🔒Filtro Bola Presa #8

A temporada do Warriors é tão absurda com sua única derrota até agora que acaba ofuscando um pouco o restante da liga. Mas na miúda, sem muita atenção, eis que o Spurs já está com uma diferença de pontos (a média de pontos que o time faz a mais do que leva por jogo) de surreais 13.2, maior do que os 13.1 do Warriors. E se vencer os adversários por uma média de mais de 10 pontos já é assustador, o que dizer da marca dos últimos 9 jogos, em que o Spurs venceu suas partidas com uma vantagem média de 22.2 pontos? Não são vitórias, são atropelamentos. Parte essencial desse resultado é a defesa do Spurs, que estatisticamente é a melhor que a equipe coloca em prática desde a temporada 2003-04. Se o ataque ainda tem bastante o que melhorar, imagina só o tamanho do estrago que essa equipe pode fazer nessa temporada.


Por falar em números impressionantes, Damjan Rudez, em seu segundo ano na NBA, conseguiu o lendário “1 milhão” contra o Nuggets: um jogo com 1 falta, 0 pontos, 0 rebotes, 0 assistências, 0 tocos, 0 roubos e 0 turnovers, e isso em 11 minutos de jogo. Não achem que é simples: tenho certeza que se eu ficar PARADO no garrafão o tempo inteiro, consigo mais números do que ele, nem que seja em turnovers para pelo menos mostrar que eu passei por ali. Pra provar que o seu “1 milhão” não foi por pura sorte, Rudez fez outros TRÊS seguidos, dois deles com uma única falta no boxscore e um com um simples rebote, num total de 19 minutos jogados.


Manu Ginóbili já pode começar a pensar seriamente em aposentadoria quando começa a pipocar uma molecada que recebeu o mesmo nome que ele. É um atestado não apenas do seu impacto na história do basquete, mas também que a nova geração está aí para assumir o lugar. Essa semana o Manu Ginóbili conheceu pessoalmente o pequeno Manu Ginóbili, que é tão novinho que nunca sequer viu o jogador com cabelo.

[image style=”” name=”on” link=”” target=”off” caption=”Ao se tocarem para um abraço, os dois pularam no chão simulando uma falta”]http://bolapresa.com.br/wp-content/uploads/2015/12/Manu.jpg[/image]


A nova geração de pivôs não cansa de surpreender. Andre Drummond é um monstro nos rebotes, uma força defensiva, mas o que impressiona é quão refinado é seu jogo embaixo da cesta. Depois de passar tantos anos vendo pivô brucutu que não sabe nem amarrar cadarço, agora temos esses tratores humanos que conseguem dar girinho, ganchinho, e até acertar arremesso do meio da quadra com direito a quebra de munheca e tudo:

E como se não bastasse, Drummond ainda teve seu momento armador driblando e DERRUBANDO Chris Paul no processo pra humilhação ficar completa. É o pivô do futuro!


Nosso leitor Gabriel Andrade de Paula mandou um vídeo do canal da Liga ACB com outro “pivô do futuro” numa cena de humilhação, mas dessa vez é humilhando a si mesmo. Parece que o Sevilla ficou famoso por pirar na batatinha no vestiário e Porzingis, então jogador do time, participa da brincadeira com direito a DANCINHA SENSUAL e tudo. Momento comparação panaca obrigatória: o Porzingis tem bem mais jogo de cintura do que o Nowitzki, pode comprovar.


Agora é hora de falar dos velhinhos: é o nosso já consagrado “Momento vamos falar do Kobe porque ele vai aposentar e depois não vamos falar nunca mais pra não ser esses tiozão que só sabe falar do passado” (marca registrada). Nessa semana, o Kobe teve um momento vintage e enterrou (por pouco, admitamos) em cima do Clint Capela, do meu Houston. Foi tão ofensivo que eu até adoeci no processo, mas agora já estou legal.

A enterrada gerou as melhores reações: o Kobe fez cara de quem tinha aprontado uma traquinagem, o Dwight Howard não conseguiu segurar a risada, e o D’Angelo Russell invadiu a quadra e acabou tomando uma falta técnica. E o Kobe ficou tão feliz com a enterrada que ele ficou lá rindo da vida ao invés de engolir o D’Angelo com azeite.

O Capela levou tudo na esportiva: disse que o Kobe admitiu que surpreendeu a si mesmo com a enterrada, e que foi surpreendido também. Mas no momento “surpresa nenhuma” da semana, o Lakers perdeu no final.


Não foi só o Capela que tomou enterrada na cabeça. Como às vezes é o dia da caça, outro o do caçador, sobrou para o LeBron James tomar uma cravada do Steven Adams na cabeça.

Perguntado depois do jogo sobre “ter tomado uma enterrada do Scott Adams”, LeBron respondeu:

“Primeiro, o nome dele é Steve e não Scott mas tudo bem, ele parece um Scott por causa do bigode, eu acho. Já estive dos dois lados disso antes. Já tomei enterradas e o contrário também, acho que em maior número inclusive.”

É oficial: o Bola Presa passará a chamar todos os jogadores de bigode de “Scott”.


