coisa é não terminar o namoro na primeira briga, outra é continuar junto depois da primeira tentativa de envenenamento.

Depois de dois técnicos interinos na temporada passada, finalmente o time tem um bom técnico, Avery Johnson. O ex-armador, sempre conhecido pela sua inteligência em quadra e liderança, era uma certeza de futuro técnico desde os tempos de jogador. Já no fim da sua carreira como jogador foi se aproximando cada vez mais dos técnicos e até atuou como jogador/técnico ao lado do gênio/doido/velho-gagá Don Nelson no Dallas Mavericks. Pouco tempo depois da saída de Nelson para o Warriors, Johnson assumiu o Mavs, mais especificamente no último mês da temporada da temporada 2004-05.

Logo em abril, seu primeiro mês como técnico da NBA, ele ganhou o prêmio de técnico do mês e classificou o Dallas para os playoffs. Lá eliminaram o Rockets na primeira rodada e perderam do Suns na etapa seguinte. Na temporada seguinte, 2005-06, Avery Johnson ganhou novamente o prêmio de melhor técnico do mês já em novembro, se tornando o primeiro técnico da história a ganhar dois prêmios de melhor do mês nos dois primeiros meses de trabalho. E foi naquele ano que o Mavs passou por Grizzlies, Spurs (atual campeão!) e Suns para chegar à final da NBA contra o Heat. Lá, como vocês devem lembrar, o Mavs venceu os dois primeiros jogos e vencia o jogo 3 com folga até o quarto período, quando Dwyane Wade vendeu sua alma para o capeta e venceu quase que sozinho aquele último quarto e depois os quatro jogos seguintes, levando o título para Miami.

Quando todos previam um Mavs abatido, mas Avery Johnson montou um time muito melhor que o do ano anterior e o Dallas voou durante a temporada regular. Em 2006-07 o Mavs foi o melhor time disparado, venceu 67 jogos na temporada regular, Dirk Nowitzki foi o MVP e caras como Josh Howard e Devin Harris estavam no melhor da sua forma. Mas, como vocês também devem lembrar, foi nesse ano que Avery Johnson foi superado pelo seu mestre e o Warriors treinado por Don Nelson, oitavo colocado no Oeste, eliminou o líder Mavs na primeira rodada dos playoffs.

Avery Johnson teve mais uma chance no banco do Mavs, mas no ano seguinte novamente perdeu na primeira rodada dos playoffs. Foi em outra série famosa, foi quando Chris Paul simplesmente destruiu Jason Kidd, que no meio daquela temporada havia chegado em troca de Devin Harris. A passagem de Avery Johnson no Mavs, a sua única como técnico da NBA, é marcada por times espetaculares, bem montados e ao mesmo tempo com derrotas traumáticas em momentos importantes. Para os que gostam de discussão de boteco, ele montou times bons e amarelões.

Eu sei que técnicos tem um papel importante, fundamental, na hora de trabalhar a cabeça dos jogadores em momentos de pressão, logo não dá pra tirar a culpa do Avery Johnson em todas essas grandes derrotas, mas a gente não estava lá pra saber o quanto o técnico foi ouvido ou não, outros times do Mavs já haviam perdido jogos e séries importantes antes do treinador chegar lá. E o Dallas do Avery Johnson pode se orgulhar de ser o único time além de Lakers e Spurs a ter vencido a conferência Oeste desde que o Utah Jazz foi para a final da NBA em 1998!

O técnico também pode colocar no currículo que foi ele quem fez Devin Harris, que novamente joga sob seu comando, jogar o melhor basquete da carreira. Mesma coisa valendo para Josh Howard, DeSagana Diop e Jason Terry. Todos são jogadores com algumas limitações e que tiveram a parte boa do seu jogo explorada pelo treinador. Ele sabia usar Terry só como arma do banco, Diop apenas como proteção defensiva, Harris sem a obrigação de armar todas as jogadas e assim todos os seus defeitos eram minimizados. Nos poucos anos em que trabalhou foi um técnico excelente, mas agora terá o desafio de fazer um trabalho bom com bem menos elenco.

