>Você deveria jogar basquete

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Dar uma joelhada no saco do seu companheiro não é um bom jeito de continuar no time, Josh.

Eu juro que é o último texto da série. Depois de analisar os jogadores das posições de número um, dois e três (imagine esses números lidos como propaganda da Tele-Sena), chegamos ao último texto da nossa série de jogadores ainda desempregados para a próxima temporada. São os chamados “Big Men”, os jogadores grandões, que jogam na posição 4 e 5, os alas de força e pivôs, que todo mundo olhava na escola e falava “nossa, você é alto, deveria jogar basquete“, ignorando o fato do rapaz gostar ou não do esporte.

Já começo pelo melhor de todos, o Josh Smith. Conhecido por estar sempre no Top 10 da semana com suas lindas enterradas e mais lindos tocos, o Josh Smith é ainda muito jovem e tem um futuro brilhante pela frente, certamente como All-Star e em vários times de defesa da liga. Muitos times já se mostraram interessados por ele mas com o já comentado problema de espaço salarial, ninguém pode dar para o garoto a grana que ele merece. É bem provável que ele continue no Hawks mesmo, só não ficará por lá se algum time conseguir uma troca, em que o Josh Smith assina com o Hawks e logo depois é trocado, o chamado sign-and-trade. Na época da troca do Camby para o Clippers falaram que a idéia do Clippers era mandar o Chris Kaman ou o Camby para o Hawks pelo Josh Smith.

Faz sentido para as duas equipes. O Hawks precisa muito de um pivô e o Josh Smith faria uma dupla arrasadora com o Baron Davis no Clippers, mas para o Hawks seria pior porque o Josh Smith é o melhor jogador da troca, na pior das hipóteses eles teriam que receber o Kaman ao invés do Camby, porque o Kaman é melhor ofensivamente e mais novo, além de receber ainda mais alguma coisa, talvez uma escolha de draft e, por que não, um sign-and-trade com o Shaun Livingston. Se bem que para um cara de joelho estourado, sair do Clippers e ir para o Hawks não é lá muita evolução, esotéricamente falando. Mas que tal um time com Mike Bibby, Joe Johnson, Marvin Williams, Al Horford e Chris Kaman? Acho que faria algum barulho no Leste.

Eu já falei do potencial do Josh Smith, de sua juventude e vitalidade. Mas esqueçam tudo isso de agora em diante. O que tá pegando nos desempregados é a idade, a experiência, os cabelos brancos e a habilidade no nobre jogo de bocha. Quem quiser experiência na sua equipe pode tentar fazer o PJ Brown desistir da aposentadoria, pode ir atrás dos tocos do Dikembe Mutombo, dos arremessos do Robert Horry ou das contusões do Alonzo Mourning, que apesar daquela grave contusão na temporada passada, afirmou que quer continuar na liga.

O PJ Brown foi um bom reserva no Celtics, mas ele é o tipo de cara que só daria certo nesses times quase prontos que precisam de um pouco de experiência, talvez no Hornets ou no Lakers ele desse certo, mas será que ele tem motivação? Ele já tinha dito antes de ir para o Celtics que ia se aposentar e depois ganhou um título, é mais provável que ele queira acabar por cima e ir curtir a aposentadoria na Flórida, o estado americano em que todos os velhos moram.

Outro que mostrou serviço no ano passado foi o Mutombo. Apesar dos seus 76 anos de idade, ele jogou demais na ausência do Yao Ming e distribuiu tocos em todo mundo, o problema é só que ele disse que não quer mais jogar pelo salário mínimo de veteranos, algo em torno de 1 milhão e 300 mil dólares por temporada, o Mutombo disse que acha que merece mais e que ele e seu empresário ficariam (negativamente) surpresos se o Rockets oferecesse só isso. Porém o Houston já está bem acima do limite salarial e ainda tem que reassinar um outro Free Agent que está sem contrato, o meu jogador favorito do Houston, Carl Landry. A torcida do Houston espera ver os dois de volta na próxima temporada, os cartolas também dizem querer, eles só estão vendo como podem fazer isso gastando o menos de verdinhas possível.

Mas falando em salário mínimo de veteranos, acho que o Alonzo Mourning não pode pedir mais que isso, não é? O cara já passou do seu auge faz tempo, já teve problemas graves nos rins e aos 37 anos sofreu uma contusão grave no joelho. Dar uma chance a ele é quase um favor, tipo aqueles amigos que oferecem emprego para os amigos que estão se fodendo na vida. Tá, você pode ser assistente do assistente do estagiário do presidente júnior, mas veja se pára de beber, hein?! Brincadeiras à parte, queria ver ele se despedir das quadras jogando e não agonizando no chão com o joelho estourado.

E será que é favor também assinar o Robert Horry? Depois da atuação medonha dele nos playoffs do ano passado eu diria que sim, mas nunca é bom duvidar de um cara que já ganhou tanto na vida. Algum time por aí deve dar uma chance pra ele se redimir, acho que o Spurs não, li por aí que o Spurs está tentando deixar seu banco de reservas mais jovem (jovem, na língua do Spurs, é alguém com pelo menos 29 anos de idade). Uma opção para o Spurs é alguém que eu sempre achei que jogou bem no próprio Spurs mas que foi sacrificado na troca para ter o Kurt Thomas, ou seja, o Francisco Elson. O Thomas foi bem nos playoffs, acho que até valeu a troca, mas o Elson se encaixava bem no esquema do Spurs e poderia ajudar bastante.

Eu estava me segurando pra não falar dele junto dos velhos, afinal ele nasceu 8 anos depois do Alonzo e 12 anos depois do Mutombo, mas a verdade é que o Jamaal Magloire está jogando como um vovô nos últimos anos. Depois de quase ter uma média de double-double com o Bucks, são três temporadas em que ele não consegue ter médias superiores a 6 pontos e 6 rebotes. E estamos falando de um cara que, irgh, já foi um All-Star. Na temporada passada ele teve médias de 1,8 pontos e 3,4 rebotes em 10 minutos de jogo. Lixo.

Sabe quem teve números parecidos com o do Magloire? DJ Mbenga! Foram 2 pontos e 1,3 rebotes por jogo, além de várias enterradas na cabeça. Qual dos dois acha um time primeiro para a próxima temporada? Estão dizendo que o Lakers deve contiuar com Mbenga já que perderam o Turiaf para o Warriors, enquanto o Magloire tem chances de conseguir um contrato pelo nome que ainda tem, quer dizer, enquanto o Mark Blount for o pivô titular do Miami qualquer pivô tem alguma chance de conseguir um contrato. Menos o Scott Pollard, ele não tem chance alguma, a única coisa boa nele é o bom gosto nos penteados.

Os outros gigantes que podem tentar uma vaguinha no Miami são Paul Davis, ex-Clippers que já teve alguns jogos bons apesar de ser branco; Michael Doleac, que já desfilou sua falta de categoria em Miami; Melvin Ely, aquele grosso que nem o Chris Paul conseguia fazer jogar bem em New Orleans; e o meu favorito, o David Harrison, o cara que jogava no Pacers e que uma vez ameaçou o nosso querido Matt Bonner de morte. Ele é meio doido mas não é ruim não, tem jogo pra ser reserva em muito time por aí.

Pronto, agora eu prometo que acabou essa sessão de desempregados, já que o Bola Presa não é jornal de domingo. Agora é se preparar para as Olimpíadas, onde todo mundo tem time pra jogar e ninguém liga para salários.

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