Lembram que Blake Griffin se lesionou socando o seu ex-amigo roupeiro do Clippers? Pois Griffin, ainda lesionado, finalmente voltou ao banco de reservas da equipe – e alguém achou que era uma boa ideia deixar toda essa história de briga pra lá e reafirmar a união do elenco. Assim que Griffin chegou no banco e cumprimentou o roupeiro, alguém tirou uma foto e os engravatados da equipe acharam de bom grado publicá-la no Twitter para deixar para trás o mau entendido, utilizando a hashtag “Família” na postagem. O problema é que nenhuma boa alma OLHOU PARA A FOTO antes de publicá-la.
[image style=”” name=”on” link=”” target=”off” caption=”Falsiane”]http://bolapresa.com.br/wp-content/uploads/2016/02/griffin_dap.jpg[/image]
O funcionário parece inteiramente contrariado, as pessoas em volta parecem com medo de que ocorra a Terceira Guerra Mundial, a galera na arquibancada está ou descrente ou dando sorrisos cínicos, o punho esquerdo do Griffin está cerrado como se pronto para um HOMICÍDIO, e a mão estendida para o cumprimento é tão COLOSSAL perto da mãozinha do funcionário que é impossível não pensar quão absurdo foi o acidente de trem que foi o soco que o atingiu.
.@LAClippers #family pic.twitter.com/Kot7OTNvNs
— Adam Wilson (@ad_wilson) February 19, 2016
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— Andrew Ungvari (@DrewUnga) February 19, 2016
@LAClippers #family pic.twitter.com/rugdekwpmt
— Meridian Made (@Mr_Aznar) February 19, 2016
Que tal sentar na beira da quadra e quando o LeBron for reclamar com o árbitro, você simplesmente gritar com ar de mãe autoritária para que ele ENGULA ISSO E FIQUE QUIETO? Pois foi o que a milionária Judy Love fez, e o LeBron achou tão engraçado levar uma falta técnica logo depois do grito (audível no meio da transmissão da TV) que até postou no seu Instagram. O LeBron que fique esperto, quando a gente comprar o Bucks e sentar na beira da quadra vai ser bem pior!
Os arremessos de três pontos não ficaram apenas mais importantes na NBA atual, eles também estão sendo executados com maior precisão. Como Tom Haberstroh aponta, comparar a porcentagem de aproveitamento nos arremessos de três pontos de antigamente com a de hoje é injusto demais – por conta dos modelos defensivos e das regras atuais, Larry Bird, um dos maiores arremessadores de todos os tempos, sequer entraria nas 100 melhores porcentagens de bolas de 3 na carreira, uma lista dominada por jogadores recentes. Mas é possível comparar os arremessos que foram dados sem regras, tática ou defesas: aqueles dados no campeonato de 3 pontos do fim de semana do All-Star. Em 1987, por exemplo, o primeiro campeonato com registro em vídeo, quando Bird venceu uma lista fantástica de especialistas como Byron Scott e Danny Ainge, todos os competidores acertaram em média 46% dos seus arremessos de três. Na competição do ano passad, vencida por Steph Curry, o aproveitamento coletivo foi de mais de 58%! Entre esses dois extremos, a porcentagem foi aumentando aos poucos ano após ano, o que não resta dúvidas: a NBA gera cada vez mais especialistas no perímetro, e a tendência é que isso continue crescendo.
Não foram só as bolas de 3 pontos que mudaram na NBA: de acordo com Ben Cohen, as estrelas nunca jogaram tão poucos minutos quanto agora. Dez anos atrás, apenas dois jogadores do All-Star jogavam menos de 34 minutos, e os dois sofriam com lesões. Cinco jogadores ficavam em quadra mais de 40 minutos por jogo. Hoje, a média de minutos dos participantes do All-Star é de 34 minutos, e NENHUM joga mais do que 37 minutos por jogo. Nunca se descansaram tanto as estrelas para poupá-las de lesões como hoje, o que por si só já complica qualquer comparação que queiramos fazer com estatísticas e números de antigamente. Stephen Curry não jogou 40 minutos em nenhuma partida dessa temporada – quais seriam seus números se tivesse esses minutos de MÉDIA?
