🔒O melhor ataque da história

Os Playoffs da NBA sempre serviram como uma vitrine importante para que os leigos e os fãs mais casuais pudessem conhecer as estrelas e os times em ascensão de um determinado momento. É comum que alguns torcedores, sobrecarregados pela quantidade obscena de jogos da temporada regular, aguardem a pós-temporada para se inteirar das forças dominantes e das novas estrelas, caçando aqui ou ali apenas as notícias mais importantes durante o restante do ano. Mesmo alguns fãs mais próximos da NBA muitas vezes só possuem tempo suficiente para acompanhar as equipes para as quais torcem, tendo contato com os demais times apenas nos confrontos diretos ou nas notícias e recordes mais bombásticos.

Apenas na sétima colocação do Oeste, sem pretensões de título, longe das expectativas que cercam a metade de cima da tabela e sem uma das já consolidadas estrelas dos times rivais, é natural que o Dallas Mavericks tenha passado despercebido por grande parte dos torcedores. É claro que todo mundo ouviu falar, de um jeito ou de outro, de Luka Doncic – há um fascínio natural pelas jovens estrelas, seja porque podemos acompanhar suas trajetórias desde o começo, seja porque queremos bradar que elas nunca alcançarão as conquistas dos nossos ídolos – mas é difícil compreender, sem um olhar mais aproximado, quão bom Doncic verdadeiramente é ou qual é o seu real impacto no Mavs e na própria NBA. Para isso, serviram os Playoffs: o Mavs não ultrapassou a primeira rodada, foi eliminado pelo favoritíssimo Los Angeles Clippers, mas no seu esforço hercúleo garantiu que qualquer torcedor, do leigo ao mais dedicado, tivesse noção de sua grandeza. Doncic é, já no presente, o futuro da NBA, e agora não há como deixar de perceber.


Diz a lenda que os próprios jogadores do Dallas Mavericks não estavam cientes, durante a temporada regular, que possuíam o melhor ataque da história da NBA: um jogador disse que foi alertado fora das quadras por um amigo; outros confessaram que só perceberam quando o técnico Rick Carlisle avisou numa das reuniões do time após a pausa da temporada. O prêmio de “melhor ataque”, no caso, não é fruto de uma visão subjetiva de ataque mais vistoso, mais imponente; vem de uma leitura estritamente fria, matemática. “Melhor ataque”, aqui, significa “ataque mais eficiente”: nunca na história da NBA um time fez mais pontos a cada posse de bola. Isso quer dizer que outros times já marcaram mais pontos por jogo, mas correndo mais e com isso gerando mais posses de bola por partida; outros já marcaram mais pontos por jogo, mas desperdiçando mais a bola, estragando várias posses de bola; e outros já converteram bem mais arremessos por jogo, mas em bolas que valiam dois pontos ao invés de três.

O Mavs é essa mistura perfeita de arremessos de três pontos (é o time que mais converte bolas de três na temporada, com 15 por jogo, acima até do Houston Rockets que é montado para SÓ FAZER ISSO), pouquíssimos desperdícios de bola (12.7 por jogo, terceira melhor marca da temporada) e ritmo lento e controlado (em velocidade, é apenas o décimo oitavo time mais rápido da liga). Pode não ser um ataque tão vistoso, não tem estrelas em todas as posições e, no teste do olho, não parece fazer frente ao atual segundo colocado, o ataque do Warriors da mítica temporada 2018-19. Mas ainda assim é um ataque mais eficiente, que aproveita ao máximo as posses de bola que tem, e que gera uma quantidade nunca antes vista de arremessos de três pontos convertidos.

Isso vai contra uma visão de que os melhores ataques modernos são aqueles que CORREM para pegar as defesas adversárias desprevenidas. Apenas 11% dos arremessos que o Mavs dá por jogo ocorrem nos primeiros 6 segundos do cronômetro de posse de bola, a menor marca dentre todos os times nessa temporada, o que mostra que a equipe prefere construir suas jogadas para manter o alto aproveitamento. Mas a visão de que o perímetro é o foco central do basquete moderno é reforçada: 57% de todos os arremessos do Mavs acontecem fora do garrafão, a maior marca da NBA – o Rockets até tenta uma porcentagem maior de seus arremessos no perímetro, mas os complementa com bandejas, o que não é exatamente o caso do Mavs.

