🔒Os protocolos de segurança e saúde da NBA

No dia 11 de março de 2020, a temporada da NBA foi suspensa. O pivô do Utah Jazz, Rudy Gobert, acabara de receber um resultado positivo no teste para o novo coronavírus, seu time inteiro foi colocado em quarentena, o jogo foi inicialmente adiado e poucas horas depois toda a temporada estava interrompida. Naquele dia, 6 pessoas morreram vítimas da doença nos Estados Unidos – a epidemia ainda engatinhava, faltavam informações suficientes sobre o vírus e a NBA decidiu que não valia a pena colocar seus atletas em risco.

Em contato com diversos epidemiologistas, a NBA chegou à conclusão de que a única maneira verdadeiramente segura de retomar a temporada seria num formato de “bolha”: todos os jogadores numa mesma área, sem contato com o mundo exterior, e testes diários para garantir a saúde de todos os envolvidos. Além da “bolha na Disney”, utilizando um conjunto de hotéis e quadras dentro do Walt Disney World, na Flórida, a NBA chegou até mesmo a desenvolver seus próprios testes para detectar o novo coronavírus, em parceria com a Universidade de Yale. Os novos testes utilizavam a técnica PCR (sigla, em inglês, para “transcrição reversa seguida de reação em cadeia da polimerase”), a mais precisa disponível, mas através de um método menos invasivo (a saliva) e com resultados muito mais rápidos. Com a “bolha” e os testes em mãos, a temporada foi retomada no dia 22 de julho de 2020 – naquele exato dia, 1136 morreram nos Estados Unidos vítimas da nova doença.

A retomada da temporada da NBA foi um sucesso em muitos níveis diferentes. Antes de tudo, impediu a NBA de perder 1 bilhão e meio de dólares em contratos que seriam rompidos com as emissoras de televisão – um número que justificou o gasto de 200 milhões de dólares para tornar a estrutura da “bolha” possível. Além disso, a NBA provou que “bolhas” eram de fato possíveis; que testagem em massa, limitar e rastrear contatos e distanciamento social funcionavam, ao contrário do que diziam algumas narrativas sobre a “inevitabilidade” do contágio e das mortes.

Mas apesar do sucesso da empreitada, a temporada seguinte iniciou sem “bolha” alguma. No último dia 22 de dezembro, dia em que começou a temporada 2020-21, 3239 pessoas morreram vítimas do novo coronavírus nos Estados Unidos, uma situação quase três vezes pior do que o país enfrentava 5 meses antes, quando a “bolha” era tida como a única opção segura para que a NBA fosse retomada. O que aconteceu? O que mudou desde então para justificar esse afrouxamento nos protocolos? Basicamente três coisas: questões financeiras, uma naturalização social da pandemia, e um crescimento nas informações médicas sobre o vírus que levaram a uma crença de que ele poderia ser controlado.


A questão financeira é a mais evidente. Diferente da maioria das ligas esportivas do mundo, a situação econômica da NBA impacta as suas regras. Times devem manter-se dentro de um limite de gastos com salários de jogadores (o chamado “teto salarial”), e esse limite é determinado pela arrecadação de dinheiro da liga inteira, como um todo. Entra no cálculo todo o dinheiro recebido com contratos de televisão (regionais, nacionais e internacionais), venda de camisetas e outras mercadorias, público nos ginásios e patrocínios. Reduzir drasticamente a entrada de dinheiro reduz o teto de gastos, o que faz com que os salários atuais tornem-se proporcionalmente mais caros, o que altera toda a lógica de construção de times, contratações e pagamentos de multa. A NBA, em negociação entre donos e jogadores, conseguiu manter artificialmente o teto salarial para essa temporada de modo a não desestruturar as equipes já formadas, mas alega que não seria possível manter algo parecido se a temporada 2020-21 fosse cancelada – ou mesmo se fosse encurtada demais. Para manter o modelo da NBA da maneira como conhecemos, a temporada deve acontecer.

Ainda assim, essa imposição seria apenas um capricho se a temporada simplesmente NÃO TIVESSE COMO acontecer – fosse por pressão social, fosse por impossibilidade política, prática ou médica. Se basquete simplesmente não pode ser jogado, que mude-se o modelo da NBA, que paguem-se os preços, que destruam-se os times pra depois construir de novo. Mas a naturalização social da pandemia e as informações médicas deram à NBA a crença de que não era o caso, de que a temporada não era uma impossibilidade, de que ela era viável. Entender o que está acontecendo agora com a NBA, que vê times lutando para encontrar jogadores liberados para jogar após inúmeros atletas serem colocados em quarentena, significa entender como essa crença da NBA foi construída – e quão responsável ou irresponsável ela é.


