>Problemas técnicos

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O Heat é tão bom quanto o jogo de SNES do Shaq

Olá, leitores fiéis do melhor blog sobre NBA de toda a blogosfera mundial. Não sei se vocês tentaram acessar o blog desde ontem à noite, mas os que tentaram provavelmente não conseguiram. Estamos fazendo umas mudanças e com elas vieram uns problemas técnicos. Já estamos de volta mas não fiquem muito surpresos se daqui uns dias tudo volte a ficar meio doido de novo. Mas em 2008 já deve estar tudo resolvido e com algumas poucas e boas mudanças.

Voltando a falar de NBA e aproveitando o tema “defeitos”, vamos falar do Miami Heat. Dias atrás o Danilo fez um texto falando sobre o que deveria ser feito para melhorar o seu Houston Rockets. Eu não sou torcedor do Heat mas atendendo a pedidos vou fazer os 5 passos para o Heat sair da pindaíba. Ontem foi uma derrota para o Sixers, que teve o Calvin Booth jogando mais que o Shaq.

Passo número 1 – Um novo técnico

O passo poderia se chamar “motivação” também, mas acho que a motivação desse time parte do técnico. Já li inúmeras vezes sobre como o Pat Riley está tão decepcionado com tudo o que não conseguiu fazer antes da temporada que nem ele acredita no time e pode, a qualquer momento, deixar a equipe. Isso passa para o jogador e, vendo o Heat jogar, chega a irritar a cara deles e a velocidade em que desistem do jogo. A cada cesta do outro time, parece que um olha pro outro e diz “putz, que droga, sempre dá tudo errado…”.
O novo técnico nesse caso pode ser um cara novo que dê um ânimo novo para o time, ou simplesmente um novo Pat Riley, com outra postura, mais confiante, conseguindo tirar mais dos seus jogadores. Dorrell Wright não será all-star mas garanto que um Dorrell Wright com vontade joga mais que um sem motivação alguma. Esse sem motivação, aliás, poderia ser trocado por um cone que não faria diferença.

Passo número 2 – Envolver Shaquille O’Neal

Se tem um jogador que parece pouco motivado é Shaq. Aliás, ele parece entediado. Parece desesperado para que esse ano acabe logo. No jogo de ontem contra o Sixers chegou ao ridículo de arremessar apenas 4 bolas no jogo todo e assistir aos jogos é desesperador porque você vê aquela massa de 150 kg correr de um lado pro outro da quadra sem nunca receber a bola.
Pivôs tem um problema que outras posições não têm, que é dependerem muito dos outros jogadores para participar do jogo. Os armadores sempre pegam a bola e fazem o que bem entendem, os pivôs precisam da confiança dos outros. E basta alguns turnovers ou arremessos errados para eles não verem mais a cor da bola no jogo inteiro.

Shaq está velho, isso é um fato. Ele não tem mais o físico que o consagrou, mas isso não quer dizer que ele não possa fazer mais diferença. Ele só precisa que confiem nele e precisa de motivação (mais uma vez a motivação). Kobe já tinha dito isso no Lakers. Ele disse, durante uma crise no time, que o Shaq só joga quando quer e se ele não se sente desafiado ou envolvido pelo time, ele simplesmente desanima e não joga. Isso deu briga, o Shaq não gostou, mas o fato é que semanas atrás o D-Wade disse a mesma coisa.

Acho que a prova decisiva está nos poucos bons jogos de Shaq nesse ano. Seus melhores jogos foram contra os 3 pivôs que brigam para pegar o posto de Shaq como melhor pivô da NBA. Foram 26 pontos e 14 rebotes contra o Houston de Yao, 25 pontos e 10 rebotes contra o Phoenix de Amaré e 20 pontos e 6 rebotes contra o Orlando de Dwight Howard. Os três únicos jogos com mais de 20 pontos foram contra os 3 melhores pivôs da NBA e ontem contra Sam Dalembert e Calvin Booth ele fez apenas 5 pontos. Isso quer dizer alguma coisa, podem ter certeza.