E ainda assim, com esse basquete de meia quadra focado inteiramente no perímetro, temos uma aberração perto do aro: Luka Doncic está entre os 10 jogadores que mais pontuaram dentro do garrafão na temporada, à frente de LeBron James, Anthony Davis, James Harden e uma infinidade de alas e pivôs que supostamente dominam o jogo próximo à cesta. É um desses casos de cobertor curtíssimo: a cada corta-luz, as defesas precisam decidir se defendem Doncic, um dos 10 maiores pontuadores da NBA dentro do garrafão, ou se defendem o perímetro, onde seus companheiros acertam mais arremessos de três pontos do que qualquer outro time. E quem decide se infiltra ou se aciona seus companheiros, sem desperdiçar a bola para manter o ataque eficiente, é o jovem Doncic – e praticamente o tempo todo. Doncic finaliza com cestas ou assistências mais de 35% de todas as jogadas do seu time, praticamente empatado com James Harden e só atrás de Giannis Antetokounmpo, que o faz em 36% das jogadas.

A NBA atual assiste ao auge dos jogadores “quarterbacks”, atletas que passam a maior parte do tempo com a bola nas mãos e tomam praticamente todas as decisões importantes de seus times. Somado a Doncic, temos QUINZE jogadores que finalizam ao menos 30% de todas as jogadas de seus times nessa temporada – incluindo aí de times candidatos ao título a times em reconstrução. Temos Bucks (com Atentokounmpo), Rockets (Harden e Westbrook), Clippers (Kawhi Leonard), Sixers (Joel Embiid), Lakers (LeBron James), Hawks (Trae Young) e Jazz (Donovan Mitchell), só para citar alguns. Doncic é apenas um dos mais badalados expoentes de uma tendência inegável no basquete moderno – uma tendência que está gerando não apenas os melhores ataques de todos os tempos, mas também os jogadores mais produtivos da história.

Para termos uma ideia, esse ataque mais eficiente já visto na NBA marca apenas 6 pontos a mais a cada 100 posses de bola do que a média da liga nessa temporada. Ou seja, é um ataque espetacular, sem precedentes, mas que não é tão superior assim ao resto da liga – outros 23 ataques na história da NBA conseguiram vantagens maiores à média de suas respectivas temporadas. Na prática, isso significa que a gente não percebe exatamente quão bom o ataque do Mavs é porque todos os outros ataques dessa temporada subiram a níveis históricos. Com os jogadores, ocorre a mesma coisa. Há uma estatística surrealmente complexa, o “PER”, que tenta medir a produtividade de um jogador e adequá-la ao ritmo do jogo de seu tempo, de modo que seja possível comparar a produção de atletas de diferentes times e épocas. Segundo essa estatística, as 5 melhores temporadas de um jogador na história da NBA incluem a de Michael Jordan na temporada 87-88, a de Wilt Chamberlain na temporada 62-63, e TRÊS jogadores da temporada atual: Antetokounmpo (com a melhor temporada da história em termos de produtividade), Luka Doncic (a segunda melhor temporada da história) e James Harden (a quarta melhor temporada da história). O que esses três atletas possuem em comum? Times focados no perímetro, companheiros de time que evitam o garrafão e concedem espaço para que joguem, e a liberdade de decidir como pontuar. Se Bucks, Mavs e Rockets não estão atropelando a liga com suas atuações históricas é apenas porque os outros times conhecem a receita e copiam a seu modo. A era dos super-ataques e dos jogadores ultra-controladores é tão eficiente que aqueles que não se adequam ficam facilmente para trás.


O técnico do Dallas Mavericks, Rick Carlisle, é conhecidamente um dos técnicos mais controladores da NBA. Foi técnico do ano em 2002, colocando nos eixos o Detroit Pistons que seria eventualmente campeão em 2004, mas acabou demitido antes do título porque seu hábito de manter o time na rédea curta incomodou os engravatados no comando. Pelo Mavs foi campeão em 2011, segurando na unha um estilo tão rígido de jogo que tirou grande parte da capacidade de decisão de Jason Kidd, um dos maiores armadores da história já em fim de carreira e relegado a uma função burocrática no elenco. Carlisle nunca foi muito fã de improviso e é famoso por ficar na lateral da quadra não apenas instruindo seus jogadores, mas escolhendo jogada por jogada – seus armadores não possuem muito espaço para escolher quais movimentações executar em quadra.

É verdade que, ano após ano, Carlisle foi ficando mais maleável numa tentativa de adequar-se aos preceitos do basquete moderno, mas foi Luka Doncic quem enviou em definitivo a rigidez e a coleira do técnico privada abaixo. Foram necessários apenas alguns meses no comando de um Doncic recém-chegado à NBA para que Carlisle percebesse que ele precisava de liberdade para decidir. Quando a segunda temporada de Doncic começou, em 2019, o ataque do time já era inteiramente desenhado para que ele decidisse em tempo real os melhores caminhos; até janeiro, Carlisle assumidamente focou-se apenas em experimentar com diferentes rotações de jogadores para melhor adequar o time ao que quer que Doncic estivesse fazendo. Quando fevereiro começou, os jogadores de apoio tinham novas funções, Carlisle havia abandonado as rédeas e o Dallas Mavericks já era uma máquina ofensiva nunca antes concebível. E ao invés das jogadas complexas que marcaram a carreira de Carlisle como técnico, o melhor ataque da história passou a ser baseado em fundamentos bem básicos, como um simples pick-and-roll.