Em seu artigo sobre como pandemias terminam, Gina Kolata aponta que muitas pandemias terminam socialmente antes de terminar do ponto de vista médico. É uma questão psicológica, em que os indivíduos passam a colocar sua exaustão e frustração de um lado da balança, e o medo da morte (de si e das outras pessoas) do outro. A princípio, uma única morte é inaceitável – especialmente quando sabemos que ela poderia ter sido evitada com protocolos de segurança adequados. Mas conforme a exaustão e a frustração avançam, a população começa a recalcular o número de mortes aceitáveis em busca de alguma possibilidade de “normalidade”. Zonas de guerra consideram aceitáveis muito mais mortes do que regiões em paz; é chocante como algumas regiões do planeta seguem suas vidas mesmo sendo bombardeadas com frequência, por exemplo. Há uma naturalização da tragédia, não apenas como se ela fosse inevitável mas também como se sempre estivesse estado ali. Antes de assinar acordos de paz, é comum que negocie-se um ou dois dias de “cessar fogo” para que as populações experimentem um dia sem violência e relembrem como haviam naturalizado a violência e o confronto, o que facilita novos acordos futuros. Quase um ano após o início da propagação global da pandemia do coronavírus, é inegável que a naturalização da tragédia já ocorreu: os níveis de isolamento social não param de cair mesmo com o número de mortes crescendo freneticamente. Infelizmente, as mortes (e o número de casos) foram tornando-se socialmente aceitáveis conforme a pandemia se desenvolveu.

Isso ficou evidente com o envio para todas as equipes do “Protocolo de Saúde e Segurança da NBA para a temporada 2020-21”. O documento, não divulgado para o público geral mas com alguns pontos divulgados pela imprensa, admite que espera-se que jogadores sejam contaminados com o novo coronavírus ao longo da temporada, que isso não será motivo inicial para interrupção ou cancelamento de jogos ou da temporada, e que os protocolos buscam apenas minimizar o contágio. Na “bolha”, qualquer contaminação era tida como inaceitável; para a temporada 2020-21, a contaminação é aceitável e até mesmo esperada. Ou seja, naturalizou-se o risco de contaminação. A NBA, claro, não existe num vácuo; a liga está inserida numa comunidade, com suas frustrações, exaustões e naturalizações. Mesmo quando basquete não estava sendo jogado e a temporada não estava acontecendo (seja porque havia sido interrompida, seja porque a “bolha” havia chegado ao fim), diversos jogadores colocaram-se em risco e foram contaminados. Numa cultura, a naturalização vem de todas as partes, e é responsável pela percepção de que é possível manter alguns aspectos da vida normalmente – o esporte entre eles.

Mas essa naturalização veio acompanhada, no caso da NBA, de uma crença de que seria possível minimizar os danos através dos novos conhecimentos sobre o vírus – não zerar a contaminação, como vimos, mas ao menos adequá-la aos níveis agora tidos socialmente como “aceitáveis” num país que conta com mais de 4 mil mortos diários pelo coronavírus nesse momento. É disso que se trata o “Protocolo de Saúde e Segurança”, as normas que estão tirando jogadores das quadras nas últimas semanas – e que, infelizmente, conhecemos limitadamente nesse momento.


O que sabemos claramente do protocolo para essa temporada é que os jogadores são testados todos os dias, duas vezes por dia. Um dos testes é a versão que a Universidade de Yale desenvolveu em parceria com a NBA, e que dá resultados praticamente instantâneos – é esse teste que libera os jogadores para entrar em quadra poucas horas antes de um jogo começar. O outro teste feito diariamente, também com a técnica PCR, é mais seguro, mas seu resultado precisa passar por um laboratório e, portanto, demora mais para ficar disponível.

Em caso de um resultado positivo, o jogador deve ficar isolado do convívio social (numa casa paga pela sua equipe da NBA, única instância em que um time pode pagar moradia para um atleta sem quebrar as regras de teto salarial) e aguardar 10 dias, ou então receber um resultado sem a doença em dois testes PCR feitos em laboratório com 24 horas entre eles. Os dez dias (ou os dois testes negativos) estão de acordo com os consensos científicos compilados pela Universidade de Harvard, que atestam que os indivíduos deixam de ser contagiosos após 10 dias do desenvolvimento da doença. No entanto, o paciente pode desenvolver sequelas cardíacas logo em seguida, de modo que o protocolo da NBA exige mais dois dias (após os 10 iniciais) de treinos físicos com monitoramento cardíaco antes de liberar a volta às quadras. Em caso de hospitalização de um jogador, o período de observação se estende a mais 3 dias antes da liberação, para garantir que não existem outras sequelas adicionais.