LeBron tem um motivo pra não se importar muito com seu confronto com Steven “Scott” Adams: 391 jogadores enfrentaram LeBron James mais de 10 vezes em suas carreiras, e após marcar 8 pontos a mais que o Durant no confronto entre os dois essa semana, LeBron oficialmente marcou mais pontos totais do que TODOS os seus adversários durante seus confrontos diretos.

É tanto atropelamento que o LeBron até se empolgou e fez isso:

O mais legal é que um segundo antes de ser completamente destruída, a moça dá um sorrisinho meio constrangido de quem pensa “ai, vou aparecer na TV” ou algo assim. Volta e meia os jogadores caem no colo de alguém, um ou outro torcedor ganham um galo na cabeça e depois como compensação ganham uma camiseta autografada ou outro prêmio equivalente. Mas nesse caso a trombada foi tal que a moça ganhou um colar cervical:

[image style=”” name=”on” link=”” target=”off” caption=”Acidente de trem”]http://bolapresa.com.br/wp-content/uploads/2015/12/LeBron1.jpg[/image]


Será possível que alguém no Bulls sente saudades do Tom Thibodeau, um dos técnicos mais pentelhos e disciplinadores da NBA? Quando perguntado sobre o novo técnico Fred Hoiberg, Jimmy Butler respondeu:

“Desculpa, sei que Fred é um cara tranquilão, e realmente o respeito por isso, mas quando os caras não estão fazendo o que deveriam fazer, você precisa ser duro com eles, incluindo comigo.”

Além de saudade do Thibs, parece que o Jimmy Butler não está muito feliz com o resto da equipe. Não só tem jogadores não fazendo o que deveriam como até a bola resolveu ser desobediente essa semana, ficando parada em cima do aro após um tapinha do Joakim Noah, que ficou lá embaixo gritando “get down, bitch!” em alto e bom som em cadeia nacional. Super racional.


A bola desobedeceu e não caiu. Mas sabe o que caiu? O dente do Dennis Schroder:

A reação dele quando o dente pinga na quadra é sensacional. E foi impressão minha ou ele guardou o dente dentro da MEIA?


Outras coisas caindo: Channing Frye deixou seu protetor bucal cair no chão durante uma cobrança de lances livres. Até aí, ridículo mas compreensível, especialmente levando em conta como esses jogadores mastigam seus protetores como se fossem chiclete. O problema foi Frye pegar seu protetor imediatamente e colocá-lo de volta na boca, o que gerou uma reação indignada (e nauseada) por parte de toda a torcida do ginásio:


A nova leva de pivôs mata a pau: ao atingir 104 tocos na temporada, Hassan Whiteside conseguiu a façanha de ter mais tocos sozinho do que quatro times inteiros até agora: Wizards, Cavs, Mavs e Pistons. São 4 tocos por jogo de média, e isso em míseros 28 minutos por jogo. É o suficiente para assustar ataques inteiros independente de quão eficiente seja sua defesa de fato.


Vendo os números totais dos times, surge uma elite óbvia: cinco times estão tanto no top 10 de defesa quanto de ataque na temporada até aqui: Warriors, Cavs, Spurs, Pacers e Hornets, com o Thunder batendo na trave com o segundo melhor ataque e a décima primeira melhor defesa. Mas existe uma elite da elite, e ela é surpreendente: apenas dois times estão no top 5 tanto de ataque quanto de defesa, Spurs e Cavs. Nada de Warriors nesse grupinho seleto.


Acompanhar o Miss Universo é uma tradição antiga do Bola Presa, mas esse ano não conseguimos comentar ao vivo como queríamos. Acabamos perdendo com isso a chance de acompanhar com vocês um dos momentos mais constrangedores da história humana.

Primeiro teve o apresentador voltando pro palco, depois de tudo quase encerrado, pra avisar que tinha cometido um erro – e todo mundo achando que era uma piada. Humorista só se lasca, ninguém acha que ele está falando sério nunca na vida. Quando finalmente o aviso do erro foi dado nos alto-falantes, alertando que haviam coroado a vencedora errada, a Miss Filipinas não faz ideia se pode ou não comemorar, e tudo enquanto a Miss Estados Unidos reage do lado como se estivesse acontecendo uma reviravolta de filme da Disney.

E o pior de tudo foi que a equipe de apoio já tinha saído do palco, não tinha ninguém pra entrar e colocar ordem na casa, colocar a Miss Filipinas nos holofotes e, o PRINCIPAL, tirar a coitada da Miss Colômbia da situação mais merda possível, em que ela estava no centro do palco com a coroa sabendo que na verdade tinha perdido. Levou anos pra ela finalmente poder sair de lá pra chorar em paz, e ainda teve o momento humilhação de ter a coroa arrancada enquanto tenta fazer cara de Duncan, com a Miss Filipinas fazendo um péssimo trabalho em esconder a empolgação.

Depois disso, o Bola Presa se compromete a nunca mais perder a cobertura de um Miss Universo. E os sacanas de plantão podem guardar todos esses vídeos da coroa sendo retirada para usar caso o Warriors não seja campeão ao fim da temporada. Fica a dica.

Torcedor do Rockets e apreciador de basquete videogamístico.

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