>Reconstrução ideal

>

O Perkins gosta de dançar valsa

Em novembro do ano passado, num post sobre o Thunder, o Denis escreveu o seguinte:

Para o Oklahoma City Thunder se tornar a potência do Oeste que a gente sonhava antes da temporada começar, algumas coisas tem que mudar. A primeira é a defesa, que não pode ser tão fraca, isso é o ponto central. E a segunda é o próprio elenco. O Jeff Green é um jogador versátil e muito bom, mas completamente dispensável nesse time. Ele é bom demais para ser um reserva com poucos minutos, sua presença como ala de força só atrai mais ataque ao garrafão e mina os minutos do promissor Ibaka. Na posição três já tem Durant. Deveriam aproveitar que o Green é muito bom e simplesmente trocá-lo. Eles podem muito bem usar esse ótimo talento como isca para buscar mais arremessadores de três e uma presença defensiva no garrafão, talvez até um cara com mais experiência.”

Pois bem, foi exatamente o que o Thunder fez. Com a evolução do Ibaka, Jeff Green se tornou dispensável. A forte defesa que vimos o Thunder empregar contra o Lakers nos playoffs passados, baseada no jogo coletivo e na defesa por zona, simplesmente desapareceu agora que o time se leva a sério e não é mais uma zebra em quadra jogando pela sua vida. Cole Aldrich, pivô defensivo draftado pela equipe, chegou tão cru que foi mandado para a D-League. Então o Thunder foi atrás de uma presença defensiva para o garrafão, um cara com mais experiência, usando o Jeff Green como moeda de troca – exatamente como o Denis sugeriu.

Em seu texto sobre novas estatísticas (aquele que deu polêmica porque questionou-se a fama do Kobe na hora de fechar jogos), o Denis constatou que a fama do Kendrick Perkins de ótimo defensor é justificada no aproveitamento dos adversários perto do aro, mas não no aproveitamento dos pivôs que jogam mais longe da cesta. Não é acaso, então, que o Celtics é o time que menos toma pontos no garrafão nessa temporada – e o Thunder é, justamente, o terceiro que mais toma pontos no garrafão! Se o Celtics procura, sei lá porquê, alguém para defender os pivôs que tem fobia de garrafão, tipo o Chris Bosh, vão encontrar alguma ajuda no Jeff Green. Mas para o Thunder, nada poderia casar tão bem com suas necessidades como Kendrick Perkins: ele é experiente, bem rodado nos playoffs, sua maior qualidade é justamente a defesa próxima ao aro, e ele não exigirá a bola no ataque, permitindo que Durant e Westbrook continuem monopolizando o sistema ofensivo. O casamento do time com o jogador é tão perfeito que basta algum sucesso nos playoffs para que Perkins passe a considerar com carinho uma extensão de contrato no Thunder, que pode oferecer bem mais grana do que o Celtics jamais poderia. O Nate Robinson complica um pouco mais as finanças (são mais de 4 milhões por ano), mas deve ajudar o ataque do time em minutos limitados e não compromete um futuro contrato para o Perkins. Seja lá qual for a água que o Danny Ainge bebeu e quais os medos que ele tivesse à noite do Celtics tomando um pau do Chris Bosh, a troca foi um sonho de debutante para o Thunder e torna a equipe imediatamente uma potência do Oeste. Pode não ser campeã agora, mas não tem problema. A única coisa que importa é convencer o Perkins a continuar no time e esperar alguns poucos anos até que equipes com artrite como Spurs e Celtics – e até o Lakers – não possam mais competir em alto nível. O Thunder é agora uma equipe para dominar a NBA por uma década, e que pode se dar ao luxo de esperar alguns anos antes de chegar ao topo. Até lá, deve manter todo mundo motivado com os estragos que farão nos playoffs, e com essa possibilidade constante e real de vencerem agora mesmo a qualquer momento, bastando um deslize adversário. O Thunder é montado para vencer agora mas pode esperar se necessário. É o plano perfeito, e o Perkins parece perceber. Já deu todas as indicações de que sua prioridade é assinar uma extensão com o Thunder, jogou no lixo seus tênis verdes a pedido dos companheiros de equipe, e se negou a usar uma bola verde no seu treino de fisioterapia, dizendo que não quer mais pensar no Celtics, que isso é passado (parece inclusive estar meio puto com a troca, mas disposto a abraçar seus novos companheiros). Ele deve ficar fora mais umas duas ou três semanas em reabilitação, mas o Thunder não tem pressa – ao mesmo tempo em que faz de tudo para manter o time competitivo e funcionando.

