Preview da Temporada 2018-19

A nova temporada da NBA começa hoje, com Celtics x Sixers seguido por Thunder x Warriors. Veremos a nova rivalidade do Leste, desse vez com Kyrie Irving saudável e Gordon Hayward de volta ao time depois de se lesionar na primeira partida da temporada passada, e logo em seguida Russell Westbrook (que ainda é questionável para a abertura, por estar se recuperando de lesão) assistirá ao recém-desafeto Kevin Durant receber o anel de campeão pelo título anterior.

Para essa temporada que começa agora analisamos os elencos e demos nossas expectativas sobre cada equipe numa série de 6 podcasts, um para cada divisão, que podem ser ouvidos abaixo:

Nessa versão em texto, um POSTÃO COM TRINTA TIMES (genialmente ilustrado por nosso assinante Sam Scarelli) faremos uma passagem rápida por cada equipe destacando dois pontos principais: o que esperar de cada time e os motivos para assistir aos jogos da equipe nesse começo de temporada.

A ideia é ajudar todo mundo a conhecer as HISTORINHAS da temporada, ou seja, a expectativa que se tem de cada equipe (que não é uma previsão do futuro, mas sim um retrato do momento, uma fotografia da narrativa atual) e quais eventos e personagens valem a pena ser acompanhados de perto assim que a NBA retomar. Vamos lá?


Conferência Leste

Boston Celtics
O QUE ESPERAR: Na temporada passada o time foi devastado por lesões, incluindo a traumática perna quebrada de Gordon Hayward com 5 minutos de temporada rolando e Kyrie Irving fora dos Playoffs. E mesmo assim, contra tudo e contra todos, o time se classificou em segundo lugar no Leste e só foi perder nas Finais de Conferência para o Cavs. O time tirou talento da orelha, fez o banco de reservas parecer um depósito de estrelas desconhecidas e consolidou Brad Stevens como o técnico mais criativo (e eficiente) da NBA atual. Para essa temporada, com as estrelas saudáveis, limitação de minutos, novatos mais calejados e o talento inesperado que surgiu no sufoco agora reforçando o banco, qualquer coisa que não seja o título da Conferência Leste – especialmente com o vácuo deixado pela saída de LeBron James do Cavs – seria um fracasso absurdo. Se a temporada passada era sobre esvaziar um pouco as expectativas, fazer testes e ir firmando o time sem pressa, agora isso parece absurdo tendo em vista que o time foi um sucesso mesmo nas adversidades e nessa temporada deveria, salvo eventuais tragédias, ter um caminho muito mais fácil e macio rumo ao topo.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: O técnico Brad Stevens é um espetáculo à parte e faria qualquer time digno de se acompanhar de perto, mas somam-se a ele várias histórias imperdíveis: Kyrie Irving querendo vencer sem LeBron, Gordon Hayword voltando da lesão querendo mostrar que ainda é um jogador de elite, o amadurecimento de Jayson Tatum rumo ao estrelato, e até jogadores “menores” como Terry Rozier que tiveram muito destaque e responsabilidade na temporada passada e agora precisam retornar a uma posição mais secundária e não sabemos como vão lidar com isso. Estamos vendo o núcleo de um time que deve ficar no topo da NBA por anos a fio e você merece assistir ao começo dessa caminhada rumo a um eventual título.


Cleveland Cavaliers
O QUE ESPERAR: O que era pra ser um time em reconstrução com a saída de LeBron James acabou se tornando um time já comprometido salarialmente com o projeto atual, com contratos longos e pouca possibilidade de começar do zero imediatamente. A obrigação salarial de “ficar como está, mas sem o LeBron” acabou, no entanto, se tornando uma história interessante: são jogadores “ofuscados” por LeBron James por anos, gente disposta a mostrar que ainda tem um lugar na NBA mesmo sem o melhor do planeta segurando as pontas, e uma diretoria que embora se diga grata a LeBron quer mostrar que não é REFÉM dele e pode encontrar, nos seus próprios termos, o caminho das vitórias. Não há real expectativa de título, mas dá pra esperar que o time lute pelos Playoffs, construa uma história de superação e de emancipação, e não se torne a vergonha que o time virou com a primeira saída de LeBron anos atrás.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: É nossa chance de analisar uma série de pessoas que vimos muito de perto nas últimas temporadas sem, dessa vez, a figura monopolizante de LeBron. Como será Tyronn Lue como técnico agora que terá um time pior, mas também muito mais liberdade? Será que Kevin Love consegue voltar aos velhos tempos em que era uma máquina de rebotes e de pontuar perto da cesta? Será que JR Smith volta a ser um jogador digno sem ninguém gritando em sua orelha toda vez em que ele cometer um erro? Será que o novato, Collin Sexton, é o bastante pro time pensar no futuro? Pra mim é uma das histórias mais interessantes de acompanhar de perto nessa temporada, especialmente porque definir a irrelevância total de Kevin Love ou sua retomada na carreira, o que será essencial para todas as conversas futuras a respeito de LeBron James.


