>Preview (e Review) dos Playoffs – Suns x Spurs

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Você de novo!

Tá, eu sei, a série já começou, a gente é atrasado, não cumpre promessas, tem pinto pequeno e blá, blá, blá. Mas como todo homem idiota, a gente compensa nossa ausência e falta de caráter com presentes. Então participe agora da promoção que está dando um camiseta do Tim Duncan e uma do Leandrinho! Compensamos também não só com um preview dos playoffs, mas um review da história dessa longa rivalidade.

A promoção é uma homenagem à grande rivalidade entre Suns e Spurs, um confronto que muita gente acha que começou nos últimos anos mas que já mexe com os corações dos torcedores desde o começo dos anos 90. O primeiro duelo foi na primeira rodada do Playoff de 1992, quando o Suns, time de quarta melhor campanha no Oeste, bateu o quinto colocado Spurs por 3 a 0 (na época a primeira rodada era melhor de 5), um resultado que não surpreendeu já que o San Antonio não contava com David Robinson, machucado.

A chance da revanche veio no ano seguinte na semi-final do Oeste, quando o Suns, então time de melhor campanha do Oeste e da NBA, enfrentou o Spurs, mais uma vez quinto colocado. A série foi tensa, mas com cada time vencendo o seu jogo em casa até o jogo 6 em San Antonio, que foi o melhor da série e, segundo os que viram de perto, um dos melhores dos playoffs daquele ano. Querem ver como era o Barkley jogando? Ele nem sempre foi o gordinho engraçado da TNT, antes ele era um ala de força destruidor capaz de fechar um jogo com 28 pontos, 21 rebotes e a cesta de vitória e da classificação. O vídeo não pode ser postado aqui no blog, mas dá pra ser visto aqui. Recomendo que vejam o vídeo porque tem todos os últimos 5 minutos do jogo, não só é uma partida legal como é uma chance de ver como era diferente o basquete da NBA do começo dos anos 90.

Pois é, duas vitórias seguidas do Suns em dois anos seguidos, nem sempre foram fregueses! Mas pra não ficarem mal acostumados, tomaram um 3 a 1 na primeira rodada dos playoffs de 96 quando a Era Barkley já chegava ao fim. É engraçado como esses times sempre se encontram, às vezes um é o melhor time da NBA, outras vezes um está em alta e o outro em baixa ou os dois no meio da tabela, não importa, mas eles sempre se contrastam de um jeito que faça com que se cruzem nos playoffs. Foram 9 encontros desde 1992 até hoje. Eu, sinceramente, não lembro de outros dois times que se enfrentaram mais vezes nesse período. Nos anos 90 ainda teve mais um confronto em 1998, quando o então novato Tim Duncan liderou o Spurs a uma vitória de 3 a 1 na primeira rodada.

Na década de 2000 veio uma avalanche de confrontos épicos. O primeiro uma reprise da derrota de 92, o Suns venceu de novo, mas dessa vez ao invés de Robinson, era Duncan o machucado. Em 2003 veio o duelo em que o novato Amar’e Stoudemire engoliu vivo o Tim Duncan.

Ainda era o Suns do Stephon Marbury e eles não tinham chance contra o time que viria a ser campeão, mas a série rendeu: foi um 4 a 2 complicado, o Marbury destruiu todos os marcadores que viu na frente e o Amar’e mostrou pela primeira vez que ninguém sabe atacar o Duncan como ele. Desse ano ficará marcado o jogo 1, em que o Suns empatou o jogo nos último segundos com a cesta de 3 mais imbecil da história:

Por que o Amar’e fez isso? Ele era um novato, ainda tinha muito tempo no relógio e ele nunca tinha arremessado de 3! Eddie House e JR Smith poderiam passar 20 minutos conversando de como esse arremesso foi forçado, mas deu certo e o jogo foi para a prorrogação. E lá o Marbury escreveu seu nome, tão manchado hoje, na história dos grandes momentos dos playoffs:

Em 2005 eles se pegaram no estágio mais avançado que podem se enfrentar, a final do Oeste. O Suns tinha feito a melhor campanha do Oeste e o Spurs a segunda melhor, o Spurs tinha o trio Duncan-Manu-Parker no seu auge e o Phoenix vivia sua primeira temporada com o MVP Steve Nash, acompanhado pelo seu melhor grupo de apoio: Amar’e Stoudemire, Shawn Marion, Joe Johnson, Quentin Richardson e Jim Jackson. Mas não deu, apesar dos jogos disputados o Spurs venceu por 4 a 1 e foi aí que começou a mostrar que era o time que melhor sabia lidar com a correria imposta pelo técnico Mike D’Antoni. Muitos torcedores do Suns, porém, irão lembrar que Joe Johnson não jogou toda aquela série, machucado, e quando voltou, jogou sem total condições físicas.

Aí veio o confronto de 2007, um clássico.
-No jogo 1, vitória apertada do Spurs em Phoenix quando o Nash não conseguiu jogar boa parte do minuto final por um nariz sangrando. Sem dúvida alguma um dos momentos mais angustiantes da história da NBA foi ver o Suns, 100% dependente do seu armador, tendo que jogar o fim da partida com o Nash no banco porque o seu nariz sangrava sem parar.

-Jogo 2, a revanche: com uma vitória de 20 pontos de diferença para o Suns. 20 pontos e 16 assistências para Steve Nash.