Isso fica ainda mais claro com a outra troca da equipe na data limite. Como o Thunder mandou o Nenad Krstic (além do Jeff Green e de uma escolha de primeira rodada) na troca pelo Perkins, foram atrás de outro pivô para tapar o buraco imediatamente. Poderiam improvisar o Nick Collison, poderiam esperar o Cole Aldrich amadurecer, mas o Thunder quer estar constantemente pronto para ganhar um título desde já – sem no entanto comprometer as chances de futuro colocando todas as fichas no agora. Por isso mandaram o contrato expirante do Morris Peterson e o pirralho DJ White em troca do pivô Nazr Mohammed. Eu sei que é bizarro, mas eu sou muito fã do Mohammed. Ele fazia estrago no Knicks de muitos anos atrás, foi campeão com o Spurs, é obediente taticamente, bom nos rebotes e pode fazer muito estrago se o ataque passar por ele graças aos seus movimentos embaixo do aro. Nunca foi muito aproveitado desde os tempos de Knicks, mas sempre rende quando recebe minutos. No Thunder ele ajudará imediatamente nos rebotes defensivos e poderá render no ataque quando a equipe quiser se impor no garrafão. Mas como seu contrato é expirante, o Thunder deixa seu garrafão mais forte sem ter que se comprometer financeiramente, podendo reassinar com o Mohammed por pouca grana depois ou apenas usar o dinheiro em outros jogadores ou renovar com a pirralhada. Time pronto pra vencer agora, mas sem estragar as finaças futuras.

Essa troca deixa o Thunder ainda mais forte e ela só é possível por um motivo muito estranho: o Bobcats desistiu. Vida de time que nasceu em expansão é uma droga, o time começa só com os jogadores que os outros não querem, não consegue convencer ninguém a ir jogar lá, e fica dependendo só de escolhas de draft. O Bobcats capengou especialmente no draft, escolhendo jogadores que nunca renderam aquilo que se esperava, mas há anos sempre flertam com uma vaga nos playoffs. A crença de que o time uma hora iria ficar maduro e chegar nos playoffs com tudo levou a trocas por jogadores veteranos como Stephen Jackson e Boris Diaw, e os pirralhos foram ficando de lado em nome da perseguição de uma vaga na pós-temporada. Talvez o que faltasse fosse um bom técnico como Larry Brown, pensava-se, mas as limitações do elenco ficaram ainda mais evidentes com o esquema rígido e defensivo do técnico vovô. O flerte com uma vaga pros playoffs continua, mas para quê? A equipe fede, o time não tem estrelas, os novatos não dão certo, então de que adianta conseguir uma oitava vaga nos playoffs do Leste pra tomar um cacete, não conseguir uma boa escolha de draft e ficar nesse limbo eterno? Depois de uma série de cagadas em anos de draft e contratações, o Jordan resolveu fazer o que está tão na moda com equipes que não fedem e nem cheiram e não dão lucro por causa disso: apertar o botão do apocalipse. Começou se livrando do Mohammed, que nem tinha tantos minutos assim, para conseguir um pirralho cheio de potencial, o DJ White, que o Thunder nunca teve espaço para usar.