Toronto Raptors
O QUE ESPERAR: O time foi líder da Conferência Leste, mudou o jeito de jogar para se tornar mais perigoso nos Playoffs, e aí foi varrido nas semi-finais pelo Cavs como se fosse o mesmo Raptors fracassado de sempre. É um time que por um lado parece melhorar sozinho, graças à dinâmica dos próprios jogadores, e que por outro lado parece sempre a um passo da implosão, de ter que jogar fora e começar de novo. O time resolveu, então, ir para o tudo ou nada: abriu mão do técnico do ano Dwane Casey, apostou em Nick Nurse, que foi o principal responsável pela mudança do ataque do time na temporada passada, e resolveu correr o risco com Kawhi Leonard, que pode abandonar o time após essa temporada se não estiver satisfeito mas que, se der certo, pode levar o Raptors para o próximo nível. Se Kawhi estiver em boa forme como parece estar e abraçar o time, dá pra imaginar eles se tornando competição duríssima para liderar o Leste; se não funcionar, aí o time abre em definitivo o processo de reconstrução.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Kawhi Leonard passou a última temporada praticamente inteira fora das quadras, e isso NÃO É JUSTO com a gente que ama basquete. Qualquer chance de vê-lo jogar depois de tanto tempo deve ser aproveitada, e se isso mudar a relação do Raptors com os Playoffs estaremos vendo um evento histórico que pode definir não apenas o futuro do jogador mas também da própria franquia. Imperdível.


Washington Wizards
O QUE ESPERAR: O time do ano passado atolou em brigas internas, jogadores dizendo que a equipe jogava melhor sem John Wall, e depois o time perdendo sem parar incapaz de fazer qualquer coisa sem John Wall. Nada desse conflito foi resolvido, de modo que ainda temos um time talentoso, mas que oscila demais dentro da temporada e especialmente dentro dos próprios jogos – em parte pela falta de banco de reservas, em parte porque o time é uma bagunça mesmo. Para ajudar no banco o Wizards recebe agora Austin Rivers, que deve ter carta branca no tempo que estiver em quadra, e Jeff Green, porque sempre tem alguém no mundo que gosta de se enganar e achar que com eles vai dar certo. Já para resolver no clima difícil no vestiário o time recebe Dwight Howard, famoso por DESTRUIR O CLIMA DOS VESTIÁRIOS, uma figura difícil que deve exigir a bola e ser ainda mais crítico a John Wall do que o resto do elenco já é. Dá pra esperar o time se empolgando, vencendo jogos, e depois derretendo por questões internas frente às primeiras lesões ou adversidades.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: É um time divertido de se ver jogar, John Wall ainda é um dos mais velozes da NBA quando está saudável e Dwight Howard costuma ir muito bem no primeiro mês de temporada, antes de começar a perder espaço. Mas o motivo principal pra ficar de olho é que vai ter INTRIGA E FOFOCA o tempo inteiro, e a gente se alimenta disso nos momentos de mais marasmo durante a temporada regular.


Atlanta Hawks
O QUE ESPERAR: O time finalmente implodiu, começou de novo, apostou nuns moleques, desistiu do Dennis Schroder, escolheu Trae Young como novato, trouxe Jeremy Lin pra dar uma cara de seriedade para esse Jardim de Infância e o Vince Carter pra dar uma subida na média de idade e não ter que ficar só passando filme da Sessão da Tarde. É hora do time engatinhar na direção de um estilo de jogo futuro, de uma ética de treinamentos e de mais uma boa escolha no draft. No meio desses experimentos, o que deve rolar são derrotas sistemáticas.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Trae Young é um jogador polêmico: para alguns, apenas um arremessador que se tornará secundário em pouco tempo; para outros, é o futuro Stephen Curry. Na pré-temporada deu sinais de que vai aproveitar a carta branca que o Hawks irá lhe dar, arremessando do meio da quadra e decidindo jogos sozinho, o que é a coisa mais divertida e interessante a acontecer em Atlanta em anos, fora o “Queer Eye”.


Milwaukee Bucks
O QUE ESPERAR: O time já mostrou quais são suas qualidades, seu potencial atlético, quão bom é Giannis Antetokounmpo, mas também não cansa de mostrar seus defeitos: um ataque estagnado e pouco criativo, uma defesa agressiva mas desordenada, falta de bolas de três pontos e um banco muito limitado. Com a chegada do técnico Mike Budenholzer, talvez venhamos os primeiros passos em anos para solucionar a defesa, que era ruim por ESCOLHA TÁTICA de Jason Kidd, não por limitação de talento. Talvez com uma melhora defensiva, o time tenha um ataque de transição que desafogue o basquete de meia quadra, que é sofrido. Devem ir para os Playoffs novamente e dar trabalho pra qualquer um, mas é difícil nesse momento entender qual é o potencial de crescimento desse time numa divisão em que as equipes do topo estão em clara ascensão.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Antetokounmpo é patrimônio da humanidade, uma força da natureza, um acontecimento cósmico. O que falta é apenas um esquema ofensivo que pareça menos uma CONSTIPAÇÃO para ele mostrar quão versátil e dominante pode ser. Se acontecer nessa temporada, você vai querer estar olhando.


