A temporada regular da NBA começa nesta terça-feira (25) e antes de ver os jogos você pode conferir nossas expectativas para todos os times! Veja o que já falamos de outras divisões:
Divisão Pacífico (Warriors, Clippers, Kings, Suns e Lakers)
Divisão Sudoeste (Rockets, Spurs, Mavericks, Grizzlies e Pelicans)
Divisão Sudeste (Hawks, Hornets, Wizards, Heat e Magic)
Divisão Atlântico (Celtics, Raptors, Knicks, Nets e Sixers)
Divisão Central (Cavaliers, Pistons, Bucks, Pacers e Bulls)
Divisão Noroeste (Blazers, Jazz, Thunder, Wolves e Nuggets)
Chegou agora e não sabe nada de NBA? Veja nosso especial ‘Semana dos Novatos’
Antes de falarmos de cada time colocaremos uma tabelinha com a POSSÍVEL rotação do time. Antes de gritar com a gente nos comentários, lembrem-se de que vários times ainda não fizeram os últimos cortes necessários enquanto estávamos escrevendo, e que algumas perguntas ainda não estão respondidas. Em alguns casos apenas CHUTAMOS coisas para fazer essa projeção de quem é titular, reserva e tudo mais. É uma ferramenta para ajudar na visualização da equipe, não um retrato perfeito da realidade.
[image style=”” name=”on” link=”” target=”off” caption=”Pesquisei ‘bromance’ no Google e achei essa foto”]http://bolapresa.com.br/wp-content/uploads/2016/10/0Blazers.jpg[/image]
Portland Trail Blazers
Titulares | Reservas | Resto |
Damian Lillard | Shabazz Napier | Tim Quarterman |
CJ McCollum | Allen Crabbe | Pat Connaughton |
Maurice Harkless | Evan Turner | Jake Layman |
Al-Farouq Aminu | Ed Davis | Noah Vonleh |
Mason Plumlee | Festus Ezeli | Meyers Leonard |
Expectativa: Segundo Damian Lillard, a final do Oeste
Realidade: A evolução não é tão natural quanto parece
Na temporada passada o Portland Trail Blazers tinha tudo para dar errado. O time perdeu quatro dos seus titulares, para o lugar deles apenas contratou jogadores jovens ou desvalorizados, e tinha uma das menores folhas salariais da NBA. Mas calhou que Damian Lillard fez o que Damian Lillard faz: calou os críticos. O time começou devagar, mas deslanchou de uma forma tão absurda que não só foram para os Playoffs, mas classificaram em 5º lugar no Oeste, e ainda passaram pelo Los Angeles Clippers na primeira rodada e deram trabalho para o Golden State Warriors numa impensável semi final de conferência. Quem diria que eles chegariam na mesma fase do campeonato que chegou o ex-Blazer LaMarcus Aldridge no San Antonio Spurs?!
Mas vale aqui o que eu disse também para o Boston Celtics: o time supera as expectativas em um ano e no seguinte a galera já pensa que é NATURAL dar um salto ainda maior! Nem sempre é assim, e essa expectativa pode dar uma sensação de fracasso a uma temporada que tem tudo para ser boa.
Para conseguir manter o time jovem do ano passado, o Blazers pulou de ter uma das menores folhas salariais da liga para uma das maiores. Renovar com Allan Crabbe, que recebeu oferta gorda do Brooklyn Nets, custou caro. Trazer Evan Turner também foi uma pequena fortuna, e Maurice Harkless e Meyers Leonard receberam generosas extensões de contrato. Em poucas palavras, é o mesmo time do ano passado, mais caro e com Evan Turner e Festus Ezeli. Gosto dos dois jogadores, mas nenhum dos dois revoluciona um time.
O time do ano passado era uma maravilha ofensiva, com Lillard e CJ McCollum alternando momentos como armadores e como pontuadores, e com Allen Crabbe, Al-Farouq Aminu ou qualquer outro jogador aleatório fazendo seus pontos e espaçando a quadra. Até Mason Plumlee virou o Draymond Green branco, dando passes lindos sempre que sobrava livre quando os adversários dobravam a marcação sobre Lillard. Mas será que eles vão melhorar uma defesa que foi apenas a VIGÉSIMA melhor da NBA? Nenhuma das contratações indica isso.
Meu palpite é que o Blazers está mais perto de manter a (boa) campanha do ano passado do que dar um salto de qualidade. Até torço para que a defesa evolua, para que eles briguem pelo topo do Oeste e que Lillard seja considerado um candidato a MVP. Seria bom para termos um novo favorito na conferência, porque o estilo de jogo deles é legal e porque costumam dar trabalho para o Warriors, mas se demorar mais um ano para acontecer não terá problema nenhum. Manter a boa campanha do ano passado já seria uma vitória.