E o plano de apocalipse do Bobcats deu seu passo mais decisivo quando mandou Gerald Wallace, provavelmente o melhor jogador da equipe, para o Blazers em troca do pirralho Dante Cunningham, o contrato expirante de Sean Marks e Przybilla e duas escolhas de draft (a do Hornets em 2011 e a do Blazers em 2013), além de grana. O plano é conseguir jogadores novos, escolhas de draft e contratos expirantes, pra não ter que pagar o salário do Gerald Wallace em um time em reconstrução. É claro que o Wallace vale mais do que isso, mas várias propostas foram feitas e nenhum time quis pagar pelo salário de um jogador que está numa temporada pior do que as últimas e que vive se machucando. Outros jogadores como Stephen Jackson e Boris Diaw também não encontraram recebedores por enquanto, mas devem ser trocados o mais rápido possível. São tempos de economizar e se focar na pirralhada e no draft. A crise econômica e os times fortes demais no topo das Conferências tornaram essa postura comum demais na NBA, mas não dá pra criticar. Depois de fazer muita merda, finalmente Michael Jordan tem um pouco de bom senso e tira o pé do acelerador em Charlotte.

Quem se deu bem com isso foi o Blazers, que já estava ameaçando ver seu plano de reconstrução virar farofa. Eu tinha um post preparado sobre isso, sobre o Blazers, mas acho que algumas das informações contidas nele são essenciais para entender a importância dessa troca para eles.

Não faz muito tempo, o Blazers fascinou todo mundo na NBA com um plano de reconstrução corajoso, fantástico e eficiente. O primeiro passo foi se livrar de seu melhor e mais caro jogador, Zach Randolph, em troca de quase nada. A equipe tinha chances de playoffs, e mesmo assim o Randolph foi simplesmente mandado embora. Os minutos começaram a ir para a pirralhada, o jogo deixou de ser centralizado nas mãos de um jogador só, a defesa virou foco principal sem o Randolph que não defendia nem ponto de vista, e o Blazers começou a se dedicar ao draft. Além das próprias escolhas e das escolhas recebidas em trocas, passou a comprar com dindim escolhas de primeira rodada de times que lutavam por um título e não tinham espaço para novos jogadores.

A tática para o draft também foi constante: escolher os melhores jogadores disponíveis, não importando os receios com lesões ou posição em quadra. O resultado foi incrível: o Blazers de repente era uma equipe com trocentos jogadores talentosos em tudo quanto é posição e ganhando experiência rápido. Chegou ao absurdo de ter tanto jogador novo e bom que não havia mais espaço para todos, começaram a surgir os descontentes com os minutos ou o número de arremessos por partida. Isso criou fortes moedas de troca, espaço salarial e – vejam que legal – um time forte nos playoffs.

Quando Travis Outlaw reclamava que queria arremessar mais e Steve Blake era apenas um de uma série de oitocentos armadores jovens na equipe, o Blazers mandou seus contratos expirantes em troca do Marcus Camby, substituto para o Greg Oden em caso de lesões. Agora, fizeram a mesma coisa: usaram o contrato expirante do Joel Przybilla (que foi conseguido às pressas com a lesão do Camby) e umas escolhas futuras de draft para trazer Gerald Wallace. O plano de reconstrução do Blazers, focado em se livrar dos melhores jogadores e dar espaço para a pirralhada, permitiu que o time tivesse as possibilidades e as ferramentas para trazer veteranos como Camby, Andre Miller e agora Gerald Wallace. Trazendo veteranos e se livrando de escolhas de draft, podemos entender finalmente o processo de reconstrução do Blazers como terminado. Agora eles se focam nas chances de ganhar já, não mais no futuro distante.

O problema é que esse processo de reconstrução tão eficiente que nos deixou tão apaixonados (e que gerou tantos clones por aí, tipo o Bobcats de agora) chegou a um ponto estranho em que me sinto seguro de dizer que ele está à beira de fracassar. Eu sei que os engravatados encerraram a reconstrução e agora estão se focando em vitórias, mas pra mim esse processo não levou a um plano de vitórias, levou a desespero e, agora, improviso.

