🔒Filtro Bola Presa #31

Voltamos com mais um Filtro Bola Presa, nossa coleção semanal de causos charmosos da NBA. Tudo que não virou ou não virará um gigantesco post de mil parágrafos vem parar aqui para que possamos contemplar a beleza do lado alternativo do basquete. Nessa semana corrida o Filtro demorou um pouquinho a mais (o que significa que ele está mais RECHEADO de coisas!), mas pelo menos podemos nos orgulhar de não ter demorado tanto quanto o Antetokounmpo para cobrar um lance livre.

No que são provavelmente os 6 minutos MAIS CHATOS DA HISTÓRIA HUMANA, é possível acompanhar abaixo um vídeo da temporada passada com todos os oito lances livres cobrados pelo Antetokounmpo contra o Blazers e como o DESESPERO da equipe de Portland vai aumentando conforme eles percebem que estão envelhecendo, que seus filhos estão se formando e que poderiam estar fazendo algo melhor com suas vidas do que assistir ao grego olhar para a cesta. A partir dos 5 minutos de vídeo os jogadores do Blazers começam até a contar em voz alta para mostrar como o limite de 10 segundos para cobrar lances livres é estourado todas as vezes. Mas os juízes não marcaram uma única vez.

Um ano depois, eis que a vingança chegou: Antetokounmpo FINALMENTE tomou uma rara marcação de violação do limite de 10 segundos – e, olha que legal, foi justamente contra o Blazers. Imaginem se o James Harden demorasse tudo isso pra bater um lance livre? O Rockets só conseguiria jogar uma partida por fase da Lua.


Além do Blazers, quem cansou de esperar foi John Wall. Comentamos em nossos podcasts anteriores que John Wall, frustrado com sua equipe que supostamente deveria estar se saindo bem melhor na temporada, estava apático e desmotivado com a situação. Russell Westbrook, que está em situação semelhante de elenco, joga completamente possuído por um senso de urgência, colecionando números pessoais e vitórias. É uma diferença interessante de atitude que mostra como às vezes a personalidade de um jogador influencia seus resultados em condições específicas em quadra. Mas parece que o John Wall resolveu sair do seu torpor: marcou CINQUENTA E DOIS PONTOS contra o Orlando Magic, dando 31 arremessos e convertendo 5 bolas de três pontos. Resultado? Se tornou o primeiro jogador da história do Wizards a marcar 50 pontos ou mais numa DERROTA da sua equipe. Ou seja: não adianta.


Triste do John Wall por não jogar no Spurs. Por lá a situação não está apenas boa, ela CONTINUA boa – HISTORICAMENTE boa. Se ganhasse do Bulls em Chicago na semana passada, o Spurs teria se tornado a única franquia atual da NBA a ter vencido a METADE dos seus jogos fora de casa, um aproveitamento inacreditável em qualquer esporte. Como infelizmente perderam a partida, estão com 814 vitórias e 816 derrotas fora de casa em sua história.

Ainda assim, Popovich não ficou nada satisfeito. Quando perguntaram para ele se era responsável pelos jogadores terem parecido desanimados e pouco comprometidos com o jogo, Popovich respondeu que “ele não entrou em quadra” e que não precisa ficar dando discursinho pra motivar jogador: eles são JOGADORES, precisam jogar, e que ninguém fica motivando médico para agir como médico. Esse é o tipo de postura que tornou o Spurs um modelo de profissionalismo: se você não se compromete com o coletivo da equipe, nem fica no elenco.


Por falar em coletivo, que tal Luis Scola ganhando o “Troféu de Melhor Ser Humano” do Bola Presa por usar transporte coletivo? Após cada um dos seus jogos em New Jersey, Scola volta para casa usando o metrô e, quando abordado por torcedores que dizem que estavam no jogo, ele responde “eu também”.