A dificuldade está no fato de que, segundo os consensos compilados por Harvard, um indivíduo passa a transmitir a doença entre 48 e 72 horas antes da doença se desenvolver (com ou sem sintomas), e ela se desenvolve entre 3 e 14 dias depois do contágio. Isso significa que é necessário pegar a doença no primeiro dia da contaminação para que o indivíduo ainda não seja contagioso, mas quanto mais cedo um teste é feito, maiores as chances de que ele dê um falso-negativo, ou seja, que ele indique que ainda não há contaminação embora ela já tenha ocorrido. Por isso, quando a infecção é muito recente, é esperado que um teste rápido, com menor taxa de acerto, ateste que um jogador não está contaminado e permita que ele entre em quadra, enquanto o outro teste mais completo, cujo resultado sai apenas horas depois no laboratório, pode acabar dedurando a infecção. Isso explica o motivo de jogadores, como Seth Curry, terem recebido um diagnóstico positivo mesmo depois de terem sido liberados para entrar em quadra, e terem que ser retirados do ginásio imediatamente.

Ainda que a imagem de um jogador contaminado sendo retirado de quadra seja chocante, a NBA acredita que isso ocorre necessariamente antes do período de 48 horas em que haveria risco de transmissão, ou seja, antes que o jogador seja capaz de contaminar os outros atletas. Além disso, a NBA ampara-se nas afirmações do Center for Disease Control (Centro de Controle de Doenças) dos Estados Unidos de que nos estágios iniciais seria necessário 15 minutos de proximidade com um indivíduo contaminado para que a doença se espalhe, o que segundo a NBA não ocorre entre jogadores que estão em quadra, mesmo marcando uns aos outros.

Até aqui, as regras são coerentes, embasadas cientificamente e claras. A coisa começa a ficar bastante nebulosa quando entramos na área das quarentenas para jogadores que quebraram o protocolo de segurança ou que tiveram contato com outras pessoas, atletas ou não, que contraíram o vírus. O que sabemos é que todo mundo que tem contato regular com os atletas da NBA (seus familiares, amigos próximos, treinadores físicos, médicos particulares, etc) também precisa ser testado todos os dias. Caso alguém acabe contaminado, o jogador deve entrar imediatamente em quarentena. O mesmo vale para jogadores que tenham passado os tais 15 minutos, sem máscara, próximos de um outro jogador contaminado, ou então para jogadores que tenham quebrado as regras de protocolo.

Mas os termos dessa quarentena não foram divulgados e, segundo Adam Silver, comissário da NBA, muitas vezes variam “caso a caso”. Para proteger a privacidade dos atletas, a NBA nunca divulga os motivos de um jogador ser colocado em quarentena: não sabemos se ele está contaminado, se teve proximidade com alguém contaminado, ou se quebrou os protocolos, a não ser que eles mesmos divulguem essa informação para a imprensa. Em teoria, bastaria fazer dois testes PCR laboratoriais que resultassem negativos com um intervalo de 24 horas entre eles para ser liberado para as quadras – em tese é o que acontece inclusive com quem está contaminado – mas parece que a regra não se aplica a todos os casos e não temos informações dos motivos. Alguns falam em 7 dias de quarentena mínima, independente dos resultados dos testes, mas mesmo esse prazo parece não valer para todos os casos.

James Harden, por exemplo, fez seus dois testes, não estava contaminado, mas não permitiram que voltasse às quadras por ter quebrado o protocolo de segurança – ele foi visto num strip club dois dias antes de se apresentar ao Houston Rockets. Seu gancho na ocasião foi de 4 dias em quarentena. Kevin Durant, por sua vez, quebrou o protocolo (não temos informação de em que situação) alegando que, como já foi infectado antes da temporada começar, estaria imune. Fez seus dois testes, que não indicaram contaminação (ele ainda tem os anticorpos necessários), não é um risco para os outros, mas terá que passar 7 dias em quarentena mesmo assim. Joel Embiid sentou no banco de reservas ao lado de um contaminado Seth Curry, foi colocado em quarentena, mas liberado imediatamente depois dos seus dois testes darem negativo para o contágio. No Dallas Mavericks, no entanto, em que um jogador testou positivo e outros dois foram isolados (não sabemos quem está contaminado, mas o trio é Jalen Brunson, Josh Richardson e Dorian Finney-Smith), a quarentena de quem não estiver contaminado será de 7 dias, independente dos resultados negativos. Bradley Beal, ao ter uma conversa depois do jogo com um contaminado Jayson Tatum, foi colocado imediatamente em quarentena; os outros jogadores que enfrentaram Tatum durante o jogo, entretanto, não precisaram de isolamento.

