>Problemas de memória

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– Super Gêmeos, ativar! Forma de um armador canadense que não pula!
– Forma de um armador esloveno que marca 21 pontos no quarto período!
É fácil, na empolgação do momento, esquecer algumas coisas. Na vida real, isso em geral quer dizer alguns filhos indesejados ou uma nudez a mais no YouTube. No mundo do esporte, em geral, significa que torcendo, vibrando, vendo história sendo feita, apenas deixamos de fazer sentido. As coisas numa quadra de basquete mudam rapidamente de um momento para o outro, e em meio à torcida dizemos coisas esquecendo ter afirmado outras diferentes minutos atrás. Para os técnicos e jogadores, o calor do jogo leva a esquecimentos de plano de jogo, ou até mesmo a um jogador ignorado no planejamanto da partida que volta pra lhe morder a bunda. Por isso, vamos tentar refrescar a memória de todo mundo e tentar colocar um pouco de critério e puxão de orelha na amnésia de torcedores e jogadores das partidas de ontem.
1) Lesão ou não-lesão
Vamos combinar que o LeBron ou está lesionado ou não está? E que a lesão ou incomoda ou não incomoda em nada? Não dá pra ele estar morrendo de dor num segundo, incapaz de mover o braço, se recuperar com o fator de cura do Wolverine em poucos minutos, e depois voltar a colocar a culpa na lesão de novo. Ou ele é mutante ou ele não é!
No primeiro jogo contra o Celtics, LeBron começou o jogo praticamente dentro do garrafão, tentando jogar de costas para a cesta, e distribuindo ganchos e arremessos com a mão esquerda, do cotovelo saudável. Então todo mundo começou um discurso sobre como a lesão estava incomodando LeBron e ele estava tendo que usar o outro braço. Mas aí ele começou a atacar a cesta, e a acertar bolas de três pontos, tudo com o braço direito, e o papo foi sobre como a lesão parecia não estar modificando seu jogo. Aí ele começou a se focar na defesa porque o resto do time estava destruindo no ataque, e o papo foi sobre como a lesão estava deixando LeBron mais passivo no ataque, para poupar o braço. Caso de memória mais curta do que eleitor brasileiro. O cotovelo nem deveria ser assunto nesses playoffs, mas o pessoal consegue trazê-lo à tona quer o LeBron jogue bem, quer ele jogue mal.
Como LeBron terminou a partida com 35 pontos, o consenso então foi de que a lesão incomodava (parece deixar o cotovelo dormente às vezes, segundo o próprio LeBron) mas que não chegava a alterar seu jogo. Foi aí que aconteceu o Jogo 2 da série, o Celtics saiu de quadra vencedor, o LeBron teve trocentos problemas ofensivos na partida, e começaram a dizer que a lesão era séria, que jogando baleado o Cavs não ia ter chances, que times deveriam levar o cotovelo do LeBron em consideração na hora de assinar seu próximo contrato. Alguns disseram que o cotovelo do LeBron causou a quebra das finanças na Grécia.
Esse caso de memória curta, além de não permitir que LeBron pague pelos seus erros, tirou do Celtics todos os seus méritos. O Jogo 2 foi vencido pelo time de Boston graças a uma defesa impecável, uma estratégia defensiva incrível em cima de LeBron, e uma série de outros fatores que comentaremos abaixo (porque também são casos diversos de amnésia). Por enquanto, deixemos bem claro: marcando por zona, colocando sempre um jogador no caminho de LeBron enquanto outro força a marcação, forçando o ala do Cavs a arremessar quando ele queria infiltrar, colapsando a defesa para dentro do garrafão e forçando o resto do Cavs a ter a bola nas mãos, LeBron foi momentaneamente vencido. Por nenhum momento sua passividade pareceu fruto da lesão, foi apenas mérito de uma defesa agressiva que cansou de colidir com o LeBron no garrafão, descer a mão e lhe forçar a cobrar lances livres. É super legal quando um time consegue ler o outro e fazer alterações significativas (e vencedoras) durante uma série de playoffs, então por que perder esse gostinho colocando a culpa numa junta?
