>Dois fatos desse fim de semana nos fazem repensar alguns conceitos que já tínhamos como certos para os playoffs e me forçam a escrever um curto post nesse domingo chuvoso. Sem paredão de Big Brother para assistir, à NBA vamos nos dedicar!
Vamos aos fatos inspiradores:
1. “Não subestimem o Spurs!”
Ginóbili depila o suvaco
Foram três comentários com esse título no último post só porque eu comprovei com números que o Spurs tem tido dificuldades para vencer todos os adversários do Oeste menos o Thunder. Mas uma vitória categórica sobre o Lakers, em Los Angeles, nesse domingo, dá argumentos para os defensores do Spurs.
Eu ainda acho que o Spurs não vai longe nos playoffs e o principal motivo é a contusão do Tony Parker e a temporada muito abaixo da média do Tim Duncan. Essa ressurreição do time nas últimas semanas foi impulsionada pelo Ginobili, que está jogando um basquete de MVP desde a parada do All-Star Game. Mas nesse meio tempo até ele já sentou uma partida porque estava com dores nas costas. Será que um time com o Duncan jogando mais ou menos, sem Parker e só dependendo do Ginobili vence uma série de 7 jogos contra os melhores times completos? Eu acho que não.
Atualmente o Spurs tem a 9ª melhor defesa da NBA e o 9º melhor ataque. Números sólidos o bastante para, somados com atuações acima da média de suas estrelas, jogar de igual para igual contra qualquer time da NBA. Quando o Spurs entra em quadra contra qualquer equipe não dá pra dizer em hipótese alguma que eles não tem chance, o grande ponto em que eu insisto é que nos playoffs você tem que vencer 4 de 7 jogos e com pouco descanso entre eles.
O Spurs não está entre os 4 primeiros do Oeste porque perdeu jogos-chave contra seus rivais, porque sofreu com as contusões e com a queda de produtividade do Duncan, e nada disso vai sumir na pós-temporada. Até me contaram nos comentários que depois do jogo contra o Lakers o Manu Ginobili postou no seu twitter que “Geralmente sou otimista, mas nem eu achava que venceríamos o Lakers por 19 pontos em LA”. Nem o Manu acredita no Spurs, deixa eu duvidar também!
2. Fear the Deer
Nenhuma legenda engraçadinha vai ser melhor que essa foto
O “Fear the Deer” (Tema o Veado) tinha tudo pra ser o lema dos playoffs! O Bucks é o time do veadinho, o melhor time da NBA inteira desde a parada do All-Star Game e tinha tudo pra complicar a vida de qualquer adversário nos playoffs. Eu apostava como a maior chance de zebra (ou veado) na primeira rodada de todo o Leste.
Até que
ISSO aconteceu no sábado à noite. Sério, não clique se você tem pesadelos e vontade de vomitar quando vê contusões feias. O
Andrew Bogut tomou um capote depois de uma enterrada e caiu com o braço da maneira mais errada possível, pior que essa contusão só quando o
Shaun Livingston teve a
perna descolada do joelho quando estava no Clippers. Irgh, dá arrepio só de lembrar!
E não custa lembrar que há pouco mais de uma semana o Carlos Delfino, também do Bucks, saiu de maca do jogo contra o Heat depois que o Udonis Haslem caiu em cima do pescoço do argentino, foi outra contusão assustadora!
O Bogut não tem chance de voltar a jogar tão cedo depois dessa contusão, está fora da temporada. Ele simplesmente deslocou o ombro, torceu o pulso e quebrou a mão na mesma jogada! O Bogut era um dos pilares dessa equipe, tanto na defesa com seus 10 rebotes e 2 tocos por jogo, quanto no ataque, em que seus 16 pontos de média eram menos do que as contribuições de Jennings ou Salmons mas eram a única contribuição vinda de dentro do garrafão. Sem ele o time fica torto, com todo seu poder ofensivo no perímetro e com a defesa mais frágil, Kurt Thomas não fará metade do que fazia o Bogut. Um triste fim para uma temporada memorável dos veadinhos.