Da série “Kelly Olynyk de vencedores estatísticos inusitados”: nas últimas 30 temporadas do Bulls, os jogadores com mais jogos de ao menos 20 pontos, 5 rebotes, 5 assistências e 5 tocos são Scottie Pippen (com 3 jogos), Michael Jordan (com 2 jogos) e… Pau Gasol (com 2 jogos também). Que tal?
Most Games With 20 Pts/5 Reb/5 Ast/5 Blk
Bulls Past 30 Seasons
Scottie Pippen 3
Pau Gasol 2
Michael Jordan 2
>>Through tonight— ESPN Stats & Info (@ESPNStatsInfo) February 22, 2016
Fim do período para trocas na NBA é sempre igual: gente trocada contra sua vontade, gente dizendo que “no fim das contas a NBA é um negócio” e choradeira pra todo lado. Mas nenhuma troca gerou mais choradeira do que a que tirou Anderson Varejão do Cavs. Choradeira na internet, de gente indignada, e choradeira literal, como a da criança que cai no choro quando o pai avisa que o Varejão não faz mais parte da equipe. O mais legal é a criança querendo saber se o LeBron e o Kyrie Irving foram trocados também, como se o Varejão estivesse NO MESMO NÍVEL. Muito fofo.
Kobe merece um vida de Netflix especialmente quando a gente vê momentos como esse: na sua despedida contra o Spurs, sabendo que os fãs lotaram o ginásio do Lakers apenas para vê-lo jogar pela última vez contra Duncan, Kobe deslocou um dedo numa jogada boba e, ao invés de sair de quadra, simplesmente ENFIOU O DEDO DE VOLTA NO LUGAR e voltou pra partida como se nada tivesse acontecido. É genial ver o Kobe reagir ao dedo sendo colocado de volta com uma mísera abaixada de bumbum e depois fazer a cara mais Duncan do mundo voltando pra quadra como se estivesse passeando no parque.
Pra quem Kobe joga mesmo com dedos deslocados? Para gente como esse par de italianos que ABANDONARAM SEUS EMPREGOS para fazer o tour de despedida do Kobe e acompanhar toda a sua última temporada:
Um que não tem emprego pra abandonar mas também quer acompanhar o tour de despedida é o lendário Gilbert Arenas. Depois de descobrir que os ingressos para o último jogo do Kobe em Los Angeles estão ESGOTADOS desde já, Arenas foi na sua conta de Instagram e pediu para o Lakers um contrato de 10 dias – aquele contrato furreca não-garantido que os times assinam para testar jogadores – só para estar sentado no banco de reservas da equipe e assistir o último jogo do Kobe de pertinho. Mas ele foi exigente: não quer sentar na cadeira mais longa, que é onde senta o Ron Artest, porque “ele até parece um segurança do ginásio quando veste preto”, não quer sentar perto do Nick Young ou do Roy Hibbert para “não pegar Síndrome de Down” (?!), não quer sentar perto do Robert Sacre porque “sua cabeça gigante vai atrapalhar”, e quer sentar o mais longe possível do Byron Scott porque “ele coloca qualquer um que estiver sentado perto dele para jogar”. Gilbert Arenas pode estar aposentado, mas ele ainda é a maior metralhadora de bobagens que a NBA já viu.
“Cara, eles estão em todos os lugares da quadra. Sequer entendo como isso é possível. Como Pippen pode estar marcando pressionado na quadra de ataque, de repente estar no meio da quadra e então de repente estar pegando um rebote na defesa – como isso é fisicamente possível? Essa foi provavelmente a maior lição que aprendi.”