Só espero que ninguém fique encarando o Scola no metrô da mesma maneira que DeMarcus Cousins ficou encarando o lance livre de Joakim Noah. É muito engraçado como Cousins simplesmente NÃO SE CONFORMA com a mecânica de Noah e não tem nenhum pudor de deixar isso bem óbvio na cara dele:

A mecânica de arremesso de Noah, carinhosamente apelidada de “tornado” porque a bola sai girando mais do que Porta-bandeira no carnaval, sempre deixou os outros jogadores da NBA perplexos num misto de admiração e horror. Em 2012, o banco do Clippers ficou famoso num vídeo tentando entender o que raios estava acontecendo com o arremesso de Noah:

E mais cedo nesse ano, como mostramos em outro Filtro, até uma CRIANÇA tirou uma com o Noah:


É que não é todo mundo que sabe lidar com a diferença como Devin Booker, protagonista de umas das melhores histórias da NBA nos últimos tempos. Após perceber que toda vez que ele ia se aquecer para os jogos em casa havia uma fã com síndrome de Down que chegava mais cedo e vibrava com cada cesta sua durante o treino, Booker resolveu ir lá e conhecê-la. A torcedora era a Jenna, de 17 anos, que comparece a todos os jogos do Suns em casa. Os dois começaram uma amizade imediata porque Booker, que tem uma irmã de 14 anos com uma síndrome cognitiva rara, sente-se inteiramente confortável ao lado de Jenna e a trata como uma pessoa normal, conversando com ela com naturalidade. Agora Booker sempre passa pelo assento de Jenna para saber como ela está antes dos jogos.

Além disso, quando Booker foi escolhido pelo Suns para representar a franquia no sorteio do draft, não pensou duas vezes e imediatamente ligou para Jenna para levá-la junto com ele para o evento. A história inteira é sensacional e o vídeo com ela pode ser visto aqui.

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Para balancear essa história sensacional, temos a pior história da semana: uma ameaça de bomba no avião do Boston Celtics. A ameaça telefônica colocou toda a tripulação do avião em estado de alerta, mas como eles estavam plenamente confiantes na vistoria que havia sido feita antes da decolagem, resolveram avisar apenas ao técnico Brad Stevens e fazer uma nova checagem no avião sem causar nenhum alarde. Só quando pousaram e foram recebidos por dezenas de policiais, bombeiros e imprensa é que o elenco do Celtics percebeu o que havia acontecido. Depois ainda tiveram que passar por entrevistas com o FBI para tentar encontrar alguma pista do ocorrido. No meio dessa loucura, é incrível a calma e tranquilidade de todos os envolvidos – com exceção do Brad Stevens, que afirmou não ter a menor ideia do que fazer numa situação dessas, mas que confiou inteiramente nos envolvidos. Por sorte tudo não passou de um alarme falso e evitamos mais um desastre humano e esportivo.


Se Kobe Bryant foi por muito tempo o símbolo maior de um NERD DE BASQUETE, estudando obsessivamente todos os elementos do jogo, parece que com sua aposentadoria o posto já está em novas mãos: LeBron James. Famoso por ter se apaixonado pelo estudo de vídeos de suas próprias jogadas durante seu tempo em Miami, alimentado por uma das melhores comissões técnicas em estatística avançada, agora LeBron está se aproveitando da possibilidade de ter suas jogadas gravadas e analisadas em tempo real para assistí-las enquanto está NO BANCO DE RESERVAS! Nos poucos minuto em que passa no banco descansando, LeBron pega um tablet e estuda as próprias jogadas que executou durante a partida para tentar melhorar sua movimentação, posicionamento e leitura da marcação. É um grau de comprometimento que a tecnologia agora tornou possível e alguns poucos jogadores estão aproveitando avidamente.


Alguns jogadores, no entanto, possuem uma visão perfeita da quadra mesmo sem tablet nas mãos. Nessa semana Chris Paul se tornou o primeiro jogador da história da NBA a marcar 20 pontos, dar 20 assistências e não cometer NENHUM TURNOVER ao longo de um jogo. Como visão “20 por 20” é sinônimo de visão perfeita – aquela que Chris Paul obviamente tem para conseguir 20 pontos e 20 assistências num jogo – que tal lembrar do feito colocando na sua parede esse teste de visão dos oftalmologistas?

Curioso e irônico que o próprio Chris Paul era um CEGUINHO, como mostramos num filtro passado.


Sabe quem não enxerga mais nada? Enes Kanter. Motivo? Ele morreu, vítima de uma enterrada ABSURDA de Sam Dekker, aquele jogador que supostamente está no elenco do Rockets apenas para arremessar bolas de três. Para a nossa sorte, parece que não se fazem mais arremessadores como antigamente…


O Raptors está em grande fase, tendo vencido 10 das suas últimas 11 partidas. Contra o Celtics, a vitória veio graças aos 34 pontos de Kyle Lowry, que virou o jogo no segundo tempo. Após o jogo, quando perguntaram ao vivo para DeRozan qual foi o plano do time após o intervalo, ele foi categórico: “dar a bola para o Kyle Lowry”. O mais engraçado é que Lowry estava fazendo micagem para a câmera quando ouve a resposta e fica EUFÓRICO de saber que ele era o plano de jogo. Sinal de família feliz!


