Preview da Temporada 16/17 – Divisão Atlântico

A temporada regular da NBA começa nesta terça-feira (25) e antes de ver os jogos você pode conferir nossas expectativas para todos os times! Veja o que já falamos de outras divisões:

Divisão Pacífico (Warriors, Clippers, Kings, Suns e Lakers)

Divisão Sudoeste (Rockets, Spurs, Mavericks, Grizzlies e Pelicans)

Divisão Sudeste (Hawks, Hornets, Wizards, Heat e Magic)

Divisão Atlântico (Celtics, Raptors, Knicks, Nets e Sixers)

Divisão Central (Cavaliers, Pistons, Bucks, Pacers e Bulls)

Divisão Noroeste (Blazers, Jazz, Thunder, Wolves e Nuggets)

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Antes de falarmos de cada time colocaremos uma tabelinha com a POSSÍVEL rotação do time. Antes de gritar com a gente nos comentários, lembrem-se de que vários times ainda não fizeram os últimos cortes necessários enquanto estávamos escrevendo, e que algumas perguntas ainda não estão respondidas. Em alguns casos apenas CHUTAMOS coisas para fazer essa projeção de quem é titular, reserva e tudo mais. É uma ferramenta para ajudar na visualização da equipe, não um retrato perfeito da realidade.


[image style=”” name=”on” link=”” target=”off” caption=”E se todos nós tirássemos fotos assim no primeiro dia de emprego?”]http://bolapresa.com.br/wp-content/uploads/2016/10/1_Celtics.jpg[/image]

Boston Celtics

Titulares Reservas Resto
Isaiah Thomas Marcus Smart Terry Rozier
Avery Bradley Jaylen Brown Demetrius Jackson
Jae Crowder Gerald Green James Young
Amir Johnson Kelly Olynyk Jordan Mickey
Al Horford Tyler Zeller Jonas Jerebko

Expectativa: Alcançar a final do Leste e jogar de igual para igual com o Cleveland Cavaliers

Realidade: Chegar na decisão da conferência é bem possível, mas talvez ainda estejam a uma troca do ideal

O Boston Celtics foi um dos queridinhos da última temporada. Muitos jogadores médios atuando como ótimos, equipe jovem, raçuda, muito disciplinada e com um técnico capaz de algumas das jogadas mais criativas da NBA. Isaiah Thomas, carismático e empolgante, foi para o All-Star Game e Jae Crowder tinha seus apoiadores para ir também, foi uma das histórias de sucesso do ano.

Mas como sabemos, um ano de sucesso inesperado é sempre seguido de um ano de expectativas exageradas. Agora, passar da primeira rodada dos Playoffs, onde caíram para o Atlanta Hawks no último ano, é obrigação. Ficar ao menos entre os três primeiros do Leste parece o mínimo e a cobrança por resultados virá de uma das torcidas mais exigentes e pentelhas da NBA. Será que eles dão conta?

Eu acredito que sim. No ano passado cobrávamos que o Boston Celtics deveria usar seus mil jogadores jovens e escolhas de Draft para trocar por um jogador mais estabelecido e experiente. No fim das contas conseguiram Al Horford sem precisar gastar nenhum de seus ativos para isso! Então é o time vencedor do ano passado, mais Horford e ainda com todas as peças para uma eventual negociação. A cobrança por melhora não vem do nada.

Não acho que eles deveriam ver esse elenco como a obra finalizada, acho que é um time com espaço para melhorar, mas que não precisa agir no desespero: do jeito que estão já são ótimos. Horford é um jogador que não exige a bola na mão o tempo inteiro, que pode jogar dentro ou fora do garrafão, defende bem e é bom passador. Não é um cara de jogos absurdos e estatísticas avassaladoras, até acho que não fez uma temporada daquelas no ano passado, mas parece ser ideal em uma equipe conhecida por dividir funções em todos os lados da quadra. Ele também poderá funcionar como pivô ao lado de Amir Johnson num garrafão mais pesado ou ser o único grandalhão naqueles super small ball que Brad Stevens gosta de fazer, com Isaiah Thomas, Avery Bradley, Marcus Smart e Jae Crowder juntos em quadra.

