>Vídeos – Meus tempos de escola

>Essa seção de vídeos no blog é uma daquelas que a gente faz uma vez a cada ano bissexto. Sei que deveríamos ter mais regularidade, mas fazer o quê? Pelo menos não ficamos mais prometendo para depois não cumprir. Como diz o velho ditado, “Se você avisar antes que vai ser rápido, não é ejaculação precoce”. Pense nisso.

Nesse post separamos alguns vídeos legais sobre grandes jogadores da NBA em seus tempos de colegial. Volta e meia a gente comenta que tal jogador nem fez faculdade e foi direto da escola para a NBA, ou falamos de outro que conseguiu vaga em uma faculdade tradicional por ter tido atuações estupendas ao lado dos coleguinhas de classe. Então é hora de ver alguns deles em ação.
Começamos com o vídeo que inspirou a série. O Danilo me mandou por e-mail há alguns dias com o seguinte comentário: “Um dos vídeos mais engraçados que eu já vi de basquete, é o Amar’e no highschool! Ele é grande demais, forte demais, musculoso demais, e os carinhas em volta dele parecem crianças!!!!!”
Não tem como não achar graça , é desleal! Parece que o Amar’e é o mesmo jogador que vemos hoje na NBA, mas ao invés de enfrentar Garnett e Dwight Howard, está jogando contra o Justin Bieber, que nem tem pêlos no corpo. O que eu não entendo é como um time da NBA tem coragem de pegar o Amar’e na nona escolha do Draft depois de vê-lo jogar no colegial. Incontestável que ele deu muito certo, mas era arriscado demais. Depois de ver ele apenas contra baixinhos branquelos, como saber como ele vai se virar entre os profissionais?
Não é exclusividade do Amar’e essa superioridade física sobre os adversários, é comum a quase todo grande ala de força ou pivô que brilha na NBA. Dêem uma olhada nos vídeos de Dwight Howard e Shaq, por exemplo:
Engraçado como o Dwight Howard mudou pouco. Ele está mais forte, mas o estilo de jogo é absolutamente o mesmo. O cara domina muitos jogos do jeito que é, mas desde 2004 até agora dava pra ter evoluído um pouco mais no ataque. Mas ainda há esperança, até acho que ele melhorou no ano passado e nessa férias ele tem encontrado o Hakeem Olajuwon para algumas aulas de ataque. Legal ver que ele não está acomodado.
Já o Shaq mudou mais o seu jogo com o tempo. Ganhou maior repertório de jogadas e ficou muito, muito, muito maior! A gente só acha ele magro quando vê esses vídeos porque ficou desacostumado com a montanha de músculos que ele virou. E apesar do som terrível do vídeo dele, dá pra ouvir uma entrevista em que ele se mostra o mesmo Shaq de sempre: “Qual o segredo para o sucesso da equipe nesse ano, Shaq?”, e ele responde, “O segredo sou eu”. Melhor frasista da história da liga. Ponto.
O cara que mais tem vídeos do seu tempo de colegial é o LeBron James. Ele ficou famoso muito cedo, era bom demais muito cedo e viveu em uma época em que era bem mais fácil fazer vídeos. Achei esse com longos 10 minutos de duração, mas que vale cada um deles. As enterradas impressionam, o porte físico para um pirralho de 16 anos é praticamente algo alienígena, mas o que mais me deixa de queixo caído são os passes. Não é à toa que quando ele chegou no Cavs em 2003 tentaram colocar ele pra jogar de armador.
Outro vídeo do LeBron que vale a pena é esse em um jogo de sua escola contra a do Carmelo Anthony. Mas fique atento, não é fácil achar o Melo no vídeo. Ele é o número 22 do time de amarelo e está com um cabelo afro meio estranho, nem parece o mesmo jogador de hoje. Também vale a pena ver um rápido vídeo do LeBron jogando futebol americano no colegial, ele chegou a ser eleito All-State como wide reciver.
Só para provocar quem fica pedindo comparações, embalo o vídeo do LeBron com um do Kobe Bryant. Tem bem menos material, mas dá pra lembrar de como ele também era muito rápido e atlético no começo da carreira. Nos acostumamos com ele técnico, jogando de costas pra cesta e vivendo dos seus arremessos de meia distância e esquecemos que no começo ele era só mais um desses moleques voadores. Ah, se todos treinassem sem parar como ele…
Entre os voadores, nenhum voava mais que Vince Carter. Você consegue se imaginar com 15 anos, aprendendo a jogar basquete, empolgado que sua escola vai disputar um campeonato regional e aí você dá de cara com um moleque fazendo essas enterradas? Ou eu chorava, ou pedia pra ir cagar e não voltava ou pedia pra ele autografar meu peito no fim do jogo.
