>Preview da Temporada – Divisão Central

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Só as cachorra!

A temporada começa hoje, terça-feira, então a gente aqui do Bola Presa está correndo contra o tempo. Ficamos na preguiça, coçando o saco e pesquisando atrizes pornôs, e aí de repente a temporada já está para começar e não temos todos os previews terminados. Então fique de olho, que até a noite dessa terça, antes da temporada começar, todos os previews estarão aqui para você poder acompanhar direitinho a primeira rodada do nosso ópio favorito.

Como sempre, os times são listados na ordem em que achamos que acabarão a temporada dentro de cada divisão, começando com o primeiro colocado e terminando com o último. A temporada “filme pornô” descreve como seria a temporada sonho de qualquer adolescente com espinhas na cara, enquanto a temporada “drama mexicano” descreve como seria a temporada horrorosa que só tua tia solteirona que passa o dia vendo novela poderia imaginar. Vamos lá!

Divisão Central

Cleveland Cavaliers
Temporada Filme Pornô: O LeBron James continua evoluindo mais rápido do que Pokémon, mas dessa vez com um jogador de garrafão que pelo menos gosta de ficar no garrafão, que é Shaquille O’Neal. Shaq se beneficia do basquete lento de meia quadra da equipe, e nem se preocupa em correr nos contra-ataques porque o LeBron cuida da velocidade depois do Shaq dar uma força na defesa. Delonte West volta da sua depressão querendo punir o mundo por ser tão idiota, e para isso chuta traseiros nas quadras de basquete se tornando o arremessador de três pontos de que a equipe precisa. Com Anthony Parker e Jamario Moon, o Cavs faz um time profundo demais para os adversários, Ilgauskas agradece os minutos de descanso no banco para se tornar o melhor pivô reserva da NBA, Leon Powe e JJ Hickson reforçam o garrafão, o Cavs bate o recorde de maior número de vitórias da história da NBA e LeBron é consagrado como sendo melhor do que o Jordan, provando até que tem um pinto maior.

Temporada Drama Mexicano: O Shaq deixa o jogo do Cavs mais lento, atrapalha as infiltrações do LeBron e começa a passar mais tempo no banco de reservas com a desculpa de que é pra “poupar seu físico pros playoffs”. Delonte West amanhece numa forca e o time depende do Anthony Parker, que não acerta nenhum arremesso – assim como o Jamario Moon, que nunca soube arremessar. Sem ninguém efetivo na linha de três pontos, o LeBron tem que lidar com tudo sozinho e ainda puxar a orelha do Mo Williams, que só não parece fominha quando as coisas estão dando certo, mas é um maluco quando as coisas estão dando errado. O mundo percebe que por baixo do cabelo do Varejão existe apenas um alienígena que não sabe jogar basquete muito bem e aí, por precisar contar demais com os reservas, o Cavs perde na semi-final do Leste num jogo de azar em que o LeBron vai ser chamado de fracassado e ridículo e vai ter que lamber cocô de cabra dos tênis do Jordan.

Chicago Bulls
Temporada Filme Pornô: Com o Derrick Rose comandando a suruba, o time vai melhorar um absurdo apenas por causa de sua maior experiência com a NBA. Ninguém vai perceber que o Ben Gordon foi embora porque finalmente o John Salmons vai receber a admiração que merece, fazendo um trabalho muito mais completo, ajudando na pontuação, na defesa e nos rebotes. E aí quando chegarem os momentos decisivos, o Jannero Pargo vai arremessar como um maluco, deixar todo torcedor puto da vida, mas no fim vai dar certo e o Ben Gordon não vai fazer falta nem pra fechar os jogos e nem pra deixar torcedor nervoso. Os novatos James Johnson e Taj Gibson vão manter o nível altíssimo que mostraram na pré-temporada, ajudando dos dois lados da quadra, e junto com o melhor armador reserva da NBA, Kirk Hinrich, vão criar um dos times mais profundos que a NBA já viu, e tudo sem uma estrela, com o Derrick Rose bem humilde e jogadores brigadores como Joaquim Noah e Tyrus Thomas apenas fazendo o trabalho sujo. Todo mundo vai dizer que eles são o novo Pistons e aí eles perdem nas semi-finais do Leste para o LeBron pra provar que todo mundo acertou.

Temporada Drama Mexicano: Sem nenhuma estrela e com o Derrick Rose incapaz de levar sozinho a carga ofensiva do time, o Bulls se arrepende amargamente de ter se livrado do Ben Gordon, que era o único cara que sabia pontuar na equipe. O time inteiro fica arremessando de três pontos sem critério e os pivôs Noah e Tyrus Thomas mostram o mesmo defeito que a equipe tem há uma década: não sabem fazer pontos no garrafão. Com isso o time vai apanhando, o Derrick Rose tem que brincar de Tony Parker e ficar penetrando no garrafão, até ser acertado pela nova encarnação do cotovelo do Mutombo (pode ser o cotovelo do Pops Mensah-Bonsu) e ficar fora pelo resto da temporada, quando então o time é eliminado sem esforço na primeira rodada dos playoffs.