Se existe uma ressalva a essa equipe, está no fato de lembrarmos que eles caíram muito no ataque e na defesa quando Jae Crowder se machucou no último ano. Ele é o Draymond Green do elenco, não é o melhor, o mais talentoso, mas com a combinação mais difícil de substituir.


[image style=”” name=”on” link=”” target=”off” caption=”Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção.”]http://bolapresa.com.br/wp-content/uploads/2016/10/1_Raptors.jpg[/image]

Toronto Raptors

Titulares Reservas Resto
Kyle Lowry Cory Joseph Delon Wright
DeMar DeRozan Norman Powell Fred VanVleet
DeMarre Carroll Terrence Ross Bruno Caboclo
Jared Sullinger Patrick Patterson Jakob Poetl
Jonas Valanciunas Pascal Siakam Lucas Bebê

Expectativa: Uma revanche contra o Cleveland Cavaliers na final do Leste

Realidade: Ser o segundo melhor time da conferência já vai ser difícil o bastante

O Toronto Raptors conseguiu manter quase todo o time que chegou à primeira final de conferência da história da franquia canadense. De diferente mesmo apenas a saída de Bismack Biyombo, que brilhou nos Playoffs após a lesão de Jonas Valanciunas, e a chegada de Jared Sullinger, que é bem mais versátil e perigoso no ataque que Biyombo, mas que não tem seu poder de intimidação e proteção do aro na defesa. A base da equipe, porém, segue unida.

Este é um time que não inspira muita confiança quando batemos o olho. O ataque depende demais de Kyle Lowry e DeMar DeRozan, este um especialista em fazer arremessos dificílimos que parecem que não deveriam nem estar sendo tentados. O excesso de individualismo e a irregularidade de caras como Patrick Patterson e Terrence Ross assustam, mas com boa defesa e atuação espetacular das suas estrelas, a estratégia tem dado muito certo nos últimos dois anos. Até que comece a dar errado não podemos falar muita coisa.

Mas para o time dar um próximo passo, não deixar o Boston Celtics roubar essa vice-liderança no Leste e talvez até tentar enfrentar o Cleveland Cavaliers, é preciso mais. Um bom começo será ter DeMarre Carroll por uma temporada inteira, já que o grande reforço do time no último ano jogou apenas 26 dos 82 jogos da última temporada regular e pode ser o diferencial para ter um ataque menos previsível e com mais poder nos arremessos de longa distância. Por fim, sem Biyombo no garrafão é de se pensar que Jonas Valanciunas deve ter ainda mais minutos de quadra, e chegou a hora do lituano deixar de ser o cara de potencial e alguns jogos de brilhantismo e se tornar alguém de contribuição mais regular. Sabemos como é difícil ser um pivô que joga de costas para a cesta na NBA de hoje em dia, às vezes a bola nem chega, mas é preciso tentar mais do que os 8 arremessos que tenta por jogo (número que não muda há 3 temporadas) e fazer mais do que discretos 12 pontos por jogo.

Também é possível torcer para a evolução de alas como Terrence Ross, que teve seus momentos na pré-temporada, e Norman Powell, bom defensor que chamou muita a atenção como novato no ano passado. Com o time já estabelecido, com folha salarial alta e sem grandes ambições de trocas ou contratações, é no desenvolvimento individual de suas peças que eles podem sonhar com algo maior.


[image style=”” name=”on” link=”” target=”off” caption=”Façam cara de mal que agora é a foto da escadinha”]http://bolapresa.com.br/wp-content/uploads/2016/10/1_Knicks.jpg[/image]

New York Knicks

Titulares Reservas Resto
Derrick Rose Brandon Jennings Ron Baker
Courtney Lee Justin Holiday Sasha Vujacic
Carmelo Anthony Lance Thomas Maurice Daly Ndour
Kristaps Porzingis Mindaugas Kuzminskas Kyle O’Quinn
Joakim Noah Willy Hernangoméz Marshall Plumlee

Expectativa: Um “super time” que vai trazer os bons tempos de volta a Nova York

Realidade: Classifica para os Playoffs na última rodada

Ler essa tabela com o elenco do New York Knicks chega a ser engraçado. A primeira coluna, dos titulares, traz nomes famosos em todas as posições: Carmelo Anthony é espetacular, Joakim Noah e Derrick Rose eram fantásticos há alguns anos, antes de apanharem das lesões, Courtney Lee é titular confiável em times de Playoff desde que chegou na NBA, e Kristaps Porzingis é um dos mais promissores jovens jogadores da liga. Aí você pula para a segunda coluna e depois de Brandon Jennings vê uma lista que mistura “hã?”, “de onde veio?” e “o que está acontecendo?”. A terceira coluna tem alguns “esse cara ainda joga?” e muitos “nunca ouvi nem falar”. É um dos elencos mais esquisitos da liga na atualidade.