Mas nada supera o momento família do Warriors nessa semana. Ian Clark foi convidado para a cerimônia que aposentaria a camiseta que ele usou na sua escola de Ensino Médio e vários jogadores do Warriors resolveram ir junto para comemorar. Sensacional ver tantas estrelas consagradas sentadas na arquibancada de uma quadra de escola durante a celebração

Que somos todos embiideiros aqui no Bola Presa, todo mundo sabe, mas esse motivo aqui pode ser novidade: enquanto Joel Embiid está em quadra, seu Sixers tem o MELHOR ranking defensivo da NBA; quando ele sai de quadra, eles tem o PIOR ranking defensivo da NBA. O problema é que Embiid só jogou 16 partidas até agora e está limitado a 20 minutos por jogo por conta de sua recuperação, senão já teríamos SIXERS CAMPEÃO. #empolgou

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Embiid volta e meia fica muito frustrado com sua limitação de 20 minutos, imagina então Mario Hezonja, que chegou na NBA todo cheio de pompa, e está jogando míseros 10 minutos por jogo nessa temporada – uma diminuição considerável depois de ter jogado quase 18 minutos por jogo em sua temporada de novato. Hezonja ainda não se manifestou, mas já tem torcedor solitário gritando “free Hezonja” na arquibancada! #freehezonja

O mais legal é que o torcedor solitário é o Sbub, nosso querido amigo, parceiro e IDEALIZADOR da Força Nominal. Ele mandou mensagem dizendo que estava vendo o jogo no ginásio e o Denis pediu que ele gritasse #FreeHezonja para o técnico acordar!


Para alguns, fim de semana é hora de descanso, para outros é hora de TRABALHO. O Blazers é um exemplo: ganharam apenas 3 partidas com 8 derrotas em jogos disputados às segundas, terças, quartas e quintas, mas ganharam 8 vezes com somente 2 derrotas em partidas às sextas, sábados e domingos! E você achando que estatísticas avançadas não serviam pra nada…

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Para fechar a semana, vamos para a nossa SESSÃO IBAGENS! Imperdível a arte de Lou Rosen, que colocou cenas icônicas da NBA dentro de contextos cotidianos. É como aqueles memes da internet que pegam cenas de pornografia e encaixam os atores em momentos banais do dia-a-dia, mas aqui as pessoas estão vestidas. São todas fantásticas, mas a do Duncan abraçando o último abacaxi em promoção no mercado ao invés de abraçar tradicionalmente a bola de basquete antes dos jogos eu queria na minha parede, por favor.


MASCOTES POWER RANKING

Abrimos o Power Ranking dessa semana com uma foto épica: tem coisa mais legal do que um monte de pelúcia reunida numa mesma sala?

Resposta: sim, um monte de pelúcia reunida numa mesma sala e lutando JUSTA! O primeiro lugar nessa semana é fácil de decidir, afinal vários mascotes tiveram uma competição de justas, aqueles lanças medievais, em cima de hoverboards e apenas um deles sagrou-se campeão, o aniversariante Gorilla, do Suns! Parabéns pela vitória e bem-vindo ao nosso ranking!

Além disso, Jenna – a amiga do Devin Booker em nossa história lá em cima – disse que também é amiga do Gorilla, mas que ele nunca disse uma só palavra. Exemplo de profissionalismo!

Em semana de estreia de filme novo do Star Wars (spoiler: “Rogue One” é legal pra caramba!), a segunda colocação foi para Hooper, do Pistons, que se vestiu a caráter e se descreveu como “o cavalo de robe” para que as pessoas o encontrem mais fácil!

O ranking fica assim:
Benny > 20
Raptor > 10
Moondog > 10
Grizz > 10
Hugo > 10
Rumble > 10
Gorilla > 10
Harry > 5
Clutch > 5
Stuff > 5
Coyote > 5
Hooper > 5

Torcedor do Rockets e apreciador de basquete videogamístico.

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