Para o Mavs, o pick-and-roll (jogada em que um jogador com a bola recebe um corta-luz e o responsável pelo corta-luz em seguida corta em direção à cesta) gera a absurda marca de um ponto a cada posse para o jogador que tem a bola nas mãos. Para efeitos de comparação, o número é equivalente a acertar um arremesso de dois pontos a cada duas tentativas (ou seja, altíssimos 50% de aproveitamento para marcar 2 pontos a cada 2 arremessos, o que dá um ponto por arremesso, em média). Desde que a NBA é capaz, com suas incríveis câmeras avançadas de calor, de medir os pontos conquistados por jogadores em situação de pick-and-roll, nunca um time conseguiu marcas tão elevadas. E o mais interessante é que Doncic é responsável por 50% dos pontos nessa situação; os outros 50% vem dos demais armadores do time: Seth Curry, Trey Burke e Tim Hardaway Jr. Os números individuais de Doncic são ainda melhores nessa situação, mas seus companheiros de time não ficam muito atrás – há mérito de Doncic em tornar esse ataque possível, mas há algo maior do que ele e que sobrevive aos minutos em que ele não está em quadra.

O Mavs é o segundo melhor time da NBA em aproveitamento de arremesso dos jogadores que fazem o corta-luz, indicando ao mesmo tempo que Doncic é um passador espetacular nessas situações, mas também que o elenco de apoio do Mavs tornou-se especialista nessa jogada e na movimentação, de modo que conseguem ficar livres e receber passes mesmo quando Doncic não está envolvido. O mesmo vale para os arremessadores: o Mavs está entre os melhores times em aproveitamento de três pontos de jogadores com os pés parados, ou seja, de jogadores que ficam apenas no perímetro esperando o passe certo. Doncic tem precisão cirúrgica para encontrá-los, mas uma vez que os arremessadores tornam-se especialistas nesse tipo de arremesso e os defensores estão em pânico tentando marcar as jogadas de pick-and-roll, mesmo os armadores menos precisos do Mavs são capazes de encontrar esses arremessadores.

Quando Carlisle abriu mão de ter um pivô agressivo atacando a cesta a cada corta-luz, como ele sempre tentou ter em seus anos de técnico, não apenas tornou as coisas mais fáceis para Krsitaps Porzingis – que agora não precisa atacar a cesta, podendo receber passes para arremesso após um corta-luz, do modo que ele sempre preferiu – como também abriu espaço para que qualquer armador que participe dessas jogadas possa infiltrar e atacar o aro. Doncic faz isso com uma eficiência épica, controlando a velocidade de suas passadas e batendo defensores mesmo ser mais rápido do que eles, mas mesmo Seth Curry e Tim Hardaway Jr., dois arremessadores especialistas, mostraram-se bons jogadores em infiltração com tanto espaço para a cesta graças ao medo causado nas defesas pela presença de arremessadores nas demais posições. Há um vovô basqueteiro dentro de cada um de nós que quer que Porzingis use seus 2,21m de altura para jogar dentro do garrafão, mas é bem longe do aro – e com apenas 20 pontos por jogo – que ele permite a existência do ataque mais eficiente da história da NBA.

Certamente nos lembraremos de Doncic por conta do seu arremesso heroico na prorrogação do Jogo 4, para empatar a série no estouro do cronômetro:

No entanto, o aproveitamento de Doncic nas bolas de três pontos ainda é baixo: 31% de aproveitamento, e pouco mais de 15% em momentos de pressão (o que tornou essa bola final ainda mais fora da curva e, portanto, épica). O que explica melhor o impacto de Doncic na NBA e o ataque que o Mavs conseguiu montar são jogadas bem mais comuns: as bandejas em que o armador contorna todo mundo porque há medo de seus passes para o perímetro.

No vídeo abaixo, por exemplo, podemos ver como ele reduz sua velocidade para que o defensor acabe perdendo o momento correto de contestar seu arremesso, e consegue uma bandeja fácil:

No vídeo abaixo, Doncic desacelera tanto, mas tanto, que acaba tendo espaço entre ele e o defensor para converter um floater, esse arremesso com uma mão por cima do adversário:

São exemplos de como um jogador com amplo repertório ofensivo não precisa ser explosivo, não precisa ser rápido, não precisa pular a oito metros de altura: ele só precisa que não exista um pivô no garrafão para pará-lo, e de muitos arremessadores competentes ao seu redor.