Indiana Pacers
O QUE ESPERAR: O time ARRUMADINHO do Leste pegou quase todo mundo de surpresa na temporada passada, em parte por conta da melhora meteórica de Victor Oladipo, que se tornou um líder no ataque e um dos melhores jogadores da NBA na defesa. Nessa temporada, ninguém mais duvida deles – e vários times já estão mais preparados, com Oladipo tendo sofrendo maus bocados nos Playoffs nas mãos de times prontos para enfrentá-lo. Nas mãos do técnico Nate McMillan o time deve continuar sendo digno e causar um estrago, mas pra ser realmente relevante nos Playoffs precisam que outros jogadores sejam capazes de dar o próximo passo que Oladipo deu na temporada passada, especialmente Myles Turner, que acaba de estender seu contrato e pode ser a diferença entre o time bater na trave dos Playoffs e alcançar uma semi-final de Conferência.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: O Pacers é um dos times mais interessantes de se ver pra quem gosta de esquemas táticos sólidos, inteligentes e indiferentes ao talento bruto dos jogadores em quadra. Mas quando o talento está lá, aí é que o Pacers se torna mesmo um espetáculo: Oladipo foi sensacional em vários momentos da temporada e Myles Turner foi sensacional em, bem, alguns minutos, de alguns jogos, de uns pedaços da temporada.


Chicago Bulls
O QUE ESPERAR: O que tivemos na temporada passada foi um time perdido, em franca reconstrução, tentando descobrir não como quer jogar, qual o plano ou qual a previsão de ser competitivo, mas sim se ALGUÉM NO ELENCO SERVIA pra eles pelo menos serem capazes de olhar para o futuro. Lauri Markkanen foi uma grata surpresa (que só deve voltar em novembro ou dezembro, com uma lesão no cotovelo), Kris Dunn não fede tanto quanto a gente imaginava e Zach LaVine consegue andar, mas as boas notícias ficam por aí. Pra esse ano, resolveram trazer Jabari Parker, o cara que o Bucks DESISTIU DE ESPERAR, e o novato Wendell Carter. Não dá pra esperar nada a não ser torcer para que alguma coisa, qualquer coisa, dê certo nessa tentativa de descobrir quais são as peças viáveis para o futuro – e se começarem a ganhar sem querer no processo, podem ter certeza de que vão perder de propósito mais uma vez, em busca de escolhas melhores.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Fetiche por novatos, saudade de Michael Jordan ou apreço por CONFUSÃO E GRITARIA.


Miami Heat
O QUE ESPERAR: Um elenco entrosado nas mãos de Erik Spoelstra costuma ser o bastante para chegar aos Playoffs, mas falta ao time material humano para conseguir sonhar muito além disso. A equipe ainda está muito engessada aos contratos que assinou nas últimas temporadas quando não conseguiu jogadores mais relevantes, ainda não sabe o que fazer com Hassan Whiteside e seu contrato gigantesco, e ainda terá como distração a TURNÊ DE DESPEDIDA de Dwyane Wade, que se aposentará ao fim da temporada. No fundo, o Heat está apenas fazendo O MELHOR QUE DÁ enquanto não surge uma oportunidade real do time se tornar a potência que poderia ser. É tudo uma propaganda pra gente pensar: “uau, como seria se eles tivessem estrelas?” e ver se alguém topa ir pra lá num futuro próximo.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Além da aula tática de basquete que é assistir a qualquer jogo do Heat, todo mundo tem a obrigação moral de ver os últimos momentos da carreira do Dwyane Wade, ter os olhos danificados por ninjas cortadores de cebola e escrever dezenas de posts emocionados e saudosos na sua rede social favorita.


Detroit Pistons
O QUE ESPERAR: O time fez tudo direitinho, jogou bonitinho, se transformou numa equipe digna e acabou em nono lugar no Leste. Com a troca por Blake Griffin, o time admite que não quer ficar batendo na trave: quer ter chances de vencer, ir para os Playoffs e, mais importante do que isso, de ENTRETER, de EMPOLGAR uma torcida cada vez mais desinteressada com os rumos da equipe. Dwane Casey, técnico do ano agora em nova casa, terá uma chance de fazer a dupla Andre Drummond e Blake Griffin funcionarem na NBA atual. Não precisa ser perfeito, só precisa conquistar uma oitava vaga, ter Blake Griffin saudável e dar uma expectativa do time melhorar nos próximos anos apesar das adversidades.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Blake Griffin finalmente comandando um time próprio, e forçado a focar na equipe por conta da isolação de Detroit, pode ser uma das histórias mais legais dessa temporada. Saudável, Griffin já bateu na trave de ser MVP ao virar um ala-armador em Los Angeles, comandando todo o sistema ofensivo de seu time, mas esses momentos ficaram para trás por conta de lesões e de Chris Paul. Agora é o momento dele mostrar que pode fazer isso de novo e reconquistar seu espaço na NBA – ou contundir de novo e se afundar de vez num momento em que a torcida já ameaça esquecê-lo.