Abaixo um vídeo do Avery Johnson dando um belo tapa nas bolas do Josh Howard. E no processo você vê DJ Mbenga, o Josh Powell de terno lá no fundo, o esquecido Keith Van Horn com seu topetinho maroto de Tin-Tin e o Erick Dampier, que começa fazendo laços na toalha, rindo, e termina sério, se escondendo quando vê o chefe correndo em sua direção. Um clássico da NBA no YouTube:

Na equipe de assistentes existem dois nomes conhecidos. Sam Mitchell, ex-técnico do Raptors, que fez um trabalhinho sem vergonha quando estava por lá, e Popeye Jones, o jogador mais feio da história da NBA. Ou pelo menos na competição junto de DJ Mbenga, Robert Swift e Ha Seung-Jin.
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Estamos falando do time que lutou até o finzinho da última temporada para não entrar para a história como o pior time de todos os tempos. Contando times em ano de expansão, times pobres da época que não existia teto salarial, o Clippers, tudo! Ou seja, posso passar horas aqui falando mal do Nets e mesmo assim é bem possível que eles tenham o dobro de vitórias do ano passado. Vai ser difícil ser tão ruim de novo.

Acho até bem provável que eles vençam o dobro de jogos mesmo que não tenha sido muito fã de todas as movimentações que eles fizeram nessa offseason. No ano passado falamos várias vezes que o Nets não fazia sentido, que era um time que tinha elenco para fazer bem mais do que fazia. O elenco mudou, melhorou até, e continua sendo o suficiente para não passar vergonha. Juntando isso com um técnico bom acho que é o bastante para dar o primeiro passo para fora do buraco.

Na armação eles tem o Devin Harris, que está virando uma espécie de TJ Ford, começou a carreira jogando muito e piora, regularmente, um pouquinho a cada ano. Tenho vergonha de já ter dito, anos e anos atrás, que os dois estavam entre os jogadores mais divertidos de se assistir na liga. Mas ainda existe esperança por tudo o que disse acima, foi com Avery Johnson comandando que Harris viveu seu melhor momento. Se o time repetir um pouco do esquema daquele Mavs, um time baseado em arremessadores e em algumas jogadas individuais, ele pode voltar a dar certo.

Aquele time comandado pelo Avery Johnson, meu padrão por ter sido o único time da sua carreira, tinha no Devin Harris o cara da infiltração, que abusava das defesas abertas que tentavam impedir os arremessadores do Mavs. Eles chegavam a usar Terry, Howard, Nowitzki e qualquer outro arremessador em quadra ao mesmo tempo para meter as bolas de longe. Nesse time do Nets ele pode tentar a mesma coisa usando o trio Anthony Morrow, Travis Outlaw e Troy Murphy. Devin Harris não tem visão de jogo, não sabe chamar jogadas e nem tomar boas decisões quando as jogadas planejadas não funcionam muito bem, o negócio dele é abaixar a cabeça, ir pra cima da defesa e fazer a bandeja, possivelmente sofrendo falta. Eventualmente ele até passa a bola para um arremessador que está livre quando alguém vai para dar o toco nele, mas é só. Se você tem ele no seu time de fantasy, ignore as assistências.

Se eles jogarem assim o próximo passo é que os arremessadores acertem seus arremessos, claro! Acho que nisso o trio que citei acima é bem capaz, são três excelentes nesse quesito, com o único porém que, ao contrário de Terry, Howard e Dirk, eles não são muito bons em criar o próprio arremesso. Dar a bola pro Morrow, parado, arremessar é uma coisa, dar a bola para ele marcado e esperar algum drible ou finta para criar o espaço do arremesso é outra totalmente diferente. Por isso que não dá pra sonhar muito longe com esse time, mas eles podem dar certo se os jogadores responsáveis por abrir esses espaços jogarem bem. São eles o Harris, com tudo que já falei das infiltrações, Terrence Williams, quando vier do banco com as mesmas características do titular e os dois jogadores de garrafão, Derrick Favors e Brook Lopez. Se os dois tiverem sucesso regularmente contra seus marcadores vão acabar atraindo marcação dupla e aí é só soltar a bola pra quem sabe arremessar. Estratégia simples que o Spurs usa com sucesso há mais de 10 anos, mas que é difícil de repetir por precisar de alguém que atraia a marcação dupla, que esse alguém tenha visão de jogo e não se desespere ao ver dois negões suados correndo em sua direção e, claro, de alguém que coloque a bola na cesta depois disso. Vai ser difícil ver Favors fazer isso no começo, mas Lopez tem tudo pra dar certo e até lutar por uma vaguinha no All-Star Game se o time não estiver fedendo muito.

Eles terminaram a temporada regular sonhando com John Wall, LeBron James e Chris Bosh, acabaram com Derrick Favors, Anthony Morrow, Travis Outalw, Troy Murphy e ainda gastaram uma nota pelo pedaço de carne desforme e imprestável do Johan Petro. Nada de reviravoltas históricas em New Jersey, mas possivelmente alguma evolução.