Indiana Pacers
Temporada Filme Pornô: Trepa bonita, bem feita, com posições sensacionais, apetrechos, várias raças, tamanhos e diversões – mas tudo filmado numa câmera vagabunda no fundo do quintal, com o dono da casa fazendo churrasco no fundo e o barulho do vizinho ensinando matemática para a filha. Divertido, quase imperdível, mas não é todo mundo que tem saco de ver um filme caseiro desses que obviamente deu errado. No mundo ideal, o Danny Granger vai ser um espetáculo, o cestinha da NBA, vai ganhar vários jogos sozinho, ser All-Star e vender milhões de camisetas. O Troy Murphy vai manter suas memórias de como jogar basquete acertando trocentas bolas de três pontos enquanto ainda lidera a NBA em rebotes, Dunleavy mostra que é mesmo o novo Larry Bird que esperamos há anos, e o Roy Hibbert se firma como o melhor pivô do Leste atrás apenas de Dwight Howard. O TJ Ford enferniza os adversários, não faz muita merda, o time parece o Suns de antigamente e eles fazem 200 pontos por partida sem nem pensar em defender, e tudo dá tão certo que eles conseguem a última vaga pros playoffs. No sufoco.

Temporada Drama Mexicano: O TJ Ford não tem cérebro, ele é uma máquina de correr, infiltrar, fazer merda e não saber arremessar mas tentar mesmo assim. Ele enlouquece o elenco, que não tem nenhum reserva decente, e continua em quadra mesmo assim. O Troy Murphy tem seu talento roubado pelos Monstars do “Space Jam” de novo (quem tem memória sabe que ele já teve seu talento roubado uma vez, e só foi devolvido sem alarde na temporada passada), o Dunleavy mostra que pode ser um baita jogador mesmo mas continua contundido como aconteceu na temporada anterior, e o Roy Hibbert ganha o prêmio de melhor Greg Oden do ano não conseguindo passar 30 segundos em quadra sem cometer dez mil faltas e ser expulso do planeta. Aí o time começa a reconstruir de novo até que alguém lembre que eles podem montar times legais se não forem atrás só de monges budistas que alimentem os gatinhos e ajudem velhinhas a atravessar a rua (dá saudade do Stephen Jackson, não dá, Pacers?).

Detroit Pistons
Temporada Filme Pornô: Filme de sexo hardcore com uma loira gigante peituda, um anão de pinto enorme, um travesti com olho de vidro e um urso. Como diabos isso pode dar certo? Mas talvez dê. O Pistons tem gente demais para posições de menos, com Will Bynum e Rodney Stuckey para jogar de armador e marcar trocentos pontos, Richard Hamilton e Ben Gordon para a outra vaga na armação, Tayshaun Prince e sua versão feita na máquina de clones chamada Austin Daye na ala, e Villanueva, Wilcox, Maxiell, DaJuan Summers e até o Kwame para jogar no garrafão. Todo mundo tem talento, e se isso encaixar direitinho pode ser um time com muita profundidade, muitas opções, muitos pontuadores, e um banco de reservas enorme com muita gente nova e cheia de energia. Dá pra levar a pirralhada para os playoffs se um milagre acontecer, e aí todo mundo ganha experiência e passa de nível.

Temporada Drama Mexicano: Não dou nem 5 minutos para o anão acabar cegando o travesti quando o urso subir na perna da loira gigante. Esse Pistons é uma bagunça e não vai dar certo nem de longe, é uma droga. Will Bynum e Stuckey são jogadores muitíssimo parecidos e deixa eu te dizer uma coisa, nenhum deles é grandes merdas não. O Rip Hamilton não sabe o que está fazendo nesse bacanal, não sabe se fica, se é trocado, se é reserva, se é titular, se fode ou se sai da moita, enquanto o garrafão é uma coleção de jogadores que não deram certo e que não tem qualquer tipo de técnica, como Wilcox e o Kwame Brown, que eventualmente antes de 2050 vai deixar de receber a confiança de técnicos e torcedores malucos. O Villanueva sabe jogar mas só se basquete virar um esporte individual como tênis, então essa tentativa apressada de reconstruir o time vai apenas queimar um monte de pirralhos enquanto o Ben Gordon recebe minutos para arremessar como um débil mental e o Pistons vai parar lá perto do último lugar do Leste.

Milwaukee Bucks
Temporada Filme Pornô: Sabe vídeo pornô de 15 segundos que a gente baixa da internet em sites gratuitos? Lembra do tempo em que a internet era apenas uma grande coleção desses vídeos em que você tinha que se satisfazer bem rapidinho? O Bucks vai ser um time rápido, veloz, de correria, com a delícia do Brandon Jennings armando o jogo com seus passes espetaculares, o Michael Redd mostrando toda sua técnica e profundidade no jogo ofensivo, e a nova aquisição Hakim Warrick enterrando como um maluco e indo parar nas melhores jogadas da semana. Mas vai durar pouco, como pornô de 15 segundos. Não dá pra assistir time que só perde, o garrafão depende unicamente do Bogut, vai ter horas em que o basquete do Bucks vai ser uma porcaria, e na melhor das hipóteses eles não ficam em último.

Temporada Drama Mexicano: O Joe Alexander tinha tudo para enterrar até derrubar alguma tabela na temporada, mas já começa machucado e deve passar meses fora. O Bogut é um bom pivô, embora limitado, e deve se machucar na primeira semana porque ele não consegue ficar saudável. E todos os reservas são horríveis, tornando o Bucks um dos times mais divertidamente frágeis da NBA. São a empregadinha que apanha do patrão, apanha feio, e mantém um sorriso no rosto porque vai tentar uma boa escolha de draft ano que vem e dar minutos pro Jennings deixar o time famoso no Top 10 de vídeos da NBA. Nada mais.

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