Charlotte Hornets
O QUE ESPERAR: Tirando a animação geral por Dwight Howard ter ido embora, que é aquele alívio natural pelo qual passam todos os times que se livram do pivô, não há muito o que celebrar em Charlotte. O time é o mesmo que não consegue sair do lugar há anos, desperdiça a carreira de Kemba Walker e não tem planos reais de futuro. Os planos de mudança vieram apenas nos bastidores: o novo General Manager da equipe é Mitch Kupchak, o técnico é um ex-assistente do Spurs, James Borrego, e Tony Parker chega para ser uma boa influência nos vestiários (e, com sorte, deixar Kemba Walker respirar). Talvez isso dê ao time alguma direção mas, por enquanto, é impossível ver qualquer caminho para esse time que não seja bater na trave para os Playoffs novamente.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Kemba Walker está definhando! Ele está derretendo! Ele está morrendo por dentro! Salvem Kemba Walker!


New York Knicks
O QUE ESPERAR: O Knicks não faz sentido nenhum há tanto, tanto tempo, que se entrassem em quadra cinco girafas pedalando triciclos a gente acharia completamente normal. Dessa vez o time tentará OUTRA VEZ começar de novo, dar uma nova identidade ao time com o técnico “família” David Fizdale, ver se encontra qualquer padrão de jogo, ver se o novato Kevin Knox vira alguma coisa, e o mais importante: ver se consegue não alienar Kristaps Porzingis, a única coisa boa que aconteceu com esse time em uma década, e que não apenas está lesionado (sem previsão de retorno) como também parece continuamente frustrado com a franquia e com a falta de comunicação nos bastidores. Se o time conseguir parecer um coletivo organizado de indivíduos, já será um passo importante na direção certa para que Porzingis fique por lá.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Quando Porzingis voltar, corra para acompanhar o “Unicórnio” porque ele é mesmo inexplicável e incompreensível em quadra. Sem ele, o time não tem muitos atrativos que não sejam ver o processo de construção de identidade que Fizdale já fez com sucesso no Grizzlies e pode ser bem sucedido outra vez.


Orlando Magic
O QUE ESPERAR: Nos seus melhores dias, o Magic até lembrou o Pacers na temporada passada: arrumadinho, bonitinho, esforçado. O problema é que não apenas DUROU POUCO como também foi uma versão totalmente SEM TALENTO do Pacers, com um elenco construído aos trancos e barrancos, sem nenhum planejamento ou critério pelo mundialmente conhecido GORILA DE PIJAMA que sorteia bolas de bingo aleatórias nos escritórios da franquia. Dá até pra esperar que o time surpreenda, que o técnico Steve Clifford dê uma coesão pra essa junção bizarra de indivíduos, mas não dá pra esperar que isso dure nem que vá muito longe. Ninguém sabe ou entende o que está acontecendo no Magic. Tem que acabar o Magic!

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Gosta de ficar olhando para um saco de pedras pra ver se elas DO NADA se transformam em ouro? Então pode ficar vendo esse elenco e ver se, por ao menos uma semana, como foi na temporada passada, eles parecem um time de verdade.


Philadelphia 76ers
O QUE ESPERAR: O Sixers não apenas finalmente ACONTECEU como acabou gerando uma deliciosa rivalidade com o igualmente jovem e promissor Celtics no processo. O que temos aqui é um desses raros casos em que tudo que está na nossa frente está só começando e deve melhorar (Joel Embiid pode se tornar um dos melhores, Ben Simmons ainda pode aprender a arremessar, Markelle Fultz praticamente nem jogou na temporada passada, o time ainda tem muito a melhorar na movimentação defensiva e nas escolhas no ataque) mas o estado atual já é BOM O BASTANTE para estar nas Finais da Conferência Leste. É um time de elite que ainda pode se tornar muito, muito, muito mais. Se melhorar pouca coisa, com evoluções naturais de seus jogadores, pode chegar nas Finais da NBA e não vai ser surpresa nenhuma.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Você merece, você deve a si mesmo assistir a esse time. É gente legal em todas as posições, um basquete completamente fora do convencional e do padrão atual de bolas de três pontos da NBA, jogadas de efeito, molecada evoluindo de um jogo para o outro, química entre todo mundo e o jogador mais carismático do basquete atual, Joel Embiid. O difícil vai ser assistir a outros times quando o Sixers estiver jogando!