É difícil saber ao certo o que eles vão rodar no seu ataque ao longo da temporada. O manager do time, Phil Jackson, sempre quis técnicos que pudessem colocar em prática seu amado sistema de triângulos, é o que ele tentou, sem sucesso, no último ano com Derek Fisher, por exemplo. Mas o novo contratado, Jeff Hornacek, nunca fez isso, e Phil Jackson deu algumas declarações dizendo que o triângulo não era tão essencial assim, que ele só pedia que o seu contratado tivesse “um sistema”. Declarações vão e vem, chegou a pré-temporada e… lá estão os triângulos!

Usados a exaustão nos primeiros jogos, o sistema começou a ver mais variação nos últimos jogos, muitos deles já com os titulares poupados. O canal do BballBreakdown fez uma boa análise tática deles na pré-temporada, e o que dá pra perceber é que faltam bons passadores para rodar a bola, que eles têm muita dificuldade de colocar o passe no garrafão, um dos mais básicos do triângulo, além de apanhar quando Brandon Jennings inventa de driblar demais. Não há razão para imaginar que Derrick Rose fará muito diferente quando chegar lá.

O passe deve melhorar com Joakim Noah em quadra, mas como será que ele vai estar fisicamente? Boa parte da defesa do Knicks passa por ele. Também será curioso ver como Porzingis irá atuar nesse esquema, já que os jogadores que devem monopolizar a posição de costas para a cesta ou na cabeça do garrafão são Noah e Carmelo. O que dizem é que Hornacek quer usar Porzingis bastante no pick-and-pop, aproveitando seu bom arremesso de média e longa distância.

São muitas dúvidas físicas, táticas e um banco de reservas nada confiável, então é difícil apostar nesse New York Knicks. Mas ao mesmo tempo há talento bruto que pode ser o bastante para ganhar muitos jogos se existir disciplina tática, entrosamento e uma defesa na média. Será um time mais fácil de analisar depois do primeiro mês de temporada, mas fico cético por aqui enquanto isso.


[image style=”” name=”on” link=”” target=”off” caption=”Brook e Lin Nets (desculpa)”]http://bolapresa.com.br/wp-content/uploads/2016/10/1_Nets.jpg[/image]

Brooklyn Nets

Titulares Reservas Resto
Jerermy Lin Greivis Vasquez Isaiah Whitehead
Rondae Hollis-Jefferson Bojan Bogdanovic Joe Harris
Randy Foye Anthony Bennett Caris LeVert
Trevor Booker Justin Hamilton Sean Kilpatrick
Brook Lopez Luis Scola Chris McCullogh

Expectativa: Não passar vergonha

Realidade: Passar vergonha às vezes

Nós já escrevemos aqui sobre como o Brooklyn Nets é o time que não tem futuro. Não há aquele grande jovem jogador, quase todas as escolhas de Draft futuras estão já trocadas e é difícil imaginar que eles briguem por algo relevante nos próximos anos. Pensando a longo prazo pela primeira vez desde que mudaram de New Jersey, o time contratou o General Manager Sean Marks, trouxe o técnico Kenny Atkinson e o plano, agora, é formar o que eles chamam de “cultura” dentro da franquia: ter um sistema de jogo estabelecido, uma ética de trabalho e uma forma padrão de trabalhar que seja reconhecida ao redor da liga.

Para que isso dê certo eles começaram trazendo vários jogadores com rodagem na NBA, nenhum espetacular, mas o bastante para que o time tenha caras que saibam o que fazer num treino, numa quadra e que tenham fama de jogadores responsáveis e com liderança. Se eles têm alguma chance de fazer seus poucos jovens se desenvolverem, é assim. Se querem ter alguma chance de não ser o pior time da liga, é com esses caras.