2) O Garnett sabe jogar no garrafão
Dessa aí eu nem me lembrava. Antigamente, no Wolves, o Garnett tinha umas noites ofensivas absurdas em que atacava a cesta com uma série de movimentos ultra-técnicos, arremessava de dentro do garrafão com giros iniciados de costas para o aro, e cobrava lances livres por forçar a defesa a tentar alcançar seus braços compridos demais nos arremessos ou nas bandejas acrobáticas. Mas aos poucos ele foi se poupando, se afastando do garrafão, e no Celtics pegou aquele vírus terrível que causa fobia de garrafão e que contagiou o Rasheed Wallace tão cedo na carreira (tadinho, era tão jovem!). No primeiro jogo contra o Cavs, o Garnett não fez nada além de arremessar de longe, passivamente no perímetro, e não cobrou um mísero lance livre sequer. Mas no segundo jogo ele resolveu chegar perto do aro e destruiu a estratégia defensiva do Cavs, que tinha esquecido que ele sabia jogar perto da cesta. Tudo porque, quando o Garnett está próximo ao aro, fica quase impossível usar o Jamison em quadra. Ah, bons tempos aqueles em que Garnett e Duncan eram colocados na mesma frase, antes do Garnett beber sangue de crianças num cálice e ter pavor de dar uma enterrada.
3) O Antawn Jamison fede na defesa
É fácil esquecer que um jogador é um merda na defesa quando o time inteiro não faz bulhufas para defender. Por exemplo: me dê o nome do pior defensor do Warriors. Impossível, não é mesmo? O negócio por lá é tão ruim que a sensação é de que ninguém está tentando defender, então não dá pra saber quem é péssimo de verdade. Por isso é que, quando o Suns começou a defender melhor, ficaram tão óbvias as deficiências defensivas do Amar’e, que antes disso disfarçava bem.
No Wizards de defesa ridícula, o Jamison parecia quebrar um galho. Na defesa bem montada e forte pra burro do Cavs, fica muito claro que ele não sabe defender. Aliás, “não sabe defender” seria como dizer que a Carla Perez “não sabe resolver questões de física quântica”, quando ela na verdade é uma anta completa. Ou seja, o Jamison é um dos piores defensores de toda a NBA. No perímetro ele é horrível, lento, frouxo. Mas no garrafão é que ele mostra quão funda pode ser a privada. Marcando Garnett próximo ao aro, tomou três cestas seguidas todas do mesmo jeito: passe do Rajon Rondo por cima dele, cesta fácil do Garnett de mão direita, e nenhum único contato físico entre eles. Já vi bem mais contato do que isso em missas católicas por aí. Ridículo o técnico Mike Brown (que é tão bom técnico quanto o Jamison é defensor) não ter colocado mais o Varejão em quadra, mas ele provavelmente também não lembrou que o brasileiro que aluga o cabelo como casa de verão para anões figurou dentre os times de melhores defensores da NBA.
4) O Mo Williams é um arremessador biruta
Até a mãe dele sabe disso, mas é fácil de esquecer quando o LeBron passa tanto tempo com a bola nas mãos. No primeiro jogo, quando LeBron sentou no banco, Mo Williams saiu do armário e arremessou como um louco, marcando 10 pontos seguidos e saindo de quadra com 20, numa vitória fácil em que LeBron se deu ao luxo de se focar na defesa. Quando dá certo, parece que foi premeditado, que estava tudo controlado. Mas no segundo jogo, em que o LeBron não conseguia infiltrar e colocou a bola nas mãos dos companheiros, o Mo Williams arremessou sem critério. E quanto mais frustrado ele ficava pelas bolas não estarem caindo, mais ele queria arremessar não importava que tipo de defesa estivesse em cima dele. Só acertou um dos nove arremessos que deu. Plano para ganhar do Cavs? Lembrar que o Mo Williams é maluco, impedir o LeBron de infiltrar e deixar o Mo frustrado com a bola nas mãos. Ele foi contratado para manter o poder ofensivo quando o LeBron vai pro banco, e ficar controlado quando é o LeBron quem arma o jogo no Cavs. Para essa função, tem sido ótimo. Mas quanto mais a bola fica em suas mãos, e quanto mais forte for a defesa, maior a chance do Mo Williams virar o JR Smith e arremessar até a mãe (enquanto eu escrevia isso, o JR Smith arremessou meu mouse no lixo).
5) O LeBron sabe arremessar
Existem três modos de jogar contra LeBron James. O primeiro é marcá-lo no mano a mano e então assistir a ele enterrando na sua cabeça o jogo inteiro. O segundo modo é marcá-lo no mano a mano mas usar a tática “sanduíche”, deixando outro jogador no seu caminho, tentando esmagar LeBron quando ele está entrando no garrafão – e, portanto, lhe dando espaço para arremessar de fora. E o terceiro modo é dobrar a marcação nele no primeiro instante em que ele toca na bola, obrigando uma reação muito rápida ou, com mais frequência porque o LeBron é menos fominha do que se imagina, um passe para outro companheiro.