Brooklyn Nets
O QUE ESPERAR: O Nets não é fofo? Depois de tanto tempo temos um time que joga certinho, tem uma identidade clara e bem definida, DOIS NOVATOS, vários jogadores rejeitados pela NBA que o time olha nas estatísticas e acredita que pode salvar, e uma micro-nano-mini-esperança em que D’Angelo Russell se torne um jogador relevante. Devem perder de qualquer jeito, levar mais uns anos para se reconstruir e eventualmente conseguir um contrato com alguém de destaque, mas é bonitinho ver eles fazendo as coisas certas.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: O “Warriors sem talento” é muitas vezes divertido, empolgante, taticamente disciplinado e com jogadas de efeito. Mas se você gosta de ver essas coisas gerando VITÓRIAS, passe longe.


Conferência Oeste

Golden State Warriors
O QUE ESPERAR: O título, nada menos que o título. Embora o abismo entre eles e os outros competidores tenha se estreitado na última temporada (com o Warriors tendo problemas de motivação, o Rockets ficando a algumas bolas de três pontos de uma vitória histórica e vários times mais jovens em ascensão), ainda há um vão de talento e de tática que os mantém como grandes favoritos. O que estamos vendo é provavelmente o melhor time de todos os tempos topando acrescentar o genial mas indesejado DeMarcus Cousins ao elenco, que deve voltar no ano que vem de sua lesão e, se tudo der certo, tornará por meia temporada o time ainda mais dominante. A conversa com o Warriors é com a história: perder é inaceitável, mesmo que seja difícil manter o alto padrão por tanto tempo.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Se não bastasse ser um dos basquetes mais vistosos da NBA e um modelo para o basquete moderno, ainda temos a historinha da redenção de DeMarcus Cousins, que quer provar não apenas que estará saudável mas que também pode ser uma presença positiva num time vencedor. Como o Warriors é famoso por abraçar esses jogadores “excluídos” e usar suas histórias como identidade do time, deve ser muito divertido ver como a equipe irá ajudar Cousins a retomar seu posto como um dos maiores jogadores de garrafão da sua geração.


San Antonio Spurs
O QUE ESPERAR: Depois de duas décadas de dominância e paciência meditativa, nunca comprometendo o futuro em nome de qualquer sucesso momentâneo, o Spurs passou por seu primeiro grande apuro na temporada passada. Com veteranos demais e a ameaça de não se classificar para os Playoffs, perdeu sua lendária calma tibetana, colocou Kawhi Leonard contra a parede, jogou sua estrela na fogueira, se classificou para a pós-temporada e só depois de seu objetivo momentâneo cumprido percebeu que o futuro estava comprometido. Tendo que trocar Kawhi, DeMar DeRozan veio como uma bênção: é um jogador que foge dos holofotes, em busca de um ambiente acolhedor, e com vontade de provar para o Raptors que trocá-lo foi um erro. É claro que o time espera ir para a pós-temporada mais uma vez, dessa vez com menos veteranos (sem Tony Parker e Manu Ginóbili), mas o mais importante é criar pontes reais entre o Spurs dominante das últimas décadas e o Spurs do futuro, que será dominante daqui alguns anos. Com Dejounte Murray fora da temporada por lesão esse objetivo fica mais difícil, mas o time precisa mostrar que não depende de suas peças individuais para continuar fazendo o sistema funcionar.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: É uma nova fase do Spurs, com o elenco mais diferente em duas décadas, e um DeMar DeRozan vingativo finalmente numa equipe que lhe dará a estrutura que ele precisa para ser considerado, irremediavelmente, a estrela que é. Aqui está uma das minhas histórias favoritas da temporada, como o Spurs apontará para o futuro tentando transformar um excelente jogador na MELHOR VERSÃO que ele puder ser de si mesmo. Se der certo, vai ser incrível.


Houston Rockets
O QUE ESPERAR: Perder num Jogo 7 para o Warriors nas Finais da Conferência Oeste num dia em que DEU TUDO ERRADO foi o melhor prêmio que o Rockets poderia ter recebido, uma confirmação de que a adição de Chris Paul foi positiva e que o estilo de jogo da equipe, uma espécie de “radicalismo” do esquema do Warriors, pode ser o suficiente para desbancar os atuais campeões. Se Carmelo Anthony for bem incorporado à equipe (e pela pré-temporada parece que a adaptação vai ser mais fácil do que parecia), o time aumenta um pouco mais suas chances – não é favorito, levar o Oeste seria incrivelmente histórico, mas o que importa para o time é que se trata de um sonho POSSÍVEL, e nessa direção que o time caminha ao invés de se poupar e esperar o futuro.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Chris Paul e James Harden juntos não foi uma visão tão comum assim na temporada passada, dada as lesões de Paul, mas quando aconteceu foi incrível e vale nossa atenção. Além disso, o time é bem mais coletivo e menos focado em jogadas individuais de Harden durante a temporada regular, de modo que é preciso acompanhar o Rockets de perto antes do time virar uma máquina de mano-a-mano e lances livres na pós-temporada.