Sério, dá pra citar 100 caras melhores que o Carter em qualquer quesito do basquete, mas é difícil achar um que enterre melhor. Ele é perfeito na impulsão, na plástica do movimento, na força que joga a bola pra baixo, na dificuldade das enterradas que tenta, em tudo.
Um dos vídeos mais divertidos que eu achei é o do Steve Nash no colegial. Ao contrário dos que eu mostrei até agora, ele não é o mais alto, nem o mais forte, nem o com mais impulsão na quadra. Ele nem é o que mais parece um jogador de basquete, tá mais pra um analista de sistemas que joga uma pelada no clube de fim de semana. Nash é um baixinho de cabelo curto, muito magro e que eu duvido que alguém que o visse andando pela rua apostaria que ele fosse ser duas vezes MVP da NBA um dia, não apostariam que ele virasse o garoto da água.
Atualização: O vídeo que o tinha postado sobre o Nash criou alguma polêmica. Até mesmo na página dele do YouTube. Alguns dizem que não é o Nash (incluindo pessoas que se dizem próximas dele), outros que é e outros que é ele, mas no primeiro ano do High School, muito novo. Eu confesso que não tenho idéia, mas em alguns momentos do vídeo não parece o Nash mesmo, coisa que eu ignorei porque nem nos seus primeiros anos de NBA o Nash parecia o que ele é hoje. De qualquer forma, para evitar erros, deixo aqui a chance de alguém ver o vídeo antigo. E abaixo posto outro, com menos jogadas, mas que temos certeza que tem imagens dele no colegial.
Alguns jogos em especial ficam conhecidos no meio colegial. Cito três aqui que tem histórias interessantes:
1. Os 100 pontos de Dajuan Wagner
Sim, ele marcou cem pontos em um jogo. Foi contra uma escola ruim, é verdade, mas tente marcar 100 pontos em 40 minutos contra seu irmão mais novo e você não vai conseguir. É considerada uma das melhores, senão a melhor, atuação em nível colegial da história dos EUA.
Wagner saiu do colegial para jogar um ano pela universidade de Memphis e depois foi para o Cavs na NBA. Lá teve um primeiro ano razoável, mas logo depois caiu muito de produção. Um pouco pela pressão que sofria de ser, como diziam na época, “o novo Allen Iverson“, e também por uma doença que acabou quase encerrando sua carreira. A doença se chama “Ulcerative Colitis” em inglês, mas não sei como é em português. Em casos mais simples ela causa “apenas” muitas dores, em casos mais graves até a morte. Para resolver o problema Wagner teve que operar e retirar todo seu cólon. Nunca mais teve chances na NBA e o jogo dos 100 pontos acabou sendo o ápice da sua carreira.
2. Os 72 pontos de Monta Ellis
No primeiro jogo entre a escola Lanier HS e a rival Greenwood, Monta Ellis marcou 65 pontos. Antes do segundo jogo disseram pra ele “Você nunca vai fazer 65 de novo, talvez faça uns 17 dessa vez”. Monta fez 30 pontos só no quarto período e acabou o jogo com 72.
3. Os 61 pontos de Chris Paul
Chris Paul era muito próximo do seu avô, a quem ele chamava de “seu maior fã”, e foi dele que recebeu o boné da faculdade de Wake Forest quando decidiu onde iria jogar no basquete universitário. Algum tempo depois, em um jogo de futebol americano, avisaram CP3 que seu avô havia sido encontrado morto na frente de casa, assassinado.
Chris Paul resolveu fazer uma homenagem no jogo seguinte. Marcaria um pouco para cada ano de vida do seu avô, 61. Ele falou para poucas pessoas sobre a idéia, até porque achava difícil demais, mas quando as bolas foram caindo, a fofoca passou de boca em boca na arquibancada e no fim da partida todos vibravam ao ver o objetivo cada vez mais próximo. Faltando cinco minutos para o fim do jogo, com 59 pontos, Chris Paul fez uma bandeja e sofreu a falta. Já com seus 61 pontos errou o lance livre de propósito, ignorou a chance de quebrar qualquer recorde de pontos e apenas foi para o banco de reservas abraçar o pai.
Pra quem quiser mais vídeos:
O subnutrido Kevin Garnett
Tracy McGrady careca no colegial
Nova geração: Derrick Rose, Tyreke Evans e Eric Gordon
Para os novatos de Bola Presa, links para os nossos outros posts especiais com vídeos:
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Os porta-bandeiras das olimpíadas
Armadores que eu nunca gostaria de marcar
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Faltas fantasmas
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Nosso show da virada com jogadores da NBA cantando

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