>Tudo igual no placar

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– Agora sem olhar, mãe

Finalmente conseguimos respirar. O jogo 4 entre Lakers e Nuggets foi o primeiro nas finais de conferências que não foi decidido no último minuto, ufa. Claro que eu estou bravo pra caralho com o Lakers, mas pelo menos não morri do coração. Vou morrer de vez na quarta-feira com o monitor dividido entre um jogo 5 decisivíssimo (se é que essa palavra existe) entre Lakers e Nugets ao mesmo tempo em que assisto o Todo-Poderoso Timão sem Fenômeno enfrentar o Vasco na Copa do Brasil. Quinta-feira apareço aqui pra dizer se estou vivo.

O Denver fez o primeiro jogo fácil da série quando, pela primeira vez, conseguiu dominar os rebotes com sobra, e é no garrafão que eles podem vencer essa série mesmo tendo seus melhores jogadores no perímetro. Assim como eu disse que o Orlando sabe que vai tomar muito ponto do LeBron, o Denver tem que saber que vai tomar muita cesta na cabeça do Kobe, vai e tem que saber ignorar isso e continuar jogando. O Nuggets às vezes parece desesperado demais marcando o Kobe, principalmente o pobre Danthay Jones, que depois de um empurrão à la Junior Baiano no jogo 3 (uma falta tão delicada quanto o Maguila dançando ballet) ontem deu uma rasteira tão discreta e sem querer como a do Miranda no Diego Souza para se consagrar como o Bruce Bowen dos playoffs 2009.
O Nuggets jogou tão bem ontem que nem precisou no Carmelo, que fez provavelmente o seu pior jogo em todos os playoffs. Em compensação, o Billups foi decisivo (fez 6 pontos seguidos no único momento em que o Lakers esboçou uma reação no quarto período) e o JR Smith finalmente jogou em alto nível, o que já era algo anunciado.
Quando se decidiu que Lakers e Nuggets iam se enfrentar, já dava pra saber desde antes pelo menos três coisas:
– Em algum momento o JR Smith vai feder muito e em outro vai decidir algum jogo sozinho como se fosse o cara mais talentoso do mundo
– Em algum momento o trio Andersen-Nene-KMart iria fazer o garrafão do Lakers parecer as meninas super-poderosas (sem os poderes e o Bynum disse que quer ser a Docinho)
– O Kobe vai decidir pelo menos um jogo com uma atuação monstro no quarto período
Até agora as três coisas já aconteceram e a série está praticamente de volta à estaca zero com um empate e com os dois times já tendo provado que podem ganhar jogos fora de casa. E digo “praticamente” não porque estou imitando o Zé do Caixão, mas porque depois de quatro jogos a série só está igual ao começo por causa do empate, na verdade agora os times tem uma bagagem de conhecimento sobre o adversário que faz muita diferença.
Então vamos lá, que ajustes os dois times têm que fazer para essa mini-série de 3 jogos que irá começar?
Lakers
Primeiro eles tem que tentar depender um pouco menos do Kobe nos primeiros três quartos do jogo. O Mamba disse depois do jogo 3 que nunca tinha se sentido tão cansado depois de uma partida e que ao chegar no hotel dormiu 10 horas seguidas. O que pra mim é rotina, pra ele é muito.
Com o Kobe descansado fica mais fácil pra ele atacar a cesta no período decisivo e aí sim fazer a diferença. Para que isso possa acontecer, o time precisa que mais armas ofensivas apareçam. Se o JR Smith finalmente chegou para essa série, que tal o Sasha Vujacic e o Derek Fisher voltarem no tempo e reverem aquela história de vender seu talento em troca da felicidade eterna ou qualquer merda fútil do tipo?