– Partida 3, já em San Antonio, teve joelhada do Bowen no saco do Nash, o Ginobili com o olho sangrando e, claro, uma vitória do Spurs. Ninguém bate no Ginobili sem ver ele entrar em modo berserk logo depois.

– Jogo 4. Bom, o jogo 4: virada espetacular do Suns, falta dura do Horry, que foi expulso, invasão de quadra dos jogadores do banco de reserva, suspensões, gente xingando a mãe, gás lacrimogênio. Épico!

Com a série empatada em 2 a 2 o jogo 5 era essencial para o Suns, que tinha que vencer em casa e forçar, no mínimo, um jogo 7 também em Phoenix. Mas essa confusão toda rendeu a suspensão de Amar’e Stoudemire e de Boris Diaw, a alternativa bizarra que o D’Antoni usava no pivô. Sobrou então um time titular de Nash, Raja Bell, Leandrinho, Shawn Marion e Kurt Thomas. Do banco, quase ninguém: James Jones jogou 28 minutos e só, mais ninguém. E mesmo assim o Suns liderou por 16 pontos, mas entregou a rapadura e perdeu por 88 a 85 com uma bola de 3 do Bruce Bowen, justamente dele.

A partida 6 foi uma mera formalidade, o Spurs venceu sem dificuldades um Suns completamente traumatizado da última derrota e chorão até demais em relação às suspensões do jogo 5.

Para terminar a freguesia houve o confronto na primeira rodada de 2008, quando o Suns já contava com Shaquille O’Neal. Aliás, a presença dele foi assunto: primeiro porque tudo indicava que o Suns o tinha contratado só para parar Tim Duncan e a força do garrafão do Spurs, tem elogio melhor ao adversário do que uma contratação só para enfrentá-lo? Depois porque de arma a favor ele acabou virando arma contra, quando o técnico Greg Popovich usou e abusou do polêmico Hack-a-Shaq em toda a série.

O resultado? Vitória do Spurs. O jogo 1 resume todo o confronto entre as duas equipes desde 2002: bola de 3 do Finley no último segundo para levar o jogo para a prorrogação, bola de 3 do Duncan (sim, do Duncan, a única dele na temporada) nos últimos segundos para levar o jogo para a segunda prorrogação e bandeja do Ginobili a um segundo do fim para a vitória.

Não adiantava o Suns fazer nada, sempre dava Spurs. Será esse ano o ano da mudança?

O que o Suns precisa fazer para a vencer a série:
Antes de mais nada, se benzer. Não acredito nessas coisas mas é melhor apelar pra tudo quando a zica (e a freguesia) é tão grande. Mas analisando todas essas séries passadas, sabe que essa é a que eu enxergo o Suns com mais chance de vencer?

Primeiro porque uma das armas do Spurs sempre foi usar muito o Bruce Bowen marcando o Nash. Era um confronto terrível para o canadense que, como vocês viram, quase já renderam algumas bolas a menos. Hoje o melhor marcador que o canadense pode enfrentar é o George Hill, que está longe de ser o Bowen. Outro ponto importante são as presenças de Grant Hill e Jason Richardson no time, nenhum é gênio, mas são decentes no jogo de meia quadra. Forçar o Suns a jogar menos no seu ritmo sempre foi uma das armas do Spurs nas suas vitórias.

E, por fim, o Suns nem joga tão mais na correria assim! Claro que é um time veloz, que prefere o contra-ataque, mas não é tão dependente assim da velocidade e é um time mais comum do que era antes. Embora pareça a príncipio um comentário negativo, tira um dos trunfos do Spurs.

O que o Spurs precisa fazer para vencer:
O Nash é a alma do Suns, se você para o armador, para o resto do time. Então para isso serve tudo o que eles já usaram, como colocar o Parker o atacando o tempo inteiro e também vale colocar todo mundo em cima dele pra ver se freia o cara. Parker, Ginobili, Hill, os três juntos vestidos de palhaço, qualquer coisa! Se alguma formação chegar perto de incomodar o Nash como o Bowen incomodava, o Spurs está perto da vitória.

Outro matchup complicado para o Spurs é entre Amar’e e Duncan. Como disse antes o Amar’e é um dos poucos no planeta a saber enfrentar o ala do Spurs, muitas vezes deixando o Duncan com problemas de falta. Uma das soluções encontradas nos anos anteriores era deixar outro jogador marcando o quatro olhos do Suns durante um pedaço do jogo, mas quem faria isso hoje? Blair? McDyess? Não custa tentar.

Com os dois jogadores minimizados na defesa é hora de partir para o ataque, lá é fazer tudo o que eles fizeram contra o Dallas. Estabelecer o Duncan no garrafão, Ginobili e Parker atacando a cesta quando possível e rezar para que Richard Jefferson e/ou George Hill contribuam com os arremessos de longe. Nos poucos minutos que o ataque balanceado do Spurs funcionou no jogo 1 a defesa do Suns entrou em colapso e o ataque, forçado a ficar mais lento, ficou também menos eficiente. Nunca achei que ia dizer isso, mas para o Spurs a melhor defesa é o ataque.


Palpite: Suns 4 x 2 Spurs. Tá bom, hoje tem Corinthians na Libertadores então acordei sonhador, fazer o quê? Mas realmente acho que as mudanças de elenco e de postura das duas equipes nos últimos anos favorecem o Suns, que está sangrando pelos olhos de desejo de eliminar seu maior rival.

Mas palpito com medo da freguesia. Mudam os times, fica a mística. Ou ninguém lembra do que aconteceu no confronto da temporada regular nesse ano?

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