Passo número 3 – Um armador

Finalmente a parte das trocas. Claro, eu não acredito que com o time desse jeito o Heat chegue a algum lugar. Com novo técnico e novo Shaq as coisas melhoram, mas o elenco ainda assim é fraco. O primeiro passo é livrar D-Wade das responsabilidades de armar o time e deixar ele fazer o que sabe que é pontos, se movimentar e ser um dos melhores shooting guards da liga. Para a armação a resposta não é Chris Quinn, nem Jason Williams e muito menos Smush Parker.
J-Will até poderia ser, mas as contusões estão acabando com ele e desde a temporada passada ele não rende o que rendeu nos playoffs de 2005. O negócio é partir para uma troca. E é aí que começa o drama, quem trocar e por quem?

Dizem que o Kings estaria disposto a trocar Mike Bibby e ele seria perfeito para o Heat. Mas em troca eles só mandam o J-Will? Tá bom que é o último ano de contrato dele e o Kings teria espaço nos salários do ano que vem, mas acho que o Kings ainda pode conseguir alguma coisa com Bibby no elenco, ele ainda não jogou nessa temporada e o Kings vem bem mesmo sem estar completo. Talvez Bibby seja o que falta para o Kings entrar na briga para os playoffs. Acho que o próprio Kings está esperando pra ver se isso é verdade antes de trocar o careca.

Outra opção é pegar Earl Watson do Sonics, que, dizem, também está disponível e cairia como uma luva no Heat. Mas o contrato do J-Will não sei se atrai muito o Sonics, que não tem problema de salários e não terá MESMO logo que o contrato do Wally Szczczcszerbiak acabar. Mas aí você deve estar pensando, mas pô, o Heat só pode trocar o Jason Williams?

Não, mas é que o resto não tem muito valor. Smush Parker, Dorrell Wright, Mark Blount, Ricky Davis… nenhum tem grande apelo no mercado e, logo, é difícil conseguir algo bom em troca. O que o Heat tem realmente de bom pra ser trocado é Udonis Haslem, mas aí como fica se eles trocam o Haslem por um bom armador e o Shaq continua do jeito que tá? Ficam com uma puta dupla de armação e usam quem no garrafão? O Earl Barron?

Passo número 4 – Vai tu memo!

Não existem garantias de que é possível se fazer uma boa troca, então um bom passo pra começar a ser feito antes de se conseguir trocar por um bom armador talvez seja começar a usar direito o que se tem em mãos.

Eu não dava nada pro novato Daequan Cook e até deixei ele passar em dois drafts de fantasy que eu participei, vi alguns jogos dele na NCAA pelo Ohio State e achei ele bem ruim. Porém acho que me enganei feio, ele tem jogado muito bem. Não tem medo de arremessar e está arremessando bem, em geral. Dar mais minutos pro garoto era uma boa.

Outro que desde que chegou no Heat não teve chance é Mark Blount. Ele não é um primor na defesa mas tem um ótimo jumper e sabe fazer seus pontinhos. Já que o Zo infelizmente já não está mais entre nós, é melhor usar o Blount do que o Earl Barron quando o Shaq for sentar no banco.

Passo número cinco – All-White

E como passo final, deveriam colocar a torcida para se vestir toda de branco como fizeram em 2005 nos playoffs, quando foram campeões. Um pouco de superstição não faz mal pra um time nessa situação.

Notas:

– Ontem, quase que o Camby deu uma de Jason Kidd e só não fez um triple-double por falta de pontos. Mas aí ele resolveu isso com uma bola de 3! Sua nona bola de 3 desde que entrou na liga em 96. Vídeo com os 10 tocos e a bola de 3.

– Ontem também, Jason Kidd chutou 8 bolas e não meteu nenhuma. Jason Terry chutou 10 e também não acertou nenhuma. Os dois no mesmo time teria sido simplesmente lindo. Melhor só quando o Antoine Walker arremessou 11 bolas de 3 num jogo e errou todas.

– Assistindo ontem Knicks e Magic, mostraram uma estatística interessante. Das 16 vezes que o Randolph pegou na bola no primeiro tempo do jogo, ele arremessou 11 delas. Até os números agora mostram como ele é fominha.

– Uma coisa totalmente pessoal da minha pessoa. Se eu fosse tanto Kings quanto Heat, a troca que eu faria seria: Bibby e Mikki Moore por Jason Williams, Udonis Haslem e uma escolha de draft. Mas vocês podem discordar… o que vocês fariam pra tirar o Heat do poço?

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