Os arremessos dos dois são importantes porque até agora a estratégia do Nuggets para sobrecarregar o Kobe é a de não deixar a bola chegar no Gasol e no Bynum. O espanhol está com aproveitamento superior a 60% na série mas só arremessa 11 bolas por jogo. A defesa adversária se esforça o máximo que pode para fechar os ângulos de passe pra ele e deixar a bola no perímetro, onde o Lakers tenta, tenta, tenta e não acerta nada de três.
O Bynum consegue receber a bola ainda menos porque não sai tanto do garrafão quanto o Gasol, mas ontem ele até que fez um jogo decente, digno de 1% do salário que irá receber ano que vem. Mas o Bynum é daqueles que se não marca pontos pode compensar de outrar formas, talvez não deixando com que os três jogadores de garrafão adversários consigam mais de 10 rebotes.
Nuggets
Antes de mais nada eles precisam do Carmelo Anthony bom de novo. Esse lixo de jogador que possuiu o corpo dele a partir do segundo tempo do jogo 3 não serve pra nada. Ontem o Billups e o JR Smith deram conta do recado, mas não vão vencer 2 dos próximos 3 jogos, um necessariamente fora de casa, sem o Melo fazendo uma renca de ponto.
Se já era esperado que o JR Smith fizesse um jogo bom, não seria nada mal para o Nuggz se ele fizesse pelo menos mais um até o fim da série. O time tem sido um fracasso nas bolas de 3 pontos e seu melhor arremessador na série, o Linas Kleiza, raramente está em quadra nos momentos decisivos, a responsa fica nas mãos do insano Smith no quarto período.
Por fim eles tem que fazer o que fizeram ontem: jantar o garrafão do Lakers com molho rosé e batatas. Quando Nenê, Kenyon Martin e Andersen (viram o filminho sobre sua carreira ontem na ESPN) dominam Gasol e Bynum pegando todos os tipos de rebote, fica muito díficil para o Lakers ganhar e o Nuggets até se dá ao luxo de se arriscar mais no ataque sabendo do sempre possível rebote ofensivo.
Palpite: Se o Lakers ganhar eu acho que teremos jogo 7, o time é muito acomodado pra conseguir vencer o jogo 6 sabendo que tem um jogo 7 quentinho esperando em casa. Se o Nuggets ganhar, aí acho que eles fecham na partida 6.
Mas jogo decisivo mesmo vamos ter hoje em Orlando. Esse pra mim tem valor de jogo 7. Pensa bem, se o Magic ganha, eles abrem 3 a 1 e colocam a confiança do Cavs num bueiro sujo e cheio de merda. Se o Cavs ganha, eles se vêem de volta pra casa com a vantagem do mando de quadra depois de quase chegar no fundo do poço, seria a reviravolta necessária para as LeBronzetes (os coadjuvantes do Cavs) voltarem a jogar como se fosse temporada regular.
E falando em LeBronzetes, o Mo Williams garantiu vitória do Cavs hoje. Veremos se ele tem o mesmo poder do Rasheed Wallace que nunca perdeu uma partida que tivesse uma garantia de vitória dele, a famosa guaranSheed victory.
Bem interessante uma discussão nos comentários do post de ontem. Concordo perfeitamente com quem celebra o fato do LeBron não ter medo de tomar enterrada na cabeça como as que tomou do Courtney Lee. Sem dúvida são poucas as estrelas na NBA que aceitam correr o risco de ser Mbengado. Coloco nessa lista ainda o Dwyane Wade, o Josh Smith e o Jermaine O’Neal, todos eles sempre pulam para o toco mesmo quando as chances de sucesso são mínimas.
Em homenagem a esses nobres atletas, você pode conferir aqui o Wade tomando uma enterrada do Ronny Turiaf

O Wade (dessa vez no lado bom do vídeo) enterrando sobre o Josh Smith

E por fim, um mix com uma dúzia de negos enterrando sobre o Jermaine O’Neal. Destaque para a do Kenyon Martin, a enterrada na cabeça mais forte que eu já vi alguém não chamado Shawn Kemp fazer.

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