Sabemos que há em todos os elencos, de uma semana para cá, um profissional responsável por fazer o “rastreamento” de contato de todos os jogadores contaminados – agora o limite de pessoas em cada equipe passou de 45 para 46 pessoas. Mas como esse rastreamento é feito? Como é determinado quantos minutos cada jogador conversou um com o outro, a distância, o uso ou não de máscara? E o mais confuso: se os dois testes diários deveriam identificar os jogadores contaminados antes de que eles sejam capazes de propagar o vírus, por que há a necessidade de rastreamentos e quarentenas? Trata-se de uma questão médica ou de uma mensagem à sociedade?


Durante a primeira semana da temporada, a NBA não encontrou ninguém contaminado nos testes diários. No dia 30 de dezembro, no entanto, 4 jogadores tiveram um teste positivo para o vírus – e a partir daí o esquema de rastreamento e quarentena passou a ter um impacto real na liga. Nesse momento, dia 10 de janeiro, temos 3 times profundamente comprometidos: Boston Celtics (com ao menos 2 jogadores oficialmente contaminados e apenas 8 jogadores possivelmente disponíveis para jogar, incluindo 5 armadores com no máximo 1,90m de altura), Philadelphia 76ers (com 5 jogadores afastados, mesmo depois do retorno precoce de Joel Embiid) e Dallas Mavericks (com três jogadores afastados e mais Maxi Kleber, afastado por no mínimo 10 dias, provavelmente contaminado). Washington Wizards e Denver Nuggets podem ser os próximos, por conta do rastreamento envolvendo o Mavs (no caso do Nuggets) e Jayson Tatum (no caso de Bradley Beal e o Wizards). Outros times já perderam atletas por alguns dias, incluindo o Nets de Kevin Durant e o Rockets, que teve outros jogadores colocados em quarentena além de James Harden e foi responsável pela primeira partida adiada da temporada. A segunda partida adiada acaba de acontecer: Celtics e Heat, após não haver certeza de que o Celtics conseguiria de fato colocar 8 jogadores em quadra, e o Heat estar iniciando seu próprio processo de rastreamento após Avery Bradley ter um resultado positivo em seu teste.

Segundo a NBA, o aumento de casos em janeiro era esperado – está relacionado às festas de fim de ano e deve reduzir drasticamente em fevereiro. Mas nesse ponto é difícil saber se a temporada de fato chegará até lá: elencos estão ficando limitados, jogos estão sendo cancelados, e a falta de clareza nos critérios de quarentena (motivos, rastreamento, duração) faz parecer, para a opinião pública, que a NBA não sabe o que está fazendo. Não existem dúvidas de que a NBA tem um protocolo de segurança sério – ainda que, em tempos de tragédia menos naturalizada, ele certamente seria visto como “insuficiente” e a temporada ocorreria apenas numa bolha, ou com tempo o bastante após as perigosas festas de fim de ano. Mas não disponibilizar o protocolo para o público e zelar pela privacidade de diagnóstico dos atletas faz com que as pessoas tenham que imaginar o que está acontecendo – e na falta de uma explicação, acreditem que não há explicação nenhuma e que os riscos de contágio são ainda maiores do que já são. O que não faltam agora são acusações de que a NBA está fazendo isso apenas por dinheiro, ou que está apenas “encenando” um protocolo de segurança sem ter, na verdade, possibilidade alguma de interromper a contaminação.

Se a NBA de fato tem informações, tecnologia e estrutura para que uma temporada de basquete ocorra em meio a 4 mil mortes diárias pelo novo coronavírus nos Estados Unidos, então precisa mostrar, comprovar e convencer urgentemente seu público. Manter um esporte acontecendo não é suficiente: é preciso também manter sua credibilidade, nossa capacidade de entender, acompanhar e acreditar no que está acontecendo – daí, inclusive, a importância de juízes e de transparência na aplicação das regras dentro das quadras. Mas agora a questão é a aplicação das regras FORA das quadras. É preciso que acreditemos que o esporte é seguro, viável e confiável – o que significa não ter jogos perdidos porque todos os atletas estão em quarentena, não ter jogos desiguais porque uma equipe só tem armadores, mas principalmente não ter atletas sendo colocados em risco de maneira desnecessária. A NBA parece acreditar que está fazendo tudo da melhor maneira possível, que está tudo sob controle, e que as coisas vão se normalizar. Só falta, agora, nos convencer disso também.

Torcedor do Rockets e apreciador de basquete videogamístico.

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