Brandon Roy é uma estrela inegável. Chutou traseiros nos playoffs, foi All-Star em seu segundo ano, e levou o Blazers à relevância de novo. Sua altura permite que ele possa jogar tanto de ala quanto de armador, mas ele rende melhor quando joga de PG, de armador principal. No final de todos os jogos é ele quem chama as jogadas, executa e distribui a bola, e o Blazers é muito mais eficiente quando isso ocorre. Assim que o Andre Miller chegou, um armador cerebral e que mantém a bola nas mãos, ele e Brandon Roy já começaram a bater cabeça. O descontentamento dos dois gerou brigas nos vestiários e boatos sobre trocas. Tudo enquanto Rudy Fernandez, com minutos limitados graças ao elenco jovem e profundo da equipe, pedia incansavelmente para ser libertado e poder voltar pra casa. São questões que desapareceriam em um time com chances de título, mas essas chances viraram farofa com as lesões de Greg Oden, que ainda não conseguiu uma temporada sem ter os joelhos desmontados como Lego.

A reconstrução do Blazers trouxe jogadores demais que começaram a bater cabeça quanto ao seu espaço na equipe. A chegada dos veteranos, essenciais para consolidar as chances nos playoffs, complicaram o andamento da equipe. E os bagos do Blazers para draftar ou contratar jogadores com riscos de lesão viraram cagada quando Przybilla, Camby, Jeff Pendergraph, Greg Oden e Brandon Roy estavam todos juntos no hospital jogando dominó. Gerald Wallace, que nunca teve uma temporada sem lesões sérias, chega à equipe para reforçar a jogatina de dominó, provavelmente.

Greg Oden nunca esteve saudável, jogou uma temporada inteira na faculdade com apenas uma das mãos antes de ser draftado pelo Blazers. Mas o caso do Brandon Roy parece ainda pior. O jogador foi draftado pelo Wolves, que tentou trocá-lo imediatamente minutos depois após alertas dos médicos da equipe. O Blazers topou na hora e se deu muito bem, mandaram o Randy Foye e receberam um futuro All-Star. Mas agora Brandon Roy já passou por três cirurgias nos joelhos desde que entrou na NBA. Nos playoffs passados ele passou por uma cirurgia nos dois joelhos dias antes do início da primeira rodada contra o Suns, e voltou a tempo de entrar no Jogo 4 – nitidamente lento e com dores. Na época, ele já tinha sido avisado que não tinha mais qualquer traço de menisco nos joelhos, era apenas osso com osso. Não conseguiu render nada nessa temporada, constantemente com dores, e então resolveu passar por nova cirurgia nos dois joelhos. Menos de um mês depois, já voltou às quadras.

É claro que o Roy quer voltar logo a jogar, ele é altamente competitivo e quer levar o Blazers aos playoffs, mas inúmeras entrevistas com seus médicos apontam que ele não tem mais condições de jogar em alto nível em tempo integral. O recomendado é que ele atue por no máximo 70 partidas por temporada, e isso com minutos bastante limitados. E o pior: ainda assim, os médicos alertam que ele não será mais capaz de jogar basquete dentro de 2 anos.

A notícia é terrível para o Brandon Roy, um dos jogadores mais fantásticos dessa geração. Seus joelhos já eram motivo de preocupação, passaram por várias lesões e cirurgias, e o retorno às quadras sempre foi o mais rápido possível para ajudar o time. O Blazers sabia que o jogador não tinha mais meniscos, que não duraria muitos anos em quadra, e mesmo assim lhe colocou pra jogar uma série de playoff praticamente perdida – e lhe ofereceu um contrato máximo de 83 milhões de dólares por 5 anos.