Então é claro que Jeremy Lin não é o armador dos sonhos para jogar todo seu ataque nas costas, e Randy Foye não deveria ser mais titular nessa fase da carreira, assim como Trevor Booker, mas é o que tem pra hoje. São os únicos que podem fazer o mínimo para o ginásio não ficar só com moscas: um mês de quase Linsanity pode ser o auge desse time nos últimos anos.

Duas coisas valem a pena serem observadas no Nets neste ano, uma dentro e outra fora de quadra: dentro é interessante ver como Rondae Hollis-Jefferson e Caris LeVert se desenvolvem, os dois são os únicos jovens que, se fizerem sucesso, podem acelerar o desenvolvimento do time. Fora da quadra é bom ver se eles vão trocar Brook Lopez. O pivô finalmente ficou um ano inteiro saudável em 2015-16, está no auge dos seus 28 anos e ainda é um dos melhores jogadores ofensivos da sua posição, até desenvolvendo um arremesso de média distância no último ano. Vão manter o cara para o time não ficar ruim demais? Ou vão usar sua maior moeda de troca para trazer um jogador mais jovem ou escolhas de Draft?


[image style=”” name=”on” link=”” target=”off” caption=”Este é o processo acontencendo”]http://bolapresa.com.br/wp-content/uploads/2016/10/1_Sixers.jpg[/image]

Philadelphia 76ers

Titulares Reservas Resto
Sergio Rodriguez TJ McConnell Nik Stauskas
Gerald Henderson Jerryd Bayless Hollis Thompson
Ben Simmons Dario Saric Robert Covington
Nerlens Noel Jerami Grant Timothe Luwawu
Joel Embiid Jahill Okafor Richaun Holmes

Expectativa: Não ser o pior time da NBA

Realidade: Torcer para seus novatos deslancharem rápido, mas ainda assim ser o pior time da NBA

Depois de um processo traumático, que culminou na saída do antigo General Manager Sam Hinkie, o Philadelphia 76ers resolveu que chegou mesmo a hora de parar de perder de propósito, que o time já se deu bem no Draft, que acumulou os jovens talentos que precisava, e que é hora de pelo menos TENTAR ganhar. Para isso eles contrataram os veteranos Sergio Rodriguez, Jerryd Bayless e Gerald Henderson, e ralaram para trazer da Europa uma escolha antiga deles, o croata Dario Saric. Junte a eles Joel Embiid, que perdeu, machucado, seus dois primeiros anos de NBA, e a primeira escolha deste último Draft, Ben Simmons, e temos um time completamente novo.

Mas ser novo não é sempre o bastante para ser BOM, né? E se já seria difícil com o time completo, o Sixers terá que fazer com uma versão capenga. Ben Simmons quebrou o pé nos primeiros dias de treino e deve fazer o primeiro jogo da carreira apenas em janeiro; Nerlens Noel terá que fazer uma cirurgia leve no joelho (se é que isso existe) e deve voltar só em dezembro; Jahill Okafor, com problemas no joelho, fez só um jogo de pré-temporada e deve começar o ano sem ritmo e com restrição de minutos. Em resumo: é um time de pirralhos, com um histórico gigante de lesões, que não conseguiu treinar junto e onde cada peça vai estrear numa hora diferente.

Se algo nesse time salva, é Joel Embiid. O pivô camaronês, dono das melhores redes sociais da NBA, finalmente jogou e impressionou. Fez jogadas de efeito perto da cesta, sua especialidade, mas também mostrou agilidade, alguns bons flashes defensivos e até arremessos de longe! Como maior fruto do “processo” que Sam Hinkie pregou nos últimos anos, de paciência para perder e depois colher os frutos, ele até já pediu para seu apelido seja “The Process” e não tem fugido da briga. Ele quer ser a cara do time, não é nem um pouco tímido dentro da quadra e vai ser a maior atração do ano. É o meu palpite para o troféu de novato do ano.

Claro que queremos ver a adaptação de Dario Saric à NBA, onde ele terá mais responsabilidade de criação de jogadas agora que Ben Simmons se machucou, e estaremos de olho nessa briga de pivôs para ver se o time vai trocar Nerlens Noel ou Jahill Okafor, mas é Embiid quem definirá o sucesso desta temporada e do futuro do time. Eu sou Embiideiro desde criancinha!

Torcedor do Lakers e defensor de 87,4% das estatísticas.

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