Rápido no gatilho

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Se você não chorou com a primeira bola
ao alto da temporada, não tem coração

Finalmente começou mais uma temporada da NBA, com quatro jogos na primeira rodada ontem e a gente aqui curtindo como se tivéssemos 4 anos de idade e fosse véspera de Natal com a Alinne Moraes de Mamãe Noel (se você quer acompanhar também, dê uma olhada em nosso post sobre como assistir aos jogos na TV e na internet). A empolgação é tão grande que nosso Twitter fervilhou de comentários durante as partidas e eu não vejo a hora de poder começar a fazer previsões. Não deveria começar ainda porque os primeiros jogos não valem muita coisa, os times ainda estão se acostumando com os novos elencos, pegando o jeito da coisa, e qualquer comentário ou palpite agora é precipitado e desnecessário. Mas sabe de uma coisa? Com um sabor subversivo na boca, típico de quem acorda de madrugada para abrir os presentes de Natal antes da hora, vou listar todas as minhas impressões precipitadas, apressadas e desnecessárias sobre as equipes que jogaram ontem. Para quê esperar se a gente pode errar agora mesmo? Não é como se eu fosse esperar para opinar com mais cautela e fosse acertar alguma coisa mesmo…

– O Ron Artest se encaixou no esquema dos triângulos do Lakers de um jeito bastante diferente do Trevor Ariza, o que vai exigir um tempo para todo mundo acostumar. Se a gente lembrar que em seu primeiro jogo com a equipe, quando tinha acabado de ser trocado no meio da temporada, Ariza parecia que já tinha jogado com o técnico Phil Jackson a vida inteira, o encaixe do Artest parece ainda mais complicado. No Houston, que colocou em prática ontem o esquema “corra pela sua vida”, o Ariza tem muito mais dificuldade de criar o próprio arremesso do que o Artest tinha, e mal conseguiu pontuar. Ou seja, os dois times deveriam destrocar de jogadores imediatamente!

– O Greg Oden cometeu 5 faltas, é verdade, mas passou 26 minutos em quadra – uns 20 minutos a mais do que ele costumava passar porque cometia faltas quando coçava o nariz. Ele ainda faz um monte de besteira, de perder a bola a ficar parado olhando com cara de babaca, mas é notável o cuidado muito maior que ele está tendo em seus movimentos defensivos para não descer a marretada em ninguém. Simplesmente estar presente em quadra já muda bastante a postura defensiva do Blazers, então é bom sinal para a equipe o amadurecimento do Oden nesse sentido. Para aqueles que duvidam do nosso vovô favorito, podem ficar tranquilos!

– A campanha “Gilbert Arenas com média de 10 assistências por jogo” continua em bom caminho. Foram 9 no primeiro jogo, e isso sem deixar de ser o cestinha da equipe. Um leitor nosso perguntou se ele dá primeiro 10 assistências pra se livrar logo e depois volta a arremessar como um maluco, do jeito que ele gosta. Mas o bizarro é que o Arenas está muito mais controlado e inteligente em quadra, vai ser um dos líderes da NBA em assistências numa boa (pode muito bem ser o grande líder ao fim da temporada) e tudo isso enquanto o Wizards fica lá no topo do Leste.

– O mundo que me desculpe, mas continuar colocando o Mavs como um dos favoritos da Conferência Oeste é tipo acreditar na virgindade da Sandy: a gente sabe que não rola, mas tem gente que prefere fingir que é real para ter alguma esperança na humanidade. O Shawn Marion faz o trabalho sujo, mas milagre não tem.

– O Rockets vai ser o time mais asqueroso de se assistir em toda a NBA, vou ter que ver todas as partidas num banheiro porque vai dar até diarreia. Mas isso não quer dizer que a equipe não vai dar certo, ganhando uma quantidade considerável de jogos. Sem pivô, o Houston usa o Chuck Hayes na posição, um cara chato que fica desviando passes, cutucando, caindo, trombando, tornando o jogo uma grande luta de sumô de anões (ontem o Greg Oden perdeu a paciência com o nanico do Hayes torrando o seu saco). E com o garrafão mequetrefe o time acaba ficando na linha de três pontos, onde as coisas não costumam ser muito boas para a equipe. Vários times vão acabar perdendo para a correria, para a profundidade da equipe (todo mundo é carregador de piano e especialista em alguma coisa), mas não vai dar pra levar a sério e nem ter estômago de assistir, até o Bucks vai ser mais divertido.

– O Celtics é bom demais, todo mundo que disse que eles não vão ser campeões esse ano tem memória curta. Eles levam o Leste esse ano numa boa, mas é claro que para escrever isso eu me esqueci do Magic. Vai ver que meu cérebro só pode lembrar de uma dessas equipes de cada vez, é uma lei da física. E por falar nisso, achei que existia uma lei da física que impedisse Shaq e Ilgauskas de ficarem em quadra ao mesmo tempo, mas não, o gênio do técnico Mike Brown deixou os dois juntos um tempão. Que tal a experiência? Uma dica: fedeu.

– O LeBron James vai ser o melhor jogador de defesa do ano. Todo mundo percebeu nos playoffs que o Dwight Howard não é grande defensor coisa nenhuma, ele apenas pega rebotes e distribui tocos geralmente nos jogadores que ele não está marcando. Mas tudo bem, é um erro comum, em geral o prêmio acaba indo para quem parece jogar bem na defesa mas no fundo não é tudo isso. E é justamente por isso que o LeBron vai ganhar, ele está empolgado, distribuindo tocos a torto e a direito (já deu uma passadinha no nosso Tumblr hoje para ver os dois tocos do LeBron ontem?) e destruindo nas suas ajudas defensivas e roubando bolas cortando as linhas de passe. Não precisa nem marcar o homem dele, ninguém vai perceber até o prêmio já ter sido entregue.

– O circo do Clippers parece dar sinais de que pode dar certo. Os jogadores sempre pareceram uma mistura aleatória mas agora dá pra ver que é talento demais junto para não funcionar pelo menos um pouquinho. Sinal de que o Clippers daria certo: a maldição teve que contundir o Blake Griffin porque senão era capaz deles ganharem do Lakers.

Primeira noite de jogos e já arrisco campeão do Leste, prêmio de melhor defensor, líder de assistências, time mais feio, e o sucesso do Greg Oden. Pressa? Coragem? Burrice? Provavelmente um pouco de tudo. Se algum palpite te ofendeu, no entanto, não se preocupe. Hoje a noite tem mais uma rodada de jogos e posso mudar completamente de opinião sobre tudo. Não é divertido? Ah, que saudade da NBA…

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