Los Angeles Clippers
O QUE ESPERAR: Às vezes para conseguir lidar com um término, uma ruptura, é preciso inventar uma HISTORINHA na nossa cabeça que nos torne diferentes daquilo que éramos. É o caso do Clippers, que inventou que os motivos para os fracassos anteriores não eram uma MALDIÇÃO INDÍGENA, mas sim “falta de garra”, “preguiça”, “ausência de comprometimento”. Sem Chris Paul e Blake Griffin o Clippers tem agora sua primeira temporada de recomeço desde que se tornou um time relevante, e para tentar continuar sendo um time digno o que veremos será essa narrativa de ESFORÇO por parte do elenco. Doc Rivers é incrível em dar sustentação a esse tipo de historinha, mas teremos que ver se ele dá conta de levar para os Playoffs um time sem grandes estrelas, mas com jogadores interessantes, versáteis e cheios de SANGUE NOS OLHOS. O que se espera é que o time ao menos brigue por uma vaga, se livrando de uma imagem incômoda que pareceu assumir ao relembrar o passado.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Milos Teodosic é um dos armadores mais divertidos de se assistir, Boban Marjanovic é empolgante nos 3 minutos que passa em quadra, Tobias Harris pode a qualquer momento dar um passo rumo ao estrelato, e o time inteiro vai querer arrancar sangue do adversário todas as noites – especialmente se for contra o Rockets. É uma história meio fajuta, mas eficiente o bastante para criar coesão num time que pode surpreender muita gente na temporada.


Utah Jazz
O QUE ESPERAR: Era pro time no mínimo se PERDER um pouco sem Gordon Hayard, mas não foi o caso. O time tentou vários planos diferentes (de tornar Rudy Gobert um pontuador, a deixar os arremessos nas mãos de Ricky Rubio, a tornar Donovan Mitchell o criador de jogadas da equipe) e, aos trancos e barrancos, se tornou um grupo coeso, empolgante, com uma estrela em ascensão nas mãos e muito potencial para se tornar ainda melhor. O time vai mirar nas semi-finais de Conferência, mas não tem problema cair antes nos Playoffs se Mitchell e Gobert continuarem a evoluir e o futuro continuar parecendo cada vez mais brilhante.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Donovan Mitchell foi possivelmente a maior surpresa da temporada passada e o mundo inteiro está de olho para ver qual vai ser o próximo passo do rapaz, se ele continua sua evolução, se vai dar aquela estagnada comum dos grandes jogadores que passam a enfrentar defesas específicas contra eles, se vai carregar o Jazz para além da primeira rodada dos Playoffs. Em todo caso, temos um dos jogadores mais legais de se ver de sua geração num time divertido, que joga com inteligência e tem Ricky Rubio e outros jogadores interessantes em todas as posições.


Oklahoma City Thunder
O QUE ESPERAR: É o mesmo time que perdeu para o Jazz na primeira rodada dos Playoffs na temporada passada, mas sem Carmelo Anthony e com a polêmica adição de Dennis Schroder. Só de não ter Carmelo querendo arremessos, pedindo a bola e tendo que ceder espaço a contra-gosto num time que não foi pensado para incluir 3 jogadores importantes no ataque, o time já melhora: Westbrook pode ficar mais com a bola nas mãos e Paul George não precisa dividir arremessos no perímetro todas as noites. O time também precisa se preocupar menos com os problemas defensivos trazidos por Carmelo, e Andre Roberson e sua defesa fora de série devem retornar em janeiro. É difícil saber se isso será suficiente para levar esse Thunder longe nos Playoffs, mas pelo menos já será um time mais leve, com menos drama, com Westbrook e George com contratos longos e garantidos, e dispostos a fazer a parceria funcionar sem muitas influências externas.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Se Westbrook não for motivo suficiente para você vidrar num jogo a temporada inteira, tem também os EXPERIMENTOS que são fazer Westbrook funcionar com qualquer outra estrela que topar jogar ao seu lado. Mesmo com o clima mais leve e a relação saudável que Westbrook e Paul George estabeleceram, fazer a dupla produzir em alto nível ao mesmo tempo não é tão fácil quanto parece e precisará de ajustes táticos divertidos de acompanhar temporada adentro.


Memphis Grizzlies:
O QUE ESPERAR: Depois do DESASTRE que foi a temporada passada, a gente aprendeu a não esperar muita coisa do Grizzlies. A identidade de “moer carne” não sobreviveu às trocas no elenco, as lesões dizimaram o espírito da equipe e o que restou foi torcer por uma boa escolha no draft. Nessa temporada terão o novato Jaren Jackson e, SUPOSTAMENTE, Michael Conley, Marc Gasol e Chandler Parsons saudáveis. Se for verdade, talvez o Grizzlies consiga resistir bravamente, retomar a identidade e brigar por uma vaga na pós-temporada, mas talvez o time precise de mais do que isso para se recuperar de uma temporada tão ruim. Pode ter sido um soluço, como aqueles que o Wizards dá com tanta frequência, ou pode ter sido o começo do fim – o que o time precisa fazer nessa temporada é justamente descobrir o quanto ainda dá pra esperar desse elenco.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Ver esse pessoal saudável é coisa RARA, tipo eclipse solar, então assista enquanto há tempo – talvez, no caso de Chandler Parsons, só tenhamos uns 10 segundos, tire uma foto pra contar pros seus netos.