Do mesmo modo que uma hora a lesão incomoda, na outra todo mundo diz que a lesão não muda nada, a capacidade de arremesso do LeBron varia, na opinião das pessoas, mais do que humor de mulher com TPM. Tem horas em que dizem que ele é só físico, que é só deixar arremessar, tem horas em que ele é um baita arremessador e o adversário é burro de lhe dar espaço. No Jogo 2, criticaram sua falta de arremesso e passividade no ataque, para no Jogo 3 louvar sua distância no arremesso. Amnésia indesculpável, porque depois de tantos anos já deveríamos ter aprendido que o LeBron pode arremessar – se ele quiser. Sabendo da postura defensiva do Celtics, que é de marcá-lo no homem-a-homem mas bloquear seu caminho para a cesta, LeBron chegou em quadra decidido a arremessar de longe. A defesa do Celtics pirou, começou a sair do garrafão para perseguí-lo, mas aí abriu caminho para a cesta e ele infiltrou. LeBron venceu o Celtics em pontos sozinho no primeiro quarto, enquanto a equipe de Boston esquecia de usar Garnett contra Jamison, e o resto do time do Cavs, não tendo que passar muito tempo com a bola em mãos e enfrentando uma defesa focada em LeBron, podia pontuar sem maiores dificuldades. Não houve chance para o Celtics em nenhum momento da partida, e o LeBron só colocou os pés em quadra no quarto período por mera formalidade. Nem precisava.
O Celtics mostrou que ainda sabem defender de vez em quando, que a velharada ainda tem energia, que eles sabem manter o LeBron longe da cesta, que dá pra frustrar o ataque dos outros jogadores do Cavs e acabar com o Jamison quando ele tenta defender. Mas é essencial para o time começar forte, abrir uma vantagem grande depois do intervalo e segurar o placar no quarto período. Quando o LeBron está frustrado no final do jogo e o resto do time tenta assumir, pode ter certeza de que vai dar merda. Perdendo o jogo logo de cara, ainda no primeiro quarto, é sinal de que nem por um segundo o Boston vai ter chances na partida. Se eles lembrarem que o LeBron sabe arremessar, e que o Mo Williams é meio biruta, restará uma última alternativa: dobrar a marcação no LeBron sempre, o tempo todo, desde a primeira posse de bola, ainda que ele esteja no meio da quadra, ou na linha de três pontos. Obrigue-o a passar a bola, deixe Mo Williams decidir o jogo e se frustrar quando os arremessos não caem. O Celtics tem chances, mas é preciso lembrar que eles estão enfrentando um adversário diferente, que pode acabar com o jogo no primeiro quarto, não dá pra ir pegando o jeito no tranco e se recuperar no finalzinho.
6) Escolhas velhas de draft
Essa foi a amnésia da outra partida da noite, entre Spurs e Suns. Todo mundo que leu o post do Denis sobre a rivalidade entre as duas equipes e se lembra dos últimos confrontos sabe que o Nash nunca teve reserva. Chegava exausto aos playoffs, era marcado duramente pelo Bruce Bowen e ficava com a língua de fora. Era triste vê-lo descansando uns poucos minutos na lateral, deitado no chão para aliviar a dor nas costas e coberto com toalhas e casacos para mantê-lo aquecido, já que voltaria logo para a quadra. A defesa do Spurs era fortíssima, Nash tinha que suar as pitangas, e eles marcavam como ninguém o pick-and-roll entre Nash e Amar’e, usando jogadores grandes e mercenários para encher o saco e descer a mão no pivô do Suns.
Aos poucos o Suns foi tentando dar um jeito de conseguir resolver esses problemas. O Leandrinho sempre rendeu muito menos quando jogava de armador no lugar do Nash, e aos poucos foi perdendo esse papel. Até que o Suns se apaixonou por Goran Dragic, o esloveno. Treinaram com o rapaz antes do draft e, sabendo que nenhum time tinha interesse por ele (tem aquela história de que armadores estrangeiros costumam ter fama de levar muito tempo para pegar o jeito, até por causa da língua), foram atrás de uma escolha de segunda rodada por ele. Quem topou a brincadeira foi o Spurs, que draftou o Dragic e mandou o armador para o Suns em troca de uma outra escolha de segunda rodada do draft que, acho, nunca nem jogou na NBA.
Vi muito o Dragic jogar nos últimos anos, e pra mim sempre fez sentido o diagnóstico inicial do Suns: ele é um clone do Steve Nash. Branco, mesmo tamanho, rápido, péssimo defensor, arremesso preciso e com enorme arco, uso das duas mãos perto do aro, inteligente. Mas ele sempre teve certo medo de garrafão e uma covardia geral em seu jogo que sempre o levou a passar a bola para o lado. Quando Nash sentava e o Dragic assumia, era como se o time mudasse seu plano de jogo e parasse de correr para, ao invés, isolar jogadores em jogadas individuais. Ainda assim, sempre entendi que o Dragic era um projeto para o futuro, quando o Suns cansasse de perder e se livrasse do Nash para começar o time de novo do zero. Fiz questão de ter o armador esloveno no meu time de fantasy, por exemplo, para assumir a armação do meu time no futuro.