[image style=”” name=”on” link=”” target=”off” caption=”Gordon Hayward bravo que não pode assistir filmes com sangue e violência no cinema”]http://bolapresa.com.br/wp-content/uploads/2016/10/0Jazz_.jpg[/image]
Utah Jazz
Titulares | Reservas | Resto |
George Hill | Dante Exum | Raulzinho |
Rodney Hood | Alec Burks | Shelvin Mack |
Gordon Hayward | Joe Johnson | Joe Ingles |
Derrick Favors | Boris Diaw | Trey Lyles |
Rudy Gobert | Joel Bolomboy | Jeff Withey |
Expectativa: FINALMENTE voltar aos Playoffs!
Realidade: Voltar aos Playoffs com tranquilidade
Olha que eu não sou de ficar puxando o saco do Utah Jazz, mas esse tem tudo para ser meu time puxa-saco do ano. Eles têm jogadores que eu gosto em todas as posições, um dos bancos de reserva mais profundos da Conferência Oeste e já são, há ao menos uma temporada e meia, uma das defesas mais fortes da NBA. Ano passado já era pra dar certo e não deu –perderam a vaga final na última rodada– será que agora vai?
Eu acho que sim e tenho meus argumentos para tentar sustentar essa aposta que, espero, não volte para me assombrar daqui uns meses. O time do ano passado sofria um bocado para criar jogadas, e a lesão do armador Dante Exum obrigou o técnico Quinn Snyder a colocar o novato Raulzinho com muita responsabilidade nas costas. No fim das contas, especialmente no fim dos jogos, ele acabava deixando Gordon Hayward ou Rodney Hood armando o jogo. Nesse ano, para corrigir isso, trouxeram ninguém menos que George Hill, um dos armadores mais eficientes da NBA e que, ainda hoje, age como um San Antonio Spur que foi no passado: é bom sem ninguém perceber. Hill sabe armar, defende muito bem e acertou nada menos que 40% nos arremessos de 3 pontos na última temporada. Como o Pacers abriu mão desse cara?!?!
O banco do time, que também não era dos melhores, agora tem a volta do promissor Exum e um punhado de veteranos, entre eles Joe Johnson, que renasceu no Miami Heat na última temporada, e Boris Diaw, um favorito Bola Presa desde que o mundo é mundo. O francês, assim como o segundo-anista Trey Lyles, pode deixar o time ainda alto como gostam de jogar, mas com bom arremesso de média distância e excelente passe.
Por fim, o cobertor curto do Jazz tem sido Rudy Gobert. O time é muito bom na defesa e ruim no ataque com ele em quadra, e bom no ataque e ruim na defesa sem ele. Para ajudar a equilibrar isso, o francês resolveu treinar seu arremesso de média distância e os lances-livres. E, olha, já fez diferença! Ele acertou 31 de 40 lances-livres que tentou na pré-temporada depois de ter acertado só 56% na linha na temporada passada. Isso impede os adversários de cometerem falta sempre que ele recebe a bola sob a cesta, o que sempre acontecia.
O time já é entrosado, tem talento em todas as posições e agora é mais experiente, versátil, com melhor banco e tem Gobert, candidatíssimo a melhor defensor do ano, podendo passar mais tempo em quadra por saber bater lances-livres. Não é loucura dizer que o Utah Jazz pode não só ir para os Playoffs, mas até voltar a vencer 50 jogos em uma temporada desde 2009-10. Ah, e ver Hayward ou Hood em um All-Star Game próximo, acreditem, não será estranho.
[image style=”” name=”on” link=”” target=”off” caption=”Como ainda não fizeram um desenho animado dos Stache Bros?”]http://bolapresa.com.br/wp-content/uploads/2016/10/0Thunder.jpg[/image]
Oklahoma City Thunder
Titulares | Reservas | Resto |
Russell Westbrook | Cameron Payne | Semaj Christon |
Victor Oladipo | Alex Abrines | Josh Huestis |
Andre Roberson | Kyle Singler | Anthony Morrow |
Domantas Sabonis | Ersan Ilyasova | Nick Collison |
Steven Adams | Enes Kanter | Joffrey Lauvergne |
Expectativa: Calar os críticos, se manter no topo e torcer contra o Warriors
Realidade: Sentir saudade de Kevin Durant
A minha linha de pensamento sobre o OKC Thunder é uma grande e eterna montanha-russa. Primeiro estou lá em cima, pensando em como vai ser uma EXPERIÊNCIA DE VIDA acompanhar um ano inteiro de Russell Westbrook tomando conta de um ataque, quebrando recordes, infernizando defesas, fazendo triple-doubles e tudo mais. Depois eu lembro de quando Durant se machucou, que já vimos Westbrook fazer tudo isso e que foi até legal no começo, mas depois o time parecia previsível, não chegou nos Playoffs e só serviu para expôr os defeitos do armador. Eu sou fanático pelo Westbrook, mas colocar nas suas costas tanto peso no ataque é obrigá-lo a tomar decisões em toda posse de bola, a controlar o ritmo da partida, a saber quando envolver os outros. Sem Durant para dar um respiro nessas coisas, seus defeitos virão mais à tona. Acontece com qualquer um que precisa fazer demais, deve acontecer aqui também.