Doncic é um fenômeno, com apenas 21 anos e uma capacidade de tomar boas decisões e controlar o próprio ritmo como poucos atletas da história do basquete. Ainda assim, sua mera presença não deveria criar o melhor ataque de todos os tempos; dar a ele liberdade não deveria ser suficiente para ele ter a segunda melhor temporada individual da história em termos de produção; tê-lo em quadra não deveria bastar para empatar uma série em 2-2 contra um Clippers que tem alguns dos melhores defensores individuais da temporada. Há algo mais: Doncic é a marca de um tempo, de uma era. Ele é o jogador perfeito para um estilo específico de basquete que, segundo as estatísticas, é o modo perfeito de se jogar em termos de eficiência – ao menos por enquanto. O que o Dallas Mavericks oferece a Doncic – tanto em Carlisle quanto no resto de seu elenco – é a possibilidade de jogar um estilo de basquete muito, muito difícil de marcar. Se estrelas como Doncic, Harden e Antetokounmpo estão tendo algumas das melhores temporadas da história do basquete é porque as ferramentas para esse “basquete perfeito” são agora razoavelmente fáceis de estabelecer: não é necessário colecionar um monte de estrelas, ter no elenco três ou quatro membros do Hall da Fama ou um apanhado de All-Stars; bastam arremessadores, pick-and-roll, gente inteligente para estar nos lugares corretos, uma estrela capaz de tomar boas decisões e uma confiança irrestrita nesse novo estilo de jogo que não para de quebrar recordes.


O único momento em que o Mavs parece não poder confiar nesse plano de jogo é, infelizmente, no final de jogos apertados. Mesmo tendo um ataque tão dominante (e uma defesa bem perto da média da temporada, o bastante para não comprometer demais), o time se classificou apenas em sétimo na Conferência Oeste em parte por conta do péssimo aproveitamento no final dos jogos. Foram ao todo 14 vitórias e 21 derrotas, a pior marca da liga, em jogos que tiveram uma diferença de 5 pontos ou menos nos 5 minutos finais. Nesses momentos o Mavs tem o quinto pior ataque da temporada – e antes da “bolha” era ainda pior, na vigésima nona posição – com um aproveitamento patético de 21% nas bolas de três pontos. Doncic, como dissemos, vê seu aproveitamento despencar para os 15% no perímetro, o que é impraticável.

Dá vontade de apontar os culpados de sempre: inexperiência, juventude, falta de rodagem nos Playoffs, um armador de 21 anos de idade. Mas desconfio que exista algo mais, já que Antetokounmpo e Harden tendem a sofrer do mesmo mal – até LeBron James já viu o aproveitamento de suas equipes despencar em jogos apertados. Um palpite? O fato de que em jogadas cruciais, assim como nos minutos finais, times tomam medidas defensivas mais desesperadas. É comum vermos times não cederem espaço num corta-luz ao pedir que os defensores troquem de alvos, ainda que com isso tenham que defender adversários de tamanhos muito diferentes. Além disso, defensores nesses momentos são mais agressivos, contestam mais arremessos, dobram ou triplicam a marcação nessas estrelas centralizadoras da bola e não hesitam em deixar livres os jogadores mais obscuros do oponente. Nessas horas, times que fazem uso do jogador “quarterback” parecem mais frágeis – já cansamos de ver Harden ser obrigado a passar a bola para o lado e o Rockets, sem os espaços criados por ele, ter poucas opções de resposta, por exemplo.

Doncic é a nova cara do basquete, não só porque ele é jovem e espetacular e estamos acompanhando de perto sua carreira, mas principalmente porque ele representa um estilo de jogo que deve tornar-se o padrão da NBA nos próximos anos e deixará todos os recordes antigos de eficiência obsoletos, envergonhados num cantinho. Mas ainda faltam ajustes para que a nova cara – e o novo estilo de se jogar – saiba vencer em jogos apertados, em momentos importantes, contra defesas mais desesperadas. Adequar-se a isso será o próximo passo do Mavs, e o resto da NBA estará de olho, aprendendo, imitando e de olho na próxima futura estrela capaz de controlar inteiramente um ataque. O arremesso no estouro de Doncic já foi um bom indicativo de que há esperança para os grandes momentos nos grandes palcos, mas na NBA todos querem ganhar um título – os recordes de eficiência, infelizmente, não bastam.

Torcedor do Rockets e apreciador de basquete videogamístico.

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