Mas o tempo passa depressa: agora a defesa do Spurs não é mais forte o bastante para parar todas as armas do Suns. O Bowen não está lá para torrar o saco do Nash. E o melhor marcador do Nash nesse time, George Hill, faz com que o time titular do Spurs seja baixo. Por isso, o Suns pode jogar com um time baixo também e dominar nos rebotes, por ter contratado nos últimos anos alas e armadores muito bons em rebote, como Jason Richardson e Jared Dudley. Grant Hill e Jason Richardson jogam melhor no basquete de meia quadra, que sempre foi o fraco do Suns. E agora Nash tem um reserva e pode passar mais do que 10 segundos fora de um jogo.
Nas séries entre Spurs e Suns nos últimos anos, quando parecia que tudo ia dar errado para o time de San Antonio, aparecia algum jogador aleatório tendo uma partida espetacular: Speedy Claxton (que uma vez assumiu o jogo quando o Parker teve dor de barriga), Brent Barry, Stephen Jackson. Agora, sinal de novos tempos, foi justamente o contrário: jogadores aleatórios do Suns mudaram o jogo com partidas espetaculares. O Suns conseguiu empatar no quarto período um jogo dominado pelo Spurs desde o começo, até que o Nash teve que sentar e Dragic e Leandrinho assumiram a armação. O técnico do Suns, Alvin Gentry, só mandava o Dragic ser agressivo em quadra. E ele foi, com 21 pontos no quarto período, bolas certeiras de três, infiltrações e dribles de corpo no garrafão (os famosos “olé!”), e o Nash gargalhando sentado no chão fora de quadra. A princípio o Nash estava se mantendo aquecido, depois foi se alongando com mais moderação, depois desencanou de vez e foi só batendo palmas. Percebeu que não ia precisar voltar pra quadra. O técnico do Suns mal conseguia conter o sorriso ao olhar para o Dragic em quadra. Os dois ficaram de boa, sabendo que o Jogo 3 estava no papo. O Dragic, com a ajuda de uma boa atuação de Leandrinho no final do jogo, ganhou sozinho.
O mais engraçado? Leandrinho e Dragic foram draftados pelo Spurs e mandados para o Suns. Esqueceu deles, Popovich? Não viu o Dragic jogar nessa temporada? Esqueceu que o Leandrinho é mais rápido do que todos os seus jogadores de perímetro? E foi assim que a série foi pro saco. Nenhum time jamais voltou de um 3-0 para ganhar uma série de playoff. Numa série contra o Spurs a gente nunca duvida de nada, mas não vai dar. O universo só estava esperando o Nash ter um reserva. E o Spurs se esqueceu dele. Foi uma atuação maravilhosa, memorável, coisa de quem não percebeu que era playoff contra o Spurs. Já tinha visto boas atuações do esloveno mas nunca esse grau de agressividade, tentando pontuar em todas as bolas. Boa parte do mérito vai para a transição ofensiva do Suns, que colocou constantemente Nash sendo marcado pelo Duncan. O armador canadense fez questão de pontuar (ou ao menos tentar) todas as vezes em que isso aconteceu, e o Dragic apenas seguiu o exemplo, arremessando em cima do Duncan e tentando aumentar o placar em todas as posses de bola. Esfriou um pouquinho depois que errou o primeiro arremesso do quarto, mas a atitude de atacar ficou mais ou menos intacta. Quando o Nash voltou pra quadra só pra participar da festinha, o Dragic ficou mais tranquilo e conseguiu aproveitar o placar.
Repetimos aqui muitas vezes que o Suns sofreu, nos últimos anos, por achar que o time estava completo e se livrar de escolhas de draft para não ter que gastar dinheiro com elas. Algumas tentativas de troca do Suns para mudar a cara do time foram desastrosas, mas as escolhas de draft (Dragic, Leandrinho, Robin Lopez) e as trocas por jogadores ofensivos e bons arremessadores de três (J-Rich, Channing Frye) deram muito certo. Novatos precisam de tempo, não adianta o Suns se livrar de todo mundo achando que tinha que ganhar “naquele momento e nunca mais”. Curiosamente, nas mãos de um Nash mais velho, de um Amar’e que depois de trocentos boatos de troca que poderiam ter tirado ele da equipe finalmente se dá com seus companheiros, e de um jogador pivete que finalmente amadurece estão as chances do Suns. Não de apenas vencer o Spurs, mas de ser campeão. Quando ninguém mais lhes dava um centavo.

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