Também penso isso sobre o resto do time. Por um lado eles parecem ter o potencial para ser uma das melhores defesas da NBA, especialmente por juntar Victor Oladipo, Andre Roberson e Steven Adams no mesmo quinteto, mas quem vai arremessar nesse grupo? Se eu não sou otimista com o Chicago Bulls por falta de arremesso de longe, não estou autorizado a ter com o Thunder. E cada arremessador/pontuador que você joga no time, a defesa destruidora começa a se romper: Enes Kanter, Anthony Morrow, Ersan Ilyasova… como no ano passado, o cobertor curto do Thunder é chique, mas ainda é um problema.
Não vai ser uma adaptação fácil, mas ela é possível. É preciso usar o potencial defensivo para colocar o time na elite da elite defensiva da NBA e, depois, começar a encaixar as outras peças. Andre Roberson pode ser um arremessador RAZOÁVEL? Ele disse que iria treinar isso na offseason. Victor Oladipo terá chance e, mais importante, espaço na quadra para atacar a cesta como ele gosta? Steven Adams e Enes Kanter podem manter o time como um dos melhores em rebotes ofensivos na liga? Sem Durant eles irão conseguir seguir no Top 5 em pontos de contra-ataque por jogo? Para um time que dependia tanto de ações individuais de suas estrelas, serão pesados e demorados os ajustes, mas o elenco é bom o bastante para dar minimamente certo.
[image style=”” name=”on” link=”” target=”off” caption=”Karl-Anthony Towns claramente bêbado pedindo pro Wiggins AJEITAR aquela prima dele”]http://bolapresa.com.br/wp-content/uploads/2016/10/0Wolves.jpg[/image]
Minnesota Timberwolves
Titulares | Reservas | Resto |
Ricky Rubio | Kris Dunn | Tyus Jones |
Zach LaVine | Brandon Rush | John Lucas III |
Andrew Wiggins | Shabazz Muhammad | Adreian Payne |
Gorgui Dieng | Nemanja Bjelica | Cole Aldrich |
Karl-Anthony Towns | Jordan Hill | Nikola Pekovic |
Expectativa: Ter a primeira temporada com mais vitórias que derrotas desde 2004-05
Realidade: Não vou falar nada pra não zicar!
Por que eu não quero zicar esse time? Porque não é a primeira vez que o Minnesota Timberwolves monta um bom elenco nos últimos 10 anos, mas sempre, de alguma forma, dá tudo errado. Primeiro não conseguiram manter aquele time que tinha Kevin Garnett, Latrell Spreewell e Sam Cassell, depois não conseguiram transformar Al Jefferson e tudo o que receberam por KG em um time decente. Por fim, o time de Kevin Love, Nikola Pekovic e Ricky Rubio até jogava bem, mas sempre se ferrava por alguma lesão. Por mais sorte que juízo, porém, calhou que Andrew Wiggins e Karl-Anthony Towns, duas primeiras escolhas de Draft, caíra no colo da franquia! Zach LaVine começou a deslanchar no ano passado e, de repente, o time pareceu tão atraente para os técnicos que ninguém menos que Tom Thibodeau, um dos melhores da liga na última década, topou ir para lá comandar o barco.
O otimismo com esse time tem algumas razões. A primeira é que Karl-Anthony Towns parece bom e completo o bastante para poder se tornar um desses jogadores que vão para o All-Star Game mais de uma dúzia de vezes, quebra recordes e carrega times nas costas. Bastou só um ano pra ver que, sim, ele é TUDO ISSO. Além dele, Andrew Wiggins também parece muito bom, assim como Zach LaVine, e cada um do trio tem míseros 21 anos de idade. A temporada passada começou com a tragédia da morte do técnico Flip Sauders e passou por maus bocados de péssimas decisões do cara que o sucedeu, Sam Mitchell, que insistia que o time não deveria chutar de 3 pontos e que LaVine deveria ser armador. Apesar disso, porém, tiveram o 12º melhor ataque da liga. A defesa foi uma das piores, mas é aí que entra Thibodeau: o técnico nunca teve um time seu fora das cinco melhores marcas da NBA. Seu sistema defensivo em Boston e Chicago fez com que a NBA toda passasse a imitá-lo.