O que sobrou para o Blazers ainda é um time incrivel, com chances de incomodar os grandes e fazer estrago nos playoffs. LaMarcus Aldridge passou a pegar rebotes e deixou de jogar tão longe da cesta, com médias de mais de 25 pontos e mais de 10 rebotes por jogo sem Brandon Roy na equipe. Andre Miller e Marcus Camby são veteranos que ainda jogam em alto nível, Wesley Matthews é um excelente jogador que substitui Roy em muitas coisas dentro da quadra (e que o Blazers conseguiu roubar do Jazz porque a equipe de Utah é pobre, tadinha) e Nicolas Batum é um excelente defensor que faz todas as pequenas coisas para uma equipe vencer. Gerald Wallace ajudará nos rebotes defensivos e na defesa, pode marcar múltiplas posições, jogava constantemente como ala de força no Bobcats e só passou a jogar mais no perímetro nessa temporada, arremessando cada vez mais, porque cansou de se contundir tanto dentro do garrafão. É um time forte, cheio de especialistas e com veteranos capazes de segurar as pontas nos playoffs.

Mas Brandon Roy ocupa a maior parte do espaço salarial da equipe e não deve durar mais de um par de anos. Quando estiver em quadra, baterá cabeça com Andre Miller. Greg Oden está fora de toda essa temporada novamente graças aos joelhos, mesma coisa com o pirralho Pendergraph. Marcus Camby acaba de voltar de uma cirurgia no joelho também, tentando ganhar ritmo. É um time com chances muito pequenas de título e que depende de uma série de jogadores que estão constantemente lesionados dando como finalizado um processo de reconstrução. Será que estava nos planos trazer Gerald Wallace? Marcus Camby? O Blazers deixou de construir uma equipe coesa porque se apaixonou por si mesma como nós nos apaixonamos quando eles chegaram aos playoffs. Devem ter pensado “é isso, dá pra ser campeão agora”, enquanto todo mundo quebrava o joelho nos bastidores, jogadores pediam pra sair, contratos exigiam extensão e a grana acabava. Aí o plano foi pro saco porque querem ganhar agora, estão arriscando uma reconstrução inteira trazendo veteranos caros como o Gerald Wallace para tentar vencer os playoffs. Vencer Lakers, Thunder, Celtics? Sério?

O Thunder está pronto para vencer e não comprometeu seu futuro. O Bobcats desistiu das chances de playoffs e vai começar de novo. E o Blazers, esse time legal que vimos ser montado do zero, começa a arriscar para vencer imediatamente – mesmo dependendo de jogadores que não conseguem ficar saudáveis e de bagunça nos vestiários. Wesley Matthews e LaMarcus Aldridge chutam traseiros e vão receber atenção especial em outro post, mas o time precisa ser repensado em volta deles, sem contratações no improviso. O Thunder, que soube esperar e não se desesperou atrás de um pivô – lembra que eles chegaram a trocar pelo Tyson Chandler e devolveram porque os médicos avisaram que havia risco sério de lesão? – conseguiu o pivô perfeito, o Perkins, graças à flexibilidade financeira da equipe. Já pensou que legal se esse Blazers tivesse se negado a contratar jogadores com risco de lesão e tivesse usado o espaço salarial aguardando os jogadores certos? Por mais carinho pelo Blazers e por mais que eu adore ver o time jogando, o Thunder assumiu o posto de projeto de reconstrução ideal, algo que o Bobcats precisa olhar, espiar e aprender.

Como funcionam as assinaturas do Bola Presa?

Como são os planos?

São dois tipos de planos MENSAIS para você assinar o Bola Presa:

R$ 14

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo: Textos, Filtro Bola Presa, Podcast BTPH, Podcast Especial, Podcast Clube do Livro, FilmRoom e Prancheta.

R$ 20

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo + Grupo no Facebook + Pelada mensal em SP + Sorteios e Bolões.

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo: Textos, Filtro Bola Presa, Podcast BTPH, Podcast Especial, Podcast Clube do Livro, FilmRoom e Prancheta.

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo + Grupo no Facebook + Pelada mensal em SP + Sorteios e Bolões.

Como funciona o pagamento?

As assinaturas são feitas no Sparkle, da Hotmart, e todo o conteúdo fica disponível imediatamente lá mesmo na plataforma.