Portland Trail Blazers
O QUE ESPERAR: O time parecia estagnado, sem ter muito pra onde evoluir, quando começou a surpreender, foi bem para os Playoffs e aí foi VARRIDO pelo Pelicans num confronto não muito lisonjeiro para a equipe. Lá dentro parece que eles acreditam que são o Warriors do futuro, que basta confiar na “prata da casa”, jogando o estilo certo, para que se tornem imparáveis. Às vezes até parece verdade, quando Damian Lillard e CJ McCollum estão imparáveis triturando as defesas por aí, mas falta ao time uma capacidade de tapar os buracos e arrumar as falhas – é por isso que quando o “encaixe” com o adversário dá errado, dá ERRADO PRA VALER. O que eles querem é voltar aos Playoffs e dessa vez fazer bonito, o que já vai ser mais difícil nessa temporada do que foi na outra, porque o Oeste está sempre em constante evolução e o time não tem muito para onde se mover.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Lillard e McCollum nos dias bons continuam uma das duplas mais capazes de tirar o fôlego em toda a Liga, mas quando o “encaixe” não funciona é melhor sair correndo.


Denver Nuggets
O QUE ESPERAR: O Nuggets está pronto para chegar aos Playoffs, bateu na trave na temporada passada e com Paul Millsap saudável não há muita desculpa para não chegar lá. Além disso temos ainda a chegada de Isaiah Thomas, querendo provar que ainda tem espaço na NBA e, com sorte, conquistar um contrato GIGANTE com alguém após um ano bem sucedido que deveria, claro, incluir sucesso na pós-temporada. O problema é que o time ainda não sabe muito bem como encaixar Nikola Jokic, o líder do time, com Millsap em quadra ao mesmo tempo. Se resolver essa questão, deve carimbar a ida para a pós-temporada.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Jokic é um espetáculo de se assistir, o melhor pivô passador da NBA e um gênio ofensivo, mas a grande história do Nuggets na temporada é Isaiah Thomas precisando de um lugar que o queira, que o ame, e que lhe dê oportunidade de mostrar que ainda é o jogador que tomou a NBA via Boston Celtics duas temporadas atrás. Acompanhar Thomas de perto deve ser meu hobby favorito da temporada regular, na torcida de que ele encontre seu espaço depois de ser chutado de um canto para o outro.


New Orleans Pelicans
O QUE ESPERAR: Deu tudo errado pro time na temporada passada com a lesão de DeMarcus Cousins e mesmo assim o time SE ACHOU, criou uma identidade tardia já no fim da temporada e fez estrago nos Playoffs com Anthony Davis inspirado e Jrue Holiday no melhor momento da carreira. Isso deu tranquilidade pro time para abrir mão de Cousins, trazer Julius Randle e tentar mais uma vez convencer Davis de que o time pode ser o bastante para ele ter pretensões de chegar no topo do Oeste. Devem sentir falta de Rajon Rondo, que colocou ordem na casa na temporada passada, mas se o time mantiver o padrão dos Playoffs deve dar muito trabalho esse ano.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Anthony Davis é o melhor jogador que quase ninguém assiste na NBA, tendo em vista que o Pelicans está longe de ser um time vistoso ou empolgante de se assistir. Mas ele sozinho já deveria valer o ingresso, especialmente se tiver o protagonismo que teve na última pós-temporada. Além disso, sua química com Randle será fator importante para o time e vale ser observada de perto.


Dallas Mavericks
O QUE ESPERAR: É com MUITO atraso, mas finalmente DeAndre Jordan está aqui! Seguindo a cartilha Mark Cuban de “relaxa, a gente contrata todo mundo que precisar de uma temporada para a outra”, Jordan foi a grande contratação do time mas dessa vez ele estará cercado de caras jovens, uma novidade para o Mavs: não apenas Dennis Smith foi uma das poucas alegrias desse time na temporada passada, temos também Luka Doncic, o NOVATO SENSAÇÃO que o Mavs misteriosamente conseguiu arrancar das mãos do Hawks. Doncic é o novato mais pronto a pisar na NBA em anos e já comeu todo mundo com farinha na pré-temporada. Está fora de forma, não tem físico de NBA ainda, vai precisar se acostumar, mas NADA DISSO IMPORTA quando o cara é um gênio e faz magia acontecer a todo segundo em quadra. Sim, estou empolgado, e o Mavs também está: com esse misto de novato-maravilha, um núcleo jovem e DeAndre Jordan, talvez dê pro Nowitzki se despedir lutando por uma vaguinha suada e quase impossível para os Playoffs.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Luka Doncic não apenas está pronto, ele faz mesmo as coisas mais simples parecerem decisões geniais. Ver os jogos do Mavs todo dia vai se tornar obrigatório, nova lei federal, não pode descumprir. Prepare-se.


Sacramento Kings
O QUE ESPERAR: A gente pediu por uma reconstrução estruturada e assumida depois que DeMarcus Cousins saiu, e aí o que tivemos foi uma mistura BIZARRA de novatos, veteranos e jogadores NADA A VER, todos juntos numa festa. Para essa temporada o único veteranão será Zach Randolph, que virou modelo para as crianças, e comandará um time recheado de fedelhos e sem ninguém muito interessante ou cheio de potencial. Talvez Marvin Bagley se torne uma estrela, talvez De’Aaron Fox ainda brilhe, mas por enquanto o time não tem pé nem cabeça e só quer encontrar alguém que possa assumir esse tipo pro futuro. Se não der TUDO ERRADO, com gente se matando nos vestiários até o fim da temporada, já é lucro pro Kings. Vai ser um caminho longo.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Super apoio o Kings, tenho até amigos que são. Mas pode me contar fora dessa.


Minessota Timberwolves
O QUE ESPERAR: Tem que acabar o Wolves, sério. É um time que contrata um técnico especialista em defesa e tem a pior defesa da NBA; que não sabe lidar com pirralhos mas está cheio de pirralhos; que não sabe como dar exemplo para a molecada e aí traz um monte de jogador veterano em fim de carreira que rouba minutos e desestimula a garotada; que abre mão de um monte de coisas para ter Jimmy Butler e aí ele pede pra ser trocado, diz que não aguenta mais e aparece GRITANDO NA CARA de todo mundo no treino; que se NEGA a trocar Jimmy Butler e vai forçar o cara a voltar pro time mesmo com o clima MAIS MERDA DO MUNDO nos vestiários. Chega, acaba o Wolves. Vamos levar o time para Seattle e começar de novo.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Tem sempre a graça de ver se Karl-Anthony Tows evolui e para de feder na defesa, se Andrew Wiggins acorda de seu sono profundo, se Derrick Rose, Jimmy Butler, Taj Gibson e Luol Deng se juntam para fundar o BULLS DO OESTE, se o time vai ou não para os Playoffs, e se alguém vai se MATAR DE PORRADA nos vestiários por conta do racha no elenco. É só alegria.


Los Angeles Lakers
O QUE ESPERAR: O time é um quebra-galho, assim como era o do ano passado. Na temporada anterior o time tinha zero expectativa, só queria não passar vergonha e ver se convencia as grandes estrelas a irem para lá na offseason. Agora, com LeBron James no barco, o time também tem zero expectativa, colecionando uma turma de DESAJUSTADOS e INDESEJADOS para formar um quinteto qualquer que seja capaz de esperar uma temporada até que outra estrela assine por lá. O problema é que LeBron não sabe brincar, motivou a galera e agora os desajustados ACREDITAM QUE DÁ, tomaram para si a identidade de “rejeitados” que provarão para o mundo como eles são incríveis, e vão sonhar com os Playoffs. E sabe o que é pior nessa história toda? É que eles estão certos: talvez dê mesmo, por motivos de LeBron.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Não é só LeBron James num outro time, o Lakers relevante de novo, o melhor técnico que LeBron tem desde sua passagem pelo Heat; é também a melhor HISTÓRIA da temporada disparada, com gente como JaVale McGee, Lance Stephenson e Rajon Rondo formando uma espécie de “Esquadrão Suicida”. Quem não acompanhar essa saga é maluco, só pode ser. É gente louca demais, junta demais, num modelo herdado do Warriors com sessões de vídeo, comissão nerd e espaço democrático. É o lugar que Rondo e LeBron pediram aos céus, e se der errado vai ser mesmo assim GLORIOSO.


Phoenix Suns
O QUE ESPERAR: Que Deandre Ayton seja tão bom, mas tão bom, mas tão bom, que a simples junção dele com Devin Booker seja suficiente para tornar o Suns um time – e que ele seja bom o bastante para que não seja VERGONHOSO eles terem aberto mão de Doncic no draft. Se der minimamente certo e eles forem ruins mas não PÉSSIMOS, vai ser uma evolução tão grande que o Suns deveria ganhar o prêmio de “Time que mais evoluiu na temporada” mesmo ficando em último na classificação. Trevor Ariza e Ryan Anderson fazem ZERO SENTIDO num time só de pirralhos que ainda não sabe nem em quem apostar para o futuro, e que ainda vão tirar minutos de jogadores que precisam de carta branca pra ver se produzem algo, mas acho que o time quer perder passando menos vergonha e dar alguma estrutura pras suas duas futuras estrelas.

MOTIVOS PARA ASSISTIR: Devin Booker tinha dias incríveis, com Deandre Ayton talvez tenhamos dois jogadores simultâneos capazes de atrair nossa atenção. Num dia de POUCO ESTÍMULO SENSORIAL, talvez até seja o bastante para a gente ver um jogo do Suns.

MOTIVOS PARA NÃO ASSISTIR: Ryan Anderson.

Torcedor do Rockets e apreciador de basquete videogamístico.

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