Nós loucos que vimos o Wolves na temporada passada percebemos a quantidade de jogos que esses pirralhos estavam vencendo ou jogando de igual para igual até o último quarto, quando a idade pesava e uma série de decisões erradas custavam as vitórias. Embora o time ainda seja muito jovem nesse ano e a mesma coisa possa acontecer, é difícil imaginar que esse grupo, com esse técnico, não consiga ser desde já uma equipe acima da média.
O otimismo, para se tornar realidade, precisa que Andrew Wiggins e Zach LaVine continuem arremessando bem de longa distância como fizeram nos últimos meses da temporada passada. Precisa que o novato Kris Dunn dê conta de carregar o ainda frágil banco de reservas nas costas e que Ricky Rubio, mesmo que não aprenda a arremessar nunca, consiga envolver todos os companheiros para que o ataque seja organizado. O time é melhor com ele em quadra, e seu cérebro em quadra pode ser muito bem utilizado se os outros quatro jogadores a sua volta puderem fazer o que ele não pode: cestas.
Nos EUA tem alguns especialistas cravando que eles irão para os Playoffs, outros até chutam 50 vitórias no ano! Prefiro ir com calma, nem todo time jovem é o OKC Thunder de Durant, Westbrook e Harden, mas precisamos admitir que o sucesso desse grupo, hoje, parece quase inevitável. ~TOC TOC TOC~
[image style=”” name=”on” link=”” target=”off” caption=”Quando o clichê acontece”]http://bolapresa.com.br/wp-content/uploads/2016/10/0Nuggets.jpg[/image]
Denver Nuggets
Titulares | Reservas | Resto |
Emmanuel Mudiay | Jameer Nelson | Jamal Murray |
Gary Harris | Will Barton | Malik Beasley |
Danilo Gallinari | Wilson Chandler | Mike Miller |
Nikola Jokic | Kenneth Faried | Jarnell Stokes |
Jusuf Nurkic | Juan Hernangomez | Darrell Arthur |
Expectativa: Não sei
Realidade: Não tenho ideia
Não é piada, eu não sei mesmo qual é o objetivo do time e o que esperar dele. Por um lado, eles estão colocando bastante fé em Emmanuel Mudiay, Jamal Murray, Gary Harris, Will Barton, Nikola Jokic e Jusuf Nurkic, um núcleo MUITO jovem e com bons jogadores em TODAS as posições. Por outro lado, eles não abriram mão de Danilo Gallinari, Kenneth Faried e Wilson Chandler, jogadores mais rodados, mas ainda jovens, querendo protagonismo e seus 30 minutos de quadra. Ninguém tem Gallinari ou Faried para que eles ajam como Luol Deng no Lakers ou Jared Dudley no Suns, não são veteranos sábios, são caras vivendo seu auge!
O acumulo de talento é um mérito do time, mas o cheirinho de gente reclamando que está ficando de escanteio parece forte demais. É fácil se sacrificar em um time que briga por título, ninguém quer ser reserva de luxo em time que luta para, talvez, conseguir uma vaguinha nos Playoffs.
Se o técnico Mike Malone usar mais vezes a dupla Jokic/Nurkic como fez na pré-temporada, quanto tempo Faried dura no banco até exigir uma troca? Wilson Chandler, de volta de lesão, vai lidar como com a reserva de Will Barton? E não é um desperdício finalmente tirar algo de Gary Harris e vê-lo no fim do banco? E como fica a relação entre usar a experiência de Jameer Nelson ou colocar o novato Jamal Murray para aprender do jeito que Mudiay aprendeu a armar no ano passado, ERRANDO? Todas as respostas passam pelo plano do time.
Um time que vê chance de Playoff vai dar mais espaço para quem render melhor e não vai arriscar com os pirralhos que erram muito; um time sem pressa vai medir quais jogadores mais velhos devem ficar e quais podem virar uma boa moeda de troca. Que time é o Nuggets? Questões táticas também pesam nisso: Kenneth Faried, outrora o grande nome da franquia, não se encaixou com o novo técnico no ano passado e seu nome nunca estava nos quintetos mais eficientes do Nuggets. Deve-se ajustar para encaixar o cara?
O bom para o Nuggets é que acumular talento geralmente é a parte mais demorada da formação de um time. Eles conseguiram isso relativamente rápido depois de ver aquele time de Ty Lawson e Andre Iguodala desmanchar. Agora precisam decidir uma rotação, os jogadores que serão o foco da franquia e que trocas devem fazer. É ver se não erram agora! Por enquanto meu palpite é que Emmanuel Mudiay e Nikola Jokic são os queridinhos da franquia, e que as mudanças serão para dar mais